Todo o mundo sabe que o maior legado que podemos deixar para a próxima geração é uma boa educação. Por isso, a grande maioria dos pais investe pesado em tempo e dinheiro na formação dos filhos. Sendo assim, como planejar os gastos com educação dos filhos?
A educação das crianças no Brasil depende muito das decisões tomadas pelos pais, como a escolha da escola, das vertentes pedagógicas que mais se adaptam aos costumes da família e ao modo de aprender da criança, as atividades extracurriculares e complementares, entre tantas outras coisas.
Agora, uma coisa é certa: proporcionar uma educação da melhor qualidade para os filhos não é barato. Por isso, o planejamento é extremamente importante quando estamos falando dos gastos com educação.
Com isso em mente, separamos algumas dicas importantes para quem tem