Você está sentindo a desaceleração da economia no seu dia a dia? O “esfriamento” da atividade econômica traz reflexos para o bolso de todos nós, e sem o planejamento adequado, pode ser difícil enfrentar as consequências dessa situação.
Na prática, o que essa lentidão na economia representa, indo além dos números que aparecem no jornal?
O que podemos fazer para lidar com essa situação da melhor forma possível e reforçar nossa segurança financeira?
Abordamos esses e outros pontos ao longo do post. Acompanhe!
Como os brasileiros estão reagindo à desaceleração da economia?
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro — indicador que aponta tudo o que foi produzido na economia ao longo de determinado período — fechou 2021 com aumento de 4,6%. Contudo, esse fato pode ser visto tanto pelo aspecto negativo quanto pelo positivo.
Do lado negativo, há uma ilusão estatística: o crescimento se deu sobre uma base de cálculo que leva em conta o ano de 2020, quando os efeitos da pandemia de Covid-19 na economia foram ainda mais intensos.
Por outro lado, o crescimento registrado significou a recuperação de todas as perdas registradas ao longo de 2020.
Em outras palavras, é como se ao menos o PIB brasileiro voltasse ao mesmo patamar de 2019, ano anterior ao início da crise sanitária.
Ainda assim, esse número não resgata a economia brasileira da estagnação. Em 2022, a expectativa é que o crescimento do PIB ande de lado, por uma combinação de fatores — que vão desde a inflação até o recém-iniciado conflito na Ucrânia.
Entretanto, muito disso se reflete no comportamento das famílias brasileiras. De acordo com a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no fim de 2021, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu o menor número da série histórica iniciada em 2010.
Tal número reflete o pessimismo dos brasileiros em relação à economia, o que freia o consumo. A inflação elevada, os juros altos e o desemprego — que ainda afeta uma grande fatia da população — explicam esse receio em ir às compras.
A desaceleração da economia na prática
Mais do que números, a desaceleração econômica tem efeitos práticos na vida de todo mundo. Normalmente, esse é um estágio de qualquer ciclo econômico. Contudo, ainda assim, seus efeitos são prejudiciais para a economia e precisam ser combatidos.
Um processo de desaceleração da economia quase sempre começa com a redução do consumo de determinado item. Ou mesmo com o “esfriamento” das atividades em algum setor do mercado.
Portanto, com menos pessoas consumindo, a demanda será menor, ou seja, menos dinheiro vai circular.
Na outra ponta, quem vende um produto ou serviço recebe um fluxo menor de dinheiro, tendo menos incentivos para aumentar sua produção ou expandir suas atividades.
Em alguns casos, o empreendedor acaba tendo que demitir funcionários para cortar custos.
Quando o desemprego cresce, o poder de consumo das famílias diminui. Com menos gente consumindo, a roda da economia não gira.
Além disso, quem queria investir em um novo negócio fica receoso em fazer isso, prejudicando a geração de novas vagas de trabalho.
Mesmo quem não perde o emprego e tem sua fonte de renda garantida pode se ver com medo do que vem pela frente e, com isso, segurar eventuais compras.
Portanto, quando várias pessoas começam a ter o mesmo receio e não sentem confiança em gastar, a economia “patina” como um todo.
Quais são os fatores que influenciam nesse cenário?
No contexto atual, a desaceleração da economia no Brasil não pode ser explicada por um único fator.
Pelo contrário: muitos aspectos retroalimentam a estagnação econômica e podem prolongar o período em que a situação parece andar de lado.
Um deles é a inflação alta, causado pelo desarranjo da produção durante da pandemia, pelo aumento do dólar e pela má-gestão das contas públicas pelo governo.
O aumento dos preços faz com que os consumidores percam ainda mais poder de compra, em um momento em que muitos já veem sua renda prejudicada pela falta de emprego.
A inflação alta, por sua vez, leva a um novo ciclo de aumento dos juros. Com os juros em um patamar elevado, fica mais difícil financiar imóveis, veículos e até mesmo parcelar compras no dia a dia. Isso significa que mais possibilidades de aquecer o consumo são “estranguladas”.
Instabilidades internacionais também prejudicam a atividade econômica de parceiros comerciais do Brasil, afetando a entrada desses recursos tão importantes para dar um fôlego na economia nacional.
Dicas para lidar com a desaceleração da economia
O momento da economia exige que cada um faça a sua parte em relação ao orçamento doméstico. Sobretudo para não se enrolar nesse cenário de dificuldades. Veja, a seguir, como lidar com a desaceleração econômica.
Faça um planejamento familiar
O planejamento familiar envolve traçar e projetar perspectivas em relação ao futuro, no curto, no médio e no longo prazo. Com isso, fica mais fácil delimitar quais serão as etapas e ações necessárias para chegar lá.
Isso pode envolver, por exemplo, garantir o dinheiro para a faculdade dos filhos ou preparar a aposentadoria. Em um momento de dificuldades, a prioridade pode ser cortar custos ou fortalecer a sua reserva financeira.
Defina objetivos financeiros
Dentro de qualquer planejamento, os objetivos financeiros precisam ser traçados com objetividade. Para que isso aconteça, defina prioridades, estabeleça metas e crie planos de curto e longo prazo.
Contudo, para garantir que seus objetivos sejam factíveis, certifique-se que eles são mensuráveis e específicos. Se eles forem muito vagos, pode ser difícil acompanhar a evolução.
Encontre formas alternativas de renda
Se o orçamento estiver apertado, formas alternativas de renda podem dar um alívio e ainda abrir espaço nas contas para alguns dos objetivos financeiros propostos.
Para obter sucesso nessa tarefa, avalie seus talentos e veja como eles podem ser oferecidos a outras pessoas. Sabe um idioma? Que tal dar aulas particulares? Com a ajuda da Internet, é possível encontrar possibilidades para aumentar a receita em casa.
Por mais que um período de desaceleração da economia seja sempre cercado de incertezas, tenha sempre em mente que, mais cedo ou mais tarde, ele vai passar.
Portanto, reforce seu planejamento e mantenha a disciplina até que a situação melhore. Com isso, será menos difícil atravessar esse cenário.
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