6 passos para não entrar em dívidas

logo mag seguros Por Diana Reis
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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 21/06/2017 | Atualizado em 27/12/2022

Quem nunca se endividou? Eu já, várias vezes. Saía de uma e entrava em outra. E a questão é justamente essa, entramos na dívida. Parece que a gente vai atrás e, enquanto não faz uma, não sossega.

Existem dívidas causadas por fatores externos, como, por exemplo, a perda de um emprego quando vários compromissos já estavam firmados. Mas acredite: a maioria é por falta de inteligência financeira e falta de clareza do nosso objetivo. Por isso, indico aqui seis passos para você não entrar mais nessa fria. Já adianto que nenhuma dica terá efeito se você não decidir fazer dar certo. Portanto, coloque em prática e colha os melhores resultados.

1º passo – Tenha um orçamento definido

Uma das melhores maneiras de não contrair dívidas é saber o valor da sua receita e o quanto você pode gastar. Muita gente não tem ideia da quantia exata que pode ser comprometida em um financiamento, por exemplo. É comum o número de parcelas ser maior do que a capacidade de endividamento. Aí começa um ‘estica-estica’ que compromete as contas até a parcela atrasada virar uma dívida.

2º passo – Defina o que é importante pra você

Estabeleça claramente seus objetivos a ponto de nada tirar o seu foco. Muita gente se enrola com as finanças e assume dívidas por não ter muita clareza do que deseja. Se você está planejando se casar, por exemplo, o que já representa um custo imenso, por que então fazer compras que podem ser adiadas um pouco e comprometer ainda mais sua renda? Não contrair dívidas nesse período é uma decisão inteligente.

O mesmo acontece com quem quer comprar um carro. Considerando a qualidade do transporte público no Brasil, nada mais coerente. Entretanto, isso não significa que você deve assumir uma dívida tão alta por um tempo tão longo. É possível planejar essa aquisição e poupar grana até que tenha ao menos 50% do custo total. Dessa forma, você diminui o valor da parcela e a quantidade também.

3º passo – Não “empreste” seu nome a ninguém

Já aconteceu de você emprestar seu cartão de crédito a alguém que jurou que ia pagar direitinho e não cumpriu o combinado? Duas coisas podem acontecer: ou você arca com a dívida da pessoa e evita os juros abusivos ou não tem grana para pagar e a conta vira uma imensa bola de neve. Antes de emprestar o cartão de crédito, reflita: essa pessoa está me pedindo o cartão porque provavelmente já não pode usar o dela. Se ela não poupou o próprio nome, será capaz de poupar o meu? Fique esperto.

4º passo – Invista em Inteligência Financeira

No Brasil, a educação financeira não faz parte do currículo da grande maioria das escolas ou faculdades. Como então poderíamos desenvolver nossa inteligência financeira? Ninguém nos ensina a criar padrões saudáveis de prosperidade ou a pensar corretamente sobre dinheiro. Não somos preparados para poupar ou investir. Somos, sim, estimulados a gastar para ter ‘status’, para provar alguma coisa a alguém. Meu conselho para nunca entrar em dívidas é: invista em inteligência financeira. Vale a pena e é uma herança para você passar às outras gerações.

5º passo – Fuja dos parcelamentos

“É só uma parcelinha que cabe no meu bolso”. Quem nunca deu essa desculpa? O problema é a quantidade de parcelinhas. No final das contas, comprometemos grande parte da nossa renda com aquilo que pensávamos ser inocente. Os valores baixíssimos das parcelas dão a falsa sensação de que dá para comprar mais e mais… Não vale a pena entrar em uma dívida só porque é possível parcelar uma compra em 12 vezes.

6º passo – Defina o quanto pode gastar

Não é preciso anotar a despesa feita com o pão da padaria. Sério, acho uma perda de tempo muito grande. Eu nunca ensino educação financeira dessa forma. Até porque, se você já criou um orçamento, sabe exatamente onde “pode pisar”. A dica é definir o quanto vai gastar com determinado item ou necessidade.

As empresas funcionam assim: planejam quanto podem gastar durante o ano, separam o valor e vão administrando a quantia dentro do prazo estipulado. Se você definir a grana que pode gastar com as saídas de final de semana, os almoços fora de casa, o supermercado e a compra de presentes verá que é muito mais confortável do que estourar o cartão de crédito e anotar depois. Até porque já vai ser tarde demais.

Poderia dar mais cem ideias de como não entrar em dívidas, mas sempre utilizo essas como base para quem deseja começar a organizar a vida financeira. E você vai concordar que é difícil fazer isso quando se está endividado. Então, que tal imprimir em letras garrafais essas seis dicas? Reúna a família e coloque o plano em prática! O importante é estar convicto daquilo que cada um quer e precisa. Eu sempre desafio as pessoas a adotarem por no mínimo três meses cada uma dessas dicas… Experimente e depois me conte o resultado.

Na prática, 80% de tudo o que ensino foi vivenciado por mim, na minha própria trajetória. Meu histórico de dívidas já foi desesperador, mas fui criando e descobrindo caminhos que hoje indico a milhares de pessoas. Se você tem um modelo que funciona, coloque em prática. Bons hábitos vão levar você a uma vida de liberdade financeira.

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