Saber como funciona um seguro de vida é o primeiro passo para tomar uma decisão acertada. A verdade é que, na prática, muita gente não contrata o seguro ideal para suas necessidades porque não sabe como funciona.
Mas saiba desde já: não tem nenhum mistério! É preciso ler a apólice, conhecer os direitos e deveres do segurado e da seguradora, além de saber que atitudes tomar no momento do resgate.
O ideal é se informar sobre o funcionamento básico desse serviço e entender quais coberturas ele oferece antes de assinar qualquer contrato. E foi pensando em ajudá-lo em entender como funciona um seguro de vida que resolvemos preparar um post completo sobre o assunto. Confira!
Como funciona um seguro de vida?
O seguro de vida é como um contrato em que a seguradora paga uma indenização se algum dos eventos previstos na apólice efetivamente acontece.
Em caso de morte do titular do seguro, a indenização é paga aos beneficiários que foram escolhidos no momento da contratação. Não havendo um, são os dependentes legais que recebem o valor.
Para ter direito à proteção, o segurado paga pelo serviço mensalmente ou de uma só vez, logo no ato da contratação. Assim, durante todo o prazo de vigência do seguro, essa relação permanece ativa.
Por que um seguro de vida é tão necessário?
Ninguém está sozinho. Mesmo que você more só, ainda tem pessoas que se importam com você, bem como tantas outras com quem você se preocupa, seja por causa de laços sanguíneos ou não. É exatamente por proteger essas pessoas próximas que o seguro de vida é tão importante.
Quando você contrata um seguro, escolhe os beneficiários — quem vai receber o valor da indenização no caso da ocorrência de um sinistro. Como dá para imaginar, isso minimiza as preocupações em momentos extremamente difíceis, como:
- a perda de um ente querido;
- um incidente que cause invalidez permanente;
- o diagnóstico de uma doença grave;
- a necessidade de internação hospitalar.
Diante de um episódio desses, já basta o abalo emocional, não concorda? Melhor se não tiver que dividir os pensamentos e as preocupações também com a questão financeira. E é exatamente por isso que o seguro de vida é tão importante.
Além disso, dependendo da cobertura escolhida, os benefícios de um seguro de vida não é apenas em caso de morte, para os beneficiários. Ele pode ser usado em vida pelo próprio segurado, como nos casos de doenças graves, invalidez, e outros.
Quais garantias traz para o segurado?
As garantias de um seguro são expressas sob a forma de coberturas — os eventos que dão direito à indenização. De forma geral, os seguros têm que oferecer a cobertura por morte, que é obrigatória.
As demais variam conforme as diferentes opções de seguro oferecidas por cada seguradora, podendo, dentre outras opções, incluir proteção para:
- morte por acidente;
- invalidez permanente total ou parcial, por acidente ou doença;
- despesas médicas, hospitalares e odontológicas;
- diárias por incapacidade temporária;
- diárias por internação hospitalar;
- diagnóstico de doenças graves.
Assim, desde que devidamente previsto na apólice, a ocorrência desses eventos estará coberta pelo seguro, oferecendo o suporte financeiro contratado ao segurado ou a seus beneficiários.
Para proteger os segurados, quem regulamenta e fiscaliza o setor é a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que estabelece regras para definir quais empresas podem atuar com esse produto.
Desde que escolha uma seguradora bem conceituada e autorizada pela SUSEP, portanto, você não corre o risco de ficar desprotegido quando mais precisar de apoio.
Qual a importância da apólice?
A apólice nada mais é que o documento que formaliza o contrato, reunindo informações importantes, como as coberturas previstas, as condições para direito à indenização e os riscos excluídos — situações que o seguro não cobre.
É fundamental que você leia a apólice antes de assinar o contrato, além de manter uma cópia consigo, preferencialmente em um lugar em que seus familiares e pessoas de confiança tenham fácil acesso.
Afinal, a apólice define aspectos como o papel da seguradora e do segurado, especificando também como o resgate da indenização deve acontecer.
O papel da seguradora
A contratação do seguro envolve a transferência do risco de uma parte para outra. No caso, quem assume o risco de acontecer um sinistro é a seguradora, que administra o seguro em troca de uma quantia em dinheiro recebida do segurado — o prêmio.
Esse procedimento de transferência de risco dá origem à apólice, que formaliza a aceitação do risco e a contratação da prestação de serviços da seguradora para o segurado.
A seguradora usa os valores recebidos em forma de prêmio como reserva, provisão necessária para garantir a respectiva indenização financeira aos segurados.
É isso o que permite que ela cumpra com as obrigações firmadas com todos os seus clientes. O cálculo do valor do prêmio do seguro é de acordo com a gravidade do risco: quanto maior for o risco, mais caro será o seguro.
O papel do segurado
Explicando melhor um ponto sobre o qual já falamos: as seguradoras são reguladas e fiscalizadas pelo Sistema Nacional de Seguros Privados, composto pelos seguintes órgãos:
- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP);
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
- Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil RE).
Mas os clientes que são os segurados também têm obrigações em um contrato de seguro, viu? Aliás, essas obrigações estão inseridas no Código Civil. Basicamente, os deveres do segurado são:
- pagar o prêmio determinado pela seguradora;
- não incorrer nos riscos excluídos apresentados no regulamento;
- comunicar à seguradora sobre qualquer fato involuntário que possa agravar o risco;
- avisar sobre a existência de outro seguro já contratado para o mesmo fim.
É importante que a empresa saiba de quaisquer garantias já existentes, pois isso também reflete na mensuração do risco que ela vai aceitar.
O momento do resgate
O resgate da indenização acontece mediante a ocorrência de um dos riscos previstos na apólice. O passo inicial do processo é informar o fato à seguradora, seja por telefone ou site.
A partir daí, a empresa enviará, por e-mail, um documento chamado aviso de sinistro, que deve ser preenchido e devolvido junto com os documentos listados — que variam conforme a seguradora e o tipo de sinistro.
É normal que sejam solicitados, além dos documentos pessoais e da cópia da apólice, atestados, exames e laudos médicos, comunicação de acidente de trabalho e boletim de ocorrência, entre outras possibilidades.
A partir do momento em que toda a documentação é apresentada, o prazo previsto pela SUSEP para o resgate deve ser de, no máximo, 30 dias, independentemente do tipo de sinistro.
Para entender ainda mais detalhes de como funciona um seguro de vida, veja a seguir como é feito o reajuste do prêmio.
Como o seguro é reajustado ao longo da vida?
O seguro não permanece sempre com o mesmo valor. O reajuste do total do prêmio acontece periodicamente (uma vez ao ano) e serve para proteger o benefício contratado frente à inflação.
Segundo Dayana Gonçalves, que é analista da área de Produtos da Mongeral Aegon, “todos os anos, são calculados o acúmulo anual do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e aplicados aos seguros de vida dos nossos clientes. Assim, eles garantem que, quando precisarem usar o benefício contratado, terão suas expectativas atendidas”.
Vale lembrar que o principal objetivo de um seguro de vida não é oferecer ganho financeiro, mas sim segurança e tranquilidade para quem o contrata.
O objetivo do investimento que você faz ao contratar um seguro não é, portanto, ter o valor aplicado de volta, com rendimentos, mas garantir segurança e proteção.
Agora que você já sabe como funciona um seguro de vida, está pronto para dar o próximo passo para sua contratação? Informe-se mais a respeito lendo nosso guia especial!