Você provavelmente ouviu falar na última eleição americana — inclusive, com a posse do novo governante dos Estados Unidos recém-ocorrida. No fim de 2020, o mundo acompanhou o pleito eleitoral da maior potência econômica do mundo.
Por aqui, todos se perguntam qual seria o resultado da eleição americana na economia do Brasil. É isso que buscaremos responder neste artigo, deixando de lado vieses ideológicos e nos atendo aos fatos. Continue com a leitura e confira!
Resultado da eleição americana
Recentemente, em 16 de dezembro de 2020, Joe Biden (do partido dos Democratas) derrotou Donald Trump (do partido dos Republicanos) nas eleições norte-americanas.
A vitória percentual foi um tanto apertada, com o vencedor acumulando 51,4% dos votos. Se olharmos para o número de votos eleitorais, a diferença foi mais expressiva: 306 para Joe Biden contra 232 de Donald Trump. Ainda assim, dado o tamanho do país, a diferença absoluta de votos foi relativamente estreita: 7 milhões a mais para o novo presidente.
Após a vitória de Biden nas eleições dos Estados Unidos, muita gente tem se perguntado: quais são os impactos do resultado da eleição americana na economia brasileira?
Para entender isso melhor, precisamos analisar o que a vitória de Biden significa. Ou seja, o que o próprio Biden representa para o povo americano, em oposição aos valores e ao posicionamento de Trump?
A vitória de Biden
Antes de mais nada, como em toda troca de governo, a vitória de Biden representa renovação. Mas, na prática, vai muito além disso.
Enquanto Donald Trump era criticado por favorecer certas camadas da população e se posicionar contra outras (por exemplo, os imigrantes), Joe Biden se elegeu com um discurso de “Governar para todos os americanos”.
Se tem uma característica que todos esperam que esteja mais presente no governo de Joe Biden, é o diálogo. Por um lado, a possibilidade de comunicação abre espaço para novos acordos; por outro, não significa que teremos grandes mudanças na prática.
Um ponto importante a ser destacado é que, além do cargo da presidência, o partido Republicano continua com número e peso no governo. Isso deverá fazer com que as mudanças econômicas sejam tímidas e até pequenas, resultando em certa estabilidade financeira.
Os impactos da eleição americana na economia brasileira
Os principais impactos previstos da eleição americana e da vitória de Biden na nossa economia são os seguintes.
Manutenção da relação, dos acordos e do diálogo
Em linhas gerais, acredita-se que pouca coisa mudará de início. É conhecido o fato de que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, se declarava a favor de Donald Trump e concordava com boa parte de suas ideias. Ainda assim, Biden é visto como um governante capaz de dialogar com todos e respeitar pontos de vista.
Os diferentes especialistas em política e economia são quase unânimes em um ponto: os acordos entre os dois países deverão se manter. Independentemente de quem está no comando dos Estados Unidos, a relação entre os EUA e o Brasil é de longa data, tendo evoluído muito no decorrer dos anos.
Por mais que alguns discursos na imprensa mudem, nos bastidores, os processos dificilmente se alteram de forma brusca. Isso é visto, de modo geral, como algo positivo, fruto de maturidade da relação comercial e diplomática.
Pressão em relação ao desmatamento na Amazônia
Um ponto de grande importância na relação Brasil-EUA é o caso da Amazônia. O novo presidente Joe Biden tem uma preocupação importante com as questões ambientais, e acredita que o Brasil ainda não vem fazendo um bom trabalho na preservação da maior floresta mundial.
Isso pode ter impacto econômico. O próprio Biden relatou que o nosso país enfrentará “consequências econômicas significativas” se não cessar a destruição da Amazônia.
Possível (mas nem tão provável) queda do dólar
Historicamente, o partido Democrata tende a gastar mais com a máquina pública do que o partido Republicano. Quando o governo gasta mais, sua moeda tende a valorizar, o que poderia fazer o dólar cair.
Porém, a queda da moeda americana depende de vários fatores, e não apenas esse. Será preciso aguardar para ver os desdobramentos dos fatos.
Há também um outro lado. O estímulo fiscal do governo Biden para a economia deverá ser mais moderado e gradual, abaixo do valor proposto por Trump (que era de 2 trilhões de dólares). Essa moderação diminui a dívida pública e reduz a pressão sobre o endividamento dos EUA, o que pode contribuir para preservar a força de sua moeda.
Alta na Bolsa de Valores
Após a eleição de Biden, o Ibovespa (mais importante indicador da bolsa brasileira) subiu 2%, o que é considerado uma forte alta. Caso o partido de Biden ficasse com a maioria na Câmara e no Senado, a expectativa é de que os impostos para empresas nos EUA subissem de 21% para 28%. Isso poderia frear a economia e a Bolsa. Porém, o cenário não se concretizou.
Os investidores veem com bons olhos um governo Biden com um Senado com presença Republicana, que foi o que aconteceu. Na prática, isso tende a significar um aumento do diálogo e da fluidez nas relações comerciais entre os países, porém, sem mudanças bruscas que poderiam prejudicar a economia.
Então, mais uma vez, espera-se que pouca coisa mude. Com Biden no governo, os papéis de empresas que investem em sustentabilidade devem valorizar, enquanto empresas de petróleo podem sofrer desvalorização.
Em resumo, nesse momento, não há nenhuma grande incerteza nos investimentos financeiros. Ao menos, nada que se deva especificamente à troca de governo.
Como se preparar financeiramente
Entra governo, sai governo, e a realidade é que nunca é possível antecipar tudo o que acontecerá nem se preparar para todos os tipos de imprevistos. No atual cenário, isso se reforça.
Se por um lado não são esperadas grandes mudanças, por outro lado, 2020 nos mostrou que tudo pode acontecer. Ainda não se sabe como o resultado da eleição americana impactará a gestão da questão do coronavírus, o que também pode gerar impactos econômicos aqui no Brasil.
Nesse momento, após saber um pouco mais das possíveis consequências da eleição americana, o mais importante é se preparar para diferentes cenários. Logo, a palavra-chave é planejar.
Com um planejamento financeiro familiar bem definido, você se prepara em relação a diversas situações, além de conseguir projetar um crescimento do seu patrimônio nos mais diversos cenários.
Para isso, recomendamos a leitura do artigo planejamento financeiro: o que deve ser levado em consideração e saiba tudo sobre o assunto!