Como funciona a divisão de bens após falecimento? Entenda!
Publicado em: 10/10/20258 minsÚltima modificação em: 21/10/2025

Luto

Como funciona a divisão de bens após falecimento? Entenda!

Saiba como funciona a divisão de bens após falecimento e a entenda a maneira como a partilha da herança e o seguro de vida protegem sua família.
Família reunida, sorrindo.

A perda de alguém querido traz não só saudade, mas também a necessidade de lidar com questões práticas, como a partilha do patrimônio após o falecimento. Esse processo define como o patrimônio será repassado aos herdeiros, garantindo segurança, justiça e evitando conflitos familiares.

Saber como proceder, quem tem direito e quais alternativas legais seguir faz toda a diferença para proteger quem você ama e preservar o legado construído. Continue a leitura e descubra como funciona cada etapa da partilha de bens.

O que é a divisão de bens em caso de morte?

A divisão de bens após o falecimento é um procedimento legal que define como imóveis, veículos, investimentos, contas bancárias, direitos e dívidas serão distribuídos entre os herdeiros. O Código Civil, especialmente nos artigos 1.784 a 2.027, orienta esse processo, garantindo que o espólio seja partilhado conforme a lei ou com a vontade expressa em testamento.

É fundamental entender a relação entre herança e dívidas, pois as dívidas do falecido reduzem o valor disponível para a partilha. O procedimento pode ser amigável, quando todos concordam, ou judicial, caso haja desacordo. Ter conhecimento sobre cada etapa evita surpresas e assegura os direitos de cada familiar.

Quais pessoas têm direito à herança?

A ordem de recebimento da herança segue o princípio da vocação hereditária, estabelecido pela lei. Os chamados herdeiros necessários, como filhos, netos, pais, avós e cônjuge, sempre recebem uma parte do patrimônio.

Já parentes menos próximos entram apenas se não houver esses herdeiros prioritários. Compreender como funcionam os direitos de herança ajuda cada família a se organizar e evita confusões na hora de dividir os bens.

Herdeiros necessários

Herdeiros necessários têm direito garantido por lei a uma fração da herança, chamada legítima. O testamento só pode dispor livremente de até 50% do patrimônio, sempre respeitando essa parte reservada. O cálculo da participação depende do grau de parentesco e da existência de testamento.

Entre os herdeiros necessários, o cônjuge, os filhos e descendentes têm prioridade. Se não houver, os pais ou avós assumem o direito. O regime de bens do casamento influencia a divisão: na comunhão parcial, apenas os bens adquiridos durante a união entram na conta. A partilha entre filhos e netos deve ser feita de forma igualitária, salvo disposição contrária em testamento.

Herdeiros facultativos (colaterais)

Irmãos, tios e sobrinhos só participam da herança se não houver descendentes, ascendentes ou cônjuge, seguindo a ordem legal. A prioridade sempre respeita o grau de parentesco definido pelo Código Civil, assegurando que parentes mais próximos tenham preferência na sucessão patrimonial.

Herdeiros testamentários

O testamento é um instrumento que possibilita ampliar os beneficiários além dos herdeiros necessários, desde que seja respeitada a legítima. Dessa forma, amigos, instituições de caridade ou familiares mais distantes podem ser incluídos como destinatários.

A lei, no entanto, impede a participação de profissionais envolvidos na elaboração do documento para garantir imparcialidade. Para assegurar validade jurídica, evitar nulidades e organizar uma sucessão clara, é altamente recomendável contar com a orientação de um advogado de confiança durante a redação do testamento.

Como é feita a divisão de bens após o falecimento?

O processo começa com a abertura do inventário, que pode ser judicial ou extrajudicial. O inventariante reúne documentos, avalia bens, quita dívidas e organiza a partilha. No inventário judicial, um juiz supervisiona todo o procedimento e resolve disputas.

O extrajudicial é feito em cartório, sempre que todos os herdeiros forem maiores, capazes e estiverem de acordo. Organizar a sucessão patrimonial no Brasil de forma clara acelera a divisão e reduz custos para todos os envolvidos.

Tipo de processo

Tipo de processo

Quando é aplicado?

Procedimentos e requisitos

Tempo e custos

Inventário Judicial.

Obrigatório quando há menores de idade, incapazes ou discordância entre herdeiros.

Nomeação de inventariante, apresentação de documentos, avaliação de bens, pagamento de impostos.

Pode ser longo, especialmente em caso de litígio, custos mais altos.

Inventário Extrajudicial.

Quando todos os herdeiros são maiores e concordam com a divisão.

Realizado em cartório, presença de advogado obrigatória.

