Onde está seu norte? Você tem um planejamento sólido de longo prazo? Se sim, em quais metas e indicadores esses alvos foram diluídos? Em outras palavras: o que você tem feito no presente para fazer de seu futuro uma etapa de sucesso? Quais são seus sonhos e planos?
Muita gente não chega a lugar nenhum simplesmente por não saber sequer onde está, nem o que fazer para construir uma história de sucesso.
Assim como um timoneiro só é capaz de conduzir uma embarcação por meio de bússolas e mapas cartográficos, nós também só conseguimos direcionar nossa vida financeira ao sucesso se tivermos um plano de ação muito bem definido, seguido de seu cumprimento rígido. Essas são as nossas bússolas.
O problema é que sonhos e planos são coisas bem diferentes, sendo estes últimos um estágio mais maduro dos primeiros. Isso porque quem tem em mente propósitos e metas reais se torna capaz de centralizar atenções no que realmente importa. Parafraseando o estatístico William Deming,
se você não é capaz de descrever o que você faz com um processo, você não sabe o que está fazendo.
Hoje, você vai entender como organizar seu processo de crescimento financeiro com base em iniciativas sistemáticas e indicadores estratégicos!
Sonhos e planos: você sabe diferenciá-los?
Por que tanta gente tem sonhos e tão poucas têm planos?
Sonhos são devaneios desordenados e abstratos, carregados de apelo emocional e de utilidade prática questionável.
Sua maior função é despertar em nossa alma a fagulha do interesse em atingir um alvo; entretanto, se eles não se desdobrarem em um planejamento sensato, dificilmente se materializarão.
Por outro lado, as metas representam o amadurecimento desses sonhos, que deixam sua subjetividade fluida de lado para se transformarem em indicadores quantitativos sólidos, a nos guiarem firmemente para o caminho do sucesso.
As metas vão muito além do mero desejo; são subdivisões cronológicas de nossos objetivos estratégicos. Elas relacionam intimamente o binômio “ação-resultado”, criando um histórico de ritmo e performance que forma um círculo virtuoso de progresso.
Deseja alcançar o primeiro milhão? Quanto tem aplicado por mês?
Quer ter uma aposentadoria tranquila e independente? Desde quando que você investe em previdência privada?
“Porque a vida é agora!”… Será?
Lembra desse slogan de uma operadora de cartões de crédito? Uma pesquisa feita no começo de 2017 mostrou que 44% dos brasileiros consideram impossível levantar R$ 2.500 em uma reserva de emergência; apenas 4% poupam para a aposentadoria; e, para piorar, quase metade da população (tomada por amostragem) não sabe ao certo quanto ganha.
Essa despreocupação com o amanhã, a ausência de educação financeira escolar e a incapacidade de diferençar sonhos e planos explicam por que o Brasil tem uma das piores taxas de poupança do mundo.
Justifica também por que tão poucas famílias conseguem fazer fortuna ou manter seu padrão de vida na velhice. Quem não pensa no futuro não tem o agora nem o amanhã.
Com vão suas metas financeiras?
A propósito, quanto você investe por mês em seu futuro? A reforma da previdência está em andamento. Aliás, basta dar uma olhadinha no rombo bilionário do INSS para começar a se questionar se haverá aposentadoria pública quando chegar sua vez.
Para piorar, a terceira idade é o momento com maior pressão sobre gastos com medicamentos, consultas e exames.
Em outras palavras, se você quer ter a tranquilidade de estar protegido financeiramente por toda a vida, é preciso começar a construir esse cenário agora. E isso vai além de sonhos e planos: envolve ações práticas.
Como desdobrar sonhos em planos, e planos em ações
1. Defina os objetivos
O primeiro passo é definir objetivos de longo prazo. Onde você está e aonde gostaria de chegar? Sonho da casa própria? Segundo imóvel? Aposentadoria livre da dependência do INSS?
É importante conhecer bem seus anseios para, em um segundo momento, estudar os caminhos mais estratégicos para concretizá-los.
2. Decomponha os objetivos de longo prazo em metas/iniciativas
Aqui, começamos a diferenciar sonhos e planos. Uma vez que os objetivos de longo prazo estejam devidamente definidos, é hora de dividir seu trajeto em metas, que devem ser específicas, mensuráveis, realistas e com data limite para serem cumpridas.
3. Reorganize suas finanças
Essas metas devem ser criadas após um redesenho completo de suas finanças pessoais. Para isso, será preciso colocar toda sua matriz de ganhos e gastos em uma planilha, não desprezando nem sequer o cafezinho: seu orçamento doméstico deve ser seu ponto de partida para um mapa de ação financeiro.
4. Elimine as compras parceladas e renegocie despesas
Uma pesquisa do SPC Brasil mostrou que o brasileiro prefere o parcelamento mesmo quando a compra é de baixo valor. Esse tipo de método dificulta a organização financeira, acarreta pagamento de juros e ainda resulta na perda dos descontos das aquisições à vista.
Em virtude de todas essas questões, todas as formas de parcelamento (crediários, pagamento do mínimo no cartão, cheque especial) devem ser evitadas. Afinal, os juros rotativos do cartão de crédito chegam a quase 334% ao ano; os do cheque especial podem chegar a 500% ao ano: você não vai querer cair nessa cilada, certo?
5. Estude o mercado financeiro com afinco
Existe um mundo de investimentos bem mais atrativos do que a poupança. Se a caderneta traz liquidez e baixo risco, não oferece, por outro lado, o mais importante: rentabilidade.
As aplicações em previdência privada, por exemplo, costumam render bem mais do que a poupança, muitas delas, também trazendo baixíssimo risco.
Vale a pena pensar também em ter uma proteção paralela, como um seguro de vida que, assim como a caderneta, é isento de imposto de renda, de fácil transmissão aos herdeiros e que também gera rentabilidade interessante.
A concretização de sonhos e planos deve ser feita por meio de muito estudo das diversas opções de mercado, no intuito de montar uma carteira de investimentos variada e com boa relação risco-retorno.
6. Separe um percentual de seus rendimentos para investir mensalmente
Depois de feitas todas as alterações citadas acima em sua vida financeira, você já estará em condições de separar uma fração de suas receitas pensando em seu futuro. 10%, 20%, 30%: o mais importante é que seja um percentual fixo, e que o estabelecido seja seguido fielmente em direção aos seus investimentos.
Existem alguns simuladores de investimentos que podem ajudá-lo a entender quanto uma pequena quantia mensal pode gerar no futuro!
Compreendeu a diferença entre sonhos e planos, sua função e, principalmente, a importância de pensar por meio de metas realizáveis/constantes?
Então, comece agora sua transformação comprometendo-se a buscar mais informações sobre temas como esse: curta nossas páginas nas redes sociais e receba dicas e conteúdos exclusivos diretamente em sua timeline!
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