O que é IPCA? Tudo o que você precisa saber está aqui

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 08/04/2019 | Atualizado em 07/10/2022

Até pouco tempo, somente economistas ou especialistas em finanças sabiam dizer o que é IPCA, sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Atualmente, a realidade é outra: como a prática dos investimentos vem se popularizando, praticamente todo mundo precisa entender como esse índice impacta a economia — e o próprio bolso.

E é justamente isso que vamos apresentar neste artigo. Continue lendo para entender por que o IPCA afeta os seus investimentos, como ele é calculado e de que modo acompanhá-lo!

O que é IPCA?

Imagine a seguinte situação: você está no supermercado escolhendo os produtos para seu churrasco de aniversário, e compra 10 kg de carne vermelha por R$ 100. No ano seguinte, você decide fazer outro churrasco para comemorar mais uma volta em torno do sol e, com os mesmos R$ 100, só consegue comprar 9 kg.

O que aconteceu? A explicação é que a inflação, que é caracterizada pelo aumento de preços e respectiva perda do poder de compra, subiu mais de 11% durante o período.

Mas, espere! Como a inflação é calculada? Que fatores influenciam para que ela flutue, para mais ou para menos, ao longo de um ano?

É aí que entra o tão comentado e pouco entendido IPCA. Esse indicador foi criado em 1979, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para medir oficialmente a variação de preços ao consumidor. Desde então, o governo usa o índice como uma referência para saber se a meta estabelecida para a inflação está sendo alcançada ou não.

Seu objetivo é, portanto, determinar a inflação ou a deflação de grupos de produtos e serviços comercializados no varejo. São eles:

• alimentação e bebidas;

• artigos de residência;

• comunicação; despesas pessoais;

• educação;

• habitação;

• saúde e cuidados pessoais;

• transportes e vestuário.

As regiões onde o IPCA é calculado e as suas respectivas datas de início são: Rio de Janeiro (janeiro/1979); Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife (junho/1979); São Paulo, Brasília e Belém (janeiro/1980); Fortaleza, Salvador e Curitiba (outubro/1980); Goiânia (janeiro/1991); Vitória e Campo Grande (janeiro/2014). O índice abrange famílias que têm rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos residentes nessas localidades.

O que é IPCA

Como é calculado o IPCA?

No cálculo, de acordo com o IBGE, cada uma das regiões metropolitanas abrangidas tem o seguinte peso:

• Belo Horizonte: 10,86%;

• Belém: 4,65%;

• Brasília: 2,80%;

• Campo Grande: 1,51%;

• Curitiba: 7,79%;

• Fortaleza: 3,49%;

• Goiânia: 3,59%;

• Porto Alegre: 8,40%;

• Recife: 5,05%;

• Rio de Janeiro: 12,06%;

• Salvador: 7,35%;

• São Paulo: 30,67%;

• Vitória: 1,78%;

→ Total: 100%

A ponderação das despesas que definem o IPCA é discriminada assim:

• Alimentação e bebidas: 25,21%;

• Artigos de residência: 8,09%;

• Despesas pessoais: 15,68%;

• Habitação: 10,91%;

• Saúde e cuidados pessoais: 8,85%;

• Transportes e comunicação: 18,77%;

• Vestuário: 12,49%;

→ Total: 100%.

O IPCA é a mesma coisa que o IPCA-E e o INPC?

Para entendermos em profundidade o que é IPCA, também precisamos diferenciá-lo de duas outras siglas, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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IPCA-E

Esse índice é medido com uma metodologia diferente. Seu objetivo é bastante parecido com o do IPCA, mas ele é focado no reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Basicamente, o IPCA-E é uma série especial do IPCA divulgada pelo IBGE trimestralmente. Sua base de cálculo vai do dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês atual.

O IPCA-E também abrange famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos residentes nas mesmas regiões metropolitanas onde o IPCA é medido.

INPC

Para estimar o INPC, o IBGE pesquisa a população com rendimentos mensais entre 1 e 5 salários mínimos. A pesquisa verifica os preços cobrados do consumidor para pagamento à vista. É realizada no comércio, em prestadores terceirizados, em concessionárias de serviços públicos e em domicílios (para aferir os valores de aluguel).

O peso maior no cálculo, por razões de poder de compra, está em itens mais básicos, como a alimentação.

Como o IPCA afeta nosso dia a dia?