Mais ágil, geralmente até dois meses, custos menores.

Partilha Consensual.

Quando todos concordam com a divisão de bens.

Acordo entre herdeiros sem intervenção judicial.

Simples e econômico.

Partilha Litigiosa.

Quando há conflito entre os herdeiros.

Intervenção judicial necessária para definir a divisão.

Processo mais demorado e com custos mais altos.

 

Quais são os tipos de bens que entram na partilha?

O espólio inclui imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos, cotas de empresas e dívidas. Hoje, ativos digitais, como criptomoedas ou plataformas online, também entram na conta. Avaliar e identificar corretamente cada item é essencial para garantir uma partilha justa e evitar problemas futuros.

Na categoria de bens móveis e imóveis, estão incluídos casas, apartamentos, terrenos, veículos, joias e obras de arte, considerados bens tradicionais. Cada item exige avaliação específica e, em alguns casos, perícia durante o inventário para definir valores e assegurar justiça na partilha.

Bens financeiros e digitais: contas bancárias, aplicações financeiras, previdência privada e investimentos digitais entram no documento. O apoio de especialistas é fundamental para identificar todos os ativos e garantir partilha transparente.

Qual a diferença entre herança, inventário e partilha de bens?

Herança é o conjunto de bens, direitos e obrigações deixados após a morte. A partilha é o ato final em que cada herdeiro recebe sua parte de forma justa e legal. O testamento pode direcionar até metade dos bens para pessoas ou instituições escolhidas, sempre respeitando os direitos dos herdeiros necessários.

Compreender as normas legais e o processo de divisão de bens permite esclarecer dúvidas, reduzir conflitos familiares e assegurar que o patrimônio seja distribuído de forma transparente e justa, respeitando os desejos do falecido.

Quais são os erros mais comuns na divisão de bens?

Evitar erros comuns na divisão de bens é essencial para garantir tranquilidade à família. Documentação incompleta, custos mal previstos e bens não registrados podem gerar conflitos duradouros. Para reduzir problemas, considere estas recomendações:

  • Verifique se todos os documentos estão atualizados e corretos;

  • Consulte um profissional qualificado para orientações legais;

  • Liste e organize todos os bens de forma clara;

  • Comunique familiares sobre decisões importantes e intenções;

  • Antecipe cuidados financeiros para evitar surpresas e agilizar a partilha.

Como o planejamento sucessório pode evitar conflitos na divisão de bens?

Planejar a sucessão envolve ações como testamento, doações em vida e contratação de seguro de vida, sempre respeitando a lei. Essas medidas conectam proteção financeira à segurança familiar, garantindo que o patrimônio seja distribuído de forma justa.

Ao formalizar intenções em vida, a família evita conflitos, reduz custos e assegura previsibilidade. A transição ocorre de maneira organizada, preservando vínculos e oferecendo confiança. Assim, o patrimônio é utilizado conforme a vontade do falecido, promovendo bem-estar aos herdeiros e tornando todo o processo mais claro e tranquilo.

Quer saber como proteger o futuro da sua família de forma segura e estratégica? Entenda o que é e como elaborar um bom planejamento de sucessão familiar!

Seguro de vida: como ele influencia na divisão de bens?

O seguro de vida não faz parte do inventário, pois o valor é pago diretamente ao beneficiário indicado no contrato. Isso garante suporte financeiro imediato e independente do processo judicial. Ter seguro de vida é uma maneira eficiente de proteger o padrão de vida dos familiares, especialmente enquanto o processo acontece.

Muitos confundem seguro de vida com herança, mas o seguro é um direito adquirido por contrato, pago de forma imediata ao beneficiário. Já a herança integra o patrimônio e só pode ser acessada após a conclusão do documento. O seguro de vida complementa o planejamento sucessório, proporcionando agilidade, proteção financeira e menos burocracia para a família.

A divisão de bens após o falecimento exige cuidado e atenção para proteger os interesses de todos os envolvidos, garantindo transparência e justiça.

Para receber orientação especializada e tomar decisões seguras, conte com a MAG e inicie uma conversa com nossos especialistas para descobrir como agir de maneira adequada!

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Caroline Parreiras

Caroline Parreiras

Caroline Parreiras é analista de comunicação institucional da MAG Seguros, onde atua há mais de sete anos. Jornalista com pós-graduação em Marketing, tem mais de uma década de experiência em comunicação, com foco em conteúdo digital e inbound marketing. No blog da MAG, transforma temas técnicos, como seguros, previdência e finanças, em informações simples e úteis para o dia a dia, ajudando o leitor a tomar decisões mais seguras e conscientes.