Quais são as profissões do futuro? Essa pergunta não é nova, mas as respostas sempre são. Em 1780 (Primeira Revolução Industrial), o tear mecânico e a máquina a vapor ressignificaram a manufatura mundial, aniquilando a produção artesanal familiar.
Pouco mais de 100 anos depois, a criação do motor à combustão foi a mola propulsora para o desenvolvimento do automobilismo — que tirou de cena os reparadores de veículos de tração animal, por exemplo.
Por fim, a partir de meados de 1970, o mundo se encaminhou para a Terceira Revolução Industrial. Houve o desenvolvimento da microeletrônica, prenúncio dos primeiros mainframes e dos sistemas computacionais que, repaginados, inundariam nossa rotina no século XXI.
Com o surgimento dos computadores pessoais, nem precisamos dizer o que aconteceu com os professores de datilografia, certo?
Atualmente, estamos vivenciando o que muitos historiadores dizem ser a Quarta Revolução Industrial. É uma época formada pela fusão de tecnologias físicas, digitais e biológicas. O contexto é de integrações entre pessoas e máquinas, virtualização de operações, correções em tempo real e robotizações em quase todas as áreas.
Neste post, você vai descobrir qual é o impacto desse furacão tecnológico nos próximos 30 anos e conhecer as profissões para as quais você precisa se preparar desde já!
Quais são as profissões do futuro?
Para dar uso mais estratégico a drones, impressoras 3D, realidade virtual e redes neurais, será preciso ter outro tipo de profissional no mercado. Até mesmo funções que hoje são “analógicas” (como a docência) terão que se adaptar às novas tecnologias.
Abaixo você confere alguns dos principais empregos do futuro.
1. Diretor de portfólio genômico
Em uma época na qual assistimos a um universo de inovações em biotecnologia, a maioria dos executivos de gestão de pessoas aponta o diretor de portfólio genômico como um dos especialistas mais relevantes para as próximas décadas.
Esse profissional será responsável pela construção de estratégias para aumentar a variedade de produtos corporativos relacionados às alterações genéticas.
Se você busca saber quais são as profissões do futuro, vale a pena antecipar-se a essa carreira com amplas possibilidades na agricultura, indústria de cosméticos, medicina etc. O mercado de trabalho possivelmente exigirá graduação em Ciências Biológicas, mestrado em biotecnologia, além de conhecimento profundo em Big Data e programação.
2. Detetive de dados
O detetive de dados irá além do que a combinação eletrônica de montanhas de dados é capaz de dizer. Esse profissional deve ser íntimo de temas como computação cognitiva, Internet das Coisas e análise preditiva. Caberá a ele encontrar pistas que levem a caminhos que a máquina, desprovida de criatividade, não é capaz de descobrir.
Esse “perseguidor de conclusões ocultas” deverá ter qualidades como resiliência, curiosidade, criatividade e expertise em data science. A formação em análise de dados certamente também será um requisito imprescindível.
3. Telecirurgião
O médico do futuro poderá fazer boa parte de seus procedimentos cirúrgicos de sua própria casa. Essa dinâmica já é testada nas mais conceituadas universidades do planeta, e a tendência é que a cirurgia remota se torne uma constante nas próximas décadas.
O telecirurgião operará seus pacientes à distância. Para isso, ele vai contar com braços robóticos presentes no hospital, por exemplo. Com os equipamentos inteligentes de precisão eletrônica, a expectativa é que o índice de sucesso desse tipo de procedimento seja ampliado exponencialmente.
4. Walker/Talker
Ao questionar quais são as profissões do futuro, dificilmente um “walker” ou “talker” estaria entre suas respostas. Na verdade, essas talvez sejam as mais assustadoras das funções, pois decorrem de um aprofundamento do isolamento já existente na sociedade atual.
Essa intensificação solitária deve ocorrer tanto pela redução do tamanho das famílias (queda nas taxas de natalidade e aumento da expectativa de vida) quanto pela pressão ainda maior no mercado de trabalho, com jornadas de trabalho maiores e pouco tempo para criação de laços sociais.
Nesse cenário, o “walker” (ou “talker”) será um profissional autônomo com a atribuição prioritária de preencher essa lacuna social. Ele vai conversar com idosos por meio de plataformas online ou fazer companhia “virtual” a trabalhadores reclusos após o expediente.
Liderança, comunicação e habilidades sociais serão exigidas nessa nova profissão. Pode ser necessário dispor de alguma mobilidade para, eventualmente, visitar clientes em seus lares.
5. Analista de cibercidade
Esse profissional será um expert no uso da ciência de dados voltada à otimização urbana. Entram aqui tanto o desenvolvimento de estratégias para melhoria do tráfego quanto a coleta e a interpretação de dados dos cidadãos. O objetivo é oferecer serviços públicos alinhados à demanda de cada bairro/região.
Esse especialista deve apresentar qualificações em analytics, Internet das Coisas e engenharia digital, por exemplo.
6. Curador de memórias pessoais
Você já cogitou a existência de alguma profissão ligada à “reelaboração da memória de terceiros”? Bem, o “curador de memórias pessoais” deve se tornar comum em uma sociedade cada vez mais envelhecida e imersa em altas cargas de estresse ao longo da vida adulta.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os casos de demência em idosos devem mais do que dobrar até 2050.
Na América Latina, esse percentual deve aumentar acima dos 500% no mesmo período. Os motivos são a maior longevidade da população, a má alimentação e a baixa qualidade de vida.
Quanto à Doença de Alzheimer (DA), principal causadora da demência, dados da Unifesp revelam que a quantidade de diagnósticos dessa enfermidade cresce cerca 4,6 milhões por ano em todo o mundo.
E é nesse contexto que se encaixa o curador de memórias pessoais. Esse profissional vai usar meios diversos (como imprensa, fontes históricas, fotos, vídeos e áudios) para recriar experiências passadas de clientes que perderam suas memórias.
Esse perito deve ter conhecimento em realidade virtual, ser criativo, ter inteligência emocional e ótima capacidade narrativa.
Homem × Máquina: quais profissões serão extintas no futuro?
O russo Garry Kasparov foi o maior jogador de xadrez de todos os tempos. Em 1997, o multicampeão aceitou jogar contra um desafiante “pouco convencional”: Deep Blue, um supercomputador da IBM programado para jogar em pé de igualdade com humanos. Ele não imaginava que seria duramente derrotado pela máquina.
Acontece o improvável: a máquina venceu o homem em uma batalha intelectual — fato que declarou ao mundo que um computador seria, sim, capaz de desempenhar em nível superior a maior parte das atividades feitas pelo homem.
Daquele momento em diante, a tecnologia foi aprimorada exponencialmente, e ninguém mais duvida do poder da computação cognitiva sobre as profissões.
Ao mesmo tempo em que apontam as profissões do futuro, poucos se dão conta de que algumas ocupações de hoje estão fadadas ao desaparecimento. As que envolvem cálculos diretamente (como economista, estatístico, analista de investimentos e contador) são as mais cotadas para serem substituídas pela máquina. Mas há ainda várias outras.
Já estão em desenvolvimento diversos sistemas aptos a cruzar centenas de milhares de leis, doutrinas e entendimentos jurisprudenciais dos tribunais de um país.
Isso pode resultar na elaboração de decisões judiciais eletrônicas, feitas por inteligência artificial. Seria o fim da carreira de juiz?
Ainda que não seja utilizada integralmente, essa solução vai ajudar no julgamento de questões repetitivas. Esse recurso poderia ser utilizado também na formulação de petições iniciais e contestações, colocando em xeque inclusive a profissão de advogado.
Há outras muitas atividades em risco, como as que envolvem condução de meios de transporte. Seria o caso de pilotos de aeronaves, taxistas e caminhoneiros.
Gostou de saber quais são as profissões do futuro? Seja qual for a sua escolha, veja nossas dicas para ser protagonista da sua própria vida profissional! Dessa forma, você controla seus passos e não fica de fora da evolução do mercado de trabalho.