Diretamente, o Índice de Preços do Consumidor Amplo reflete o custo de vida das famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos nas principais regiões metropolitanas do país. Apesar disso, as suas referências são válidas para todo o Brasil.

A coleta de dados para o cálculo é feita mensalmente considerando os pagamentos à vista no varejo. Logo, é correto dizer que esse índice tenta mensurar o quanto os preços de bens e serviços subiram de um mês para o outro. A escolha do IBGE por alguns grupos de mercadorias e atividades não é em vão: ela prioriza o que é mais consumido pela sociedade em geral e, portanto, merece ser monitorada.

Assim, quando dizemos que o IPCA subiu 5% em relação ao mês anterior, isso significa que, em média, os itens dos grupos descritos acima subiram 5%, ou seja, os valores aumentaram nessa proporção. Já quando dizemos que o IPCA caiu, isso significa que houve uma deflação, ou seja, redução de preços.

Em suma, a queda ou a alta do IPCA é observada diretamente no poder de compra. Se o IPCA sobe, isso indica que o montante de dinheiro que as famílias possuem mensalmente perdeu o seu valor para consumo — se há queda, o contrário também é verdade. Em termos trimestrais, semestrais e anuais, a lógica é a mesma, mudando apenas a extensão do período de análise.

Como o IPCA afeta os seus investimentos?

O que é IPCA

Da mesma maneira que o IPCA afeta os consumidores, ele influencia a vida dos poupadores e dos investidores. É por isso que é importante saber, por exemplo, que a caderneta poupança não é um bom investimento. Quanto maior for o IPCA, menor será o ganho real da poupança, ou seja, a rentabilidade da caderneta já descontada a inflação no período.

Em 2015, por exemplo, a inflação apresentou o maior valor desde 2012, com alta de 10,7%, enquanto a rentabilidade da caderneta de poupança alcançou 8,07% no acumulado do ano. Em outras palavras, quem deixou parte de sua renda aplicada nesse tipo de investimento perdeu dinheiro, em termos de rentabilidade real.

Há alguns anos, apesar de não considerar a aplicação de imposto ou nenhum tipo de taxa, a poupança não está conseguindo cobrir a inflação. “Assim como em 2015, as aplicações em renda fixa devem ter excelentes rendimentos em 2016.

Os fundos de previdência renda fixa são ótimas opções de investimento, pois aliam a rentabilidade da renda fixa com o planejamento de longo prazo proporcionado pela previdência”, afirma Patrícia Pereira, Especialista da Mongeral Aegon Investimentos.

É fundamental ter em mente que o IPCA afeta todos os tipos de investimentos. Isso porque é preciso garantir que a rentabilidade de um investimento seja ao menos igual à inflação. Na hora de adquirir um ativo, é necessário calcular o ganho real, ou seja, o valor recebido depois de deduzida a inflação.

Assim, investir no Tesouro Selic, uma vez que a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, faz o investidor ter a certeza de que os seus rendimentos serão iguais ou superiores ao IPCA.

Da mesma forma, quem investe em títulos Tesouro IPCA+ sabe que vai receber o índice do período acrescido de uma taxa fixada. Tanto o Tesouro IPCA+ quanto o Tesouro Selic são tipos de investimentos muito bons para o curto prazo (até 3 anos).

Outros investimentos de renda fixa que normalmente seguem os índices macroeconômicos são os Fundos de Investimentos e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI).

Como acompanhar o IPCA?

De nada adianta entender o que é o IPCA e como ele afeta o dia a dia do consumidor e do investidor se não sabemos como acompanhá-lo. A fonte oficial, como você viu, é o IBGE. No site do órgão, é possível ver como está o IPCA neste momento e conhecer a variação histórica do índice.

Também é recomendado acompanhar portais jornalísticos da área de economia e blogs confiáveis de especialistas no assunto. Essas fontes costumam “traduzir” melhor os conceitos, os métodos de cálculo e o monitoramento, apresentando o índice de uma maneira mais amigável.

Como você viu, o IPCA é o principal mecanismo de monitoramento da inflação. Ele afeta historicamente o poder de compra dos consumidores e o rendimento obtido pelos investidores. Por isso, acompanhá-lo de perto é muito importante.

Para quem quer fazer investimentos inteligentes, é fundamental saber investir tendo o IPCA em vista, uma vez que desconsiderá-lo pode acarretar baixa no retorno real.

Você entendeu o que é IPCA e como ele pode afetar os seus investimentos? Conheça então os planos da Mongeral Aegon e comece agora o seu planejamento financeiro!

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