Ter uma conta bancária que garanta o acesso a serviços financeiros de forma segura e prática é essencial nos dias de hoje, não é mesmo? Com esse intuito, para muitas pessoas que têm uma conta conjunta faz bastante sentido.
Mas como funciona uma conta conjunta? Em que situações ela é indicada? E quais os cuidados necessários para não ter nenhum problema? Essas e outras questões você confere ao longo do post. Acompanhe!
O que é uma conta conjunta?
As contas conjuntas são aquelas que contam com mais de um titular. Ao contrário das contas tradicionais, no qual a titularidade é exclusiva de uma única pessoa.
Na maioria dos casos, a titularidade de uma conta conjunta fica entre pessoas da mesma família (como pais e filhos ou irmãos, por exemplo) ou casais. Ainda assim, não é obrigatório nenhum grau de parentesco para solicitar a abertura da conta.
Existem dois tipos de conta conjunta: a solidária, em que qualquer um dos titulares pode fazer movimentações financeiras de forma independente. E a simples (também chamada de não solidária), em que cada transação depende da autorização de cada um dos nomes vinculados à conta.
Como funciona a conta conjunta?
Em muitos pontos, o funcionamento de uma conta conjunta é muito similar a de qualquer outro tipo de conta.
Por exemplo, o processo de abertura parece muito. Basta que os interessados compareçam ao banco e apresentem os documentos necessários para a análise e início da conta. Todos devem ter mais de 18 anos.
A partir disso, a movimentação dos valores pode acontecer por meio de cartões, internet e terminais de autoatendimento. Com o detalhe de que as contas não solidárias exigem a autorização de todos os titulares.
Vale ressaltar que, como o nome do primeiro titular é o que aparece nos extratos e comprovantes, os demais poderão ter alguns problemas.
Eles não poderão em muitos casos, por exemplo, utilizar tal conta para receber seus salários ou informar esses dados bancários para solicitar a restituição do imposto de renda.
Quais os riscos de abrir uma conta conjunta?
Além da questão do nome, os principais riscos de uma conta conjunta envolvem a confiabilidade em relação a pessoa com quem se divide a titularidade. Seja em um casamento ou em qualquer outro arranjo familiar ou não.
Como tudo que envolve dinheiro, é necessário ter plena confiança na outra pessoa. Uma vez que, ao optar por essa opção, você estará compartilhando seus recursos e informações financeiras.
Sem falar que, qualquer operação de crédito que acontece por meio da conta compartilhada será de responsabilidade de todos os titulares.
Portanto, isso exige transparência entre os envolvidos. É preciso pensar também no que será feito caso um casal decida se separar.
Nesse caso, será necessário encerrar a conta e dividir não só os recursos disponíveis, como eventuais pendências existentes naquele momento. Isso inclui multas e juros por atraso.
No caso de falecimento de um dos titulares, a fatia do dinheiro daquele que morreu vai para seu inventário e acontece a divisão entre seus herdeiros. Isso vale mesmo para quem compartilhava a conta com seu cônjuge.
Diante de tudo isso, no caso de casais que decidem abrir uma conta conjunta, é necessário refletir sobre a solidez do relacionamento e o quanto cada um está disposto a abrir detalhes da vida financeira ao outro.
Não é raro que relações sejam abaladas por conta de questionamentos relativos a gastos realizados em uma conta conjunta.
Quais são os cuidados necessários?
Além dos cuidados relativos à confiabilidade da relação com quem se divide a titularidade da conta conjunta, é preciso também considerar alguns aspectos burocráticos.
A partir disso, tome alguns cuidados para evitar problemas que comprometam todos os titulares.
O primeiro deles envolve a declaração do Imposto de Renda. Uma obrigação anual para aqueles que se enquadram nos critérios da Receita Federal.
Nesses casos, todos os titulares de uma conta conjunta devem informar em suas declarações a participação na conta. Bem como o saldo sobre o que cada um tem responsabilidade.
Para isso, basta ter em mãos os dados da conta, da instituição financeira e o informe de rendimentos daquele ano.
Esse documento é liberado pelo banco anualmente e, embora venha no nome do primeiro titular, serve para os demais sem nenhum problema.
Contudo, no caso de um dos titulares ser isento e não enviar a declaração, todo o saldo deve ser informado na declaração daquele que precisa acertar as contas com a Receita.
Por fim, fique de olho quando o saldo da conta conjunta serve como reserva financeira ou ainda para investimentos.
Em muitos casos, há opções melhores para esse fim e que não envolvam o compartilhamento da conta. Isso facilita não apenas a organização dos aportes como também a divisão do montante disponível caso seja necessário.
Quando realmente vale a pena?
Para quem compartilha uma vida em conjunto ou mesmo determinados objetivos específicos, a conta conjunta pode ser uma solução interessante. Afinal, ela facilita o acompanhamento dessa tarefa. Dessa forma, é possível distribuir as responsabilidades em relação às transações.
Além disso, a conta conjunta permite que se tenha uma visão ampla do planejamento financeiro do casal, da família ou da empresa.
Com tudo combinado antes, as discussões sobre dinheiro se reduzem, uma vez que uma das premissas de uma conta conjunta é a transparência entre as partes. Entretanto, nada impede que cada um dos titulares tenha sua própria conta de forma separada também!
Por fim, a conta conjunta pode gerar uma economia considerável quanto às tarifas bancários.
Dependendo do pacote de serviço que contratar ou do volume de transações que acontece por mês, deixar de gastar com as taxas para concentrar tudo em uma conta representa um alívio para o bolso.
Como quase tudo na vida, uma conta conjunta traz vantagens e desvantagens, que precisam de avaliação com toda calma, considerando cada contexto.
De qualquer forma, no fim, o que mais importa é a sua segurança em dividir sua vida financeira com outra pessoa e de que forma isso deve interferir na relação de vocês.
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