Entender como acabar com a dívida do cartão de crédito é essencial quando essa ferramenta oferece tanto conveniência quanto risco. O cartão de crédito, embora útil para gerenciar gastos e acumular milhas, pode rapidamente levar a dívidas significativas.
Conforme o levantamento publicado no Serasa em novembro de 2023, há muitos consumidores inadimplentes. Atualmente, 71,1 milhões de brasileiros encontram-se em situação de inadimplência. Esse número é preocupante.
As faixas etárias com as maiores fatias da população com nome restrito são de 41 a 60 anos, representando 35,0%, e 26 a 40 anos, correspondendo a 34,2% do total de pessoas endividadas. A faixa etária acima de 60 anos representa 18,7%.
As dívidas de cartão de crédito são apontadas como um dos principais fatores responsáveis por essa situação, representando 27,7% do total de inadimplentes.
A recessão econômica e a redução na concessão de crédito têm impactado a capacidade de pagamento, ressaltando a importância da educação financeira e da elaboração de um plano de contas para evitar ou sair da inadimplência.
Portanto, é fundamental que as pessoas busquem alternativas para gerenciar suas dívidas e evitar o agravamento dessa situação. A proteção financeira e o planejamento são essenciais para manter as contas em dia e evitar o endividamento excessivo. Veja 9 dicas a seguir:
Pague mais do que o mínimo
O pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito pode parecer tentador, mas é uma armadilha. Os juros do crédito rotativo são altíssimos, e pagar apenas o mínimo prolonga a dívida e aumenta os custos.
Sempre que possível, pague o valor total da fatura ou, pelo menos, um valor maior do que o mínimo exigido.
O primeiro passo de como acabar com a dívida do cartão de crédito é entrar em contato com o banco ou operadora para negociar um parcelamento e evitar atrasar o pagamento ou pagar apenas o valor mínimo da fatura. No entanto, é importante estar ciente das altas taxas de juros do crédito rotativo.
De acordo com uma simulação recente do Banco Central, que considera as taxas de juros cobradas pelos principais bancos do mercado, uma dívida de R$ 500 pode se transformar em R$ 3.660 depois de um ano. Isso ocorre porque o crédito rotativo é uma das modalidades de financiamento mais caras, com taxas mensais elevadas.
Portanto, é fundamental evitar o uso do crédito rotativo sempre que possível. Caso você precise parcelar uma dívida, procure outras alternativas com juros mais baixos, como:
- Crédito pessoal;
- Empréstimo consignado.
Além disso, informe-se sobre as taxas praticadas pelos bancos e busque sempre a melhor opção para o seu perfil financeiro.
Busque formas alternativas de pagar a dívida do cartão de crédito
Os juros do cartão de crédito, quando o cliente faz o pagamento mínimo, giram em torno de 413,4% ao ano, de acordo com pesquisas do Banco Central. Essa taxa anualizada é equivalente a 14,64% ao mês. Esses juros são considerados os mais caros do mercado.
Por outro lado, os juros de um empréstimo consignado no banco geralmente são bem menores, com uma média de 40,4% ao mês.
Portanto, em muitos casos, é mais vantajoso pegar um empréstimo consignado para pagar a fatura do cartão de crédito, evitando assim a acumulação de dívidas com altas taxas de juros.
Então, antes de acumular saldos devedores, por não ter condições de pagar o total da sua fatura, busque formas de quitar as dívidas antigas que não afetem muito o seu orçamento. Se necessário, bloqueie o atual cartão para novas compras, até que seu crédito esteja limpo.
Diminua seus gastos e faça um planejamento financeiro
Avalie se você pode diminuir outras contas como a de telefone, internet ou algum serviço supérfluo. Evite compras desnecessárias ou por impulso. Pense se você realmente precisa do bem ou não antes de efetuar a compra.
Além dessas atitudes, o ideal é que você comece a fazer um planejamento de riscos financeiros para administrar melhor o seu orçamento e, até, construir uma reserva.
Saiba quanto você deve
Antes de tomar qualquer medida, é essencial entender exatamente quanto você deve. Reúna todas as suas faturas de cartão de crédito, empréstimos e outras dívidas.
Verifique os valores, as taxas de juros e os prazos de pagamento. Ter uma visão clara da sua situação financeira é o primeiro passo para lidar com as dívidas.
Corte gastos desnecessários
Analise suas despesas mensais e identifique onde é possível economizar. Elimine gastos supérfluos, como assinaturas de serviços que você não usa, compras impulsivas e refeições fora de casa. Reduzir despesas é fundamental para liberar recursos para pagar as dívidas.
Evite novas compras parceladas
Outra dica de como acabar com a dívida do cartão de crédito é: enquanto estiver pagando dívidas, evite fazer novas compras parceladas. Comprar a prazo pode parecer conveniente, mas só aumenta o endividamento.
Priorize suas necessidades e adie compras não essenciais até que suas finanças estejam equilibradas.
Negocie com a instituição
Entre em contato com a instituição financeira responsável pela sua dívida. Muitas vezes, é possível negociar melhores condições, como prazos mais longos, taxas de juros reduzidas ou até mesmo descontos para quitação à vista.
Não tenha medo de negociar; a maioria das instituições está disposta a encontrar soluções.
Troque por uma dívida com juros menores
Se você está pagando juros altos em uma dívida, considere substituir sua dívida atual por uma com juros mais baixos.
Além do empréstimo consignado, uma alternativa é o empréstimo pessoal com garantia, que pode oferecer taxas mais competitivas devido à segurança adicional para o credor.
Avalie as opções disponíveis no mercado para encontrar aquela que melhor se encaixa nas suas metas financeiras e perfil.
Se possível, antecipe parcelas
Se você tiver recursos extras, como bônus, décimo terceiro salário ou economias, considere antecipar parcelas das suas dívidas. Isso reduzirá o saldo devedor e diminuirá os juros pagos ao longo do tempo. Lembre-se de verificar se há alguma penalidade por antecipação antes de fazer isso.
Enfatizamos a necessidade de educação para a saúde financeira e planejamento estratégico, além de práticas como evitar o pagamento mínimo, buscar taxas de juros mais baixas e cortar gastos supérfluos. Priorizar o pagamento das dívidas, evitar novas compras a prazo e antecipar parcelas quando possível são estratégias de suma importância para retomar o controle financeiro.
Descobrir como acabar com a dívida do cartão de crédito é essencial para quem busca sucesso financeiro em meio às facilidades e riscos que ele traz. Este artigo destaca a importância de abordar a inadimplência, evidenciada por um levantamento da Serasa em novembro de 2023, que mostra uma vasta parcela da população brasileira enfrentando dívidas.
Negociar com instituições financeiras e considerar empréstimos com garantias são passos vitais para gerenciar e eventualmente eliminar as dívidas de cartão de crédito.
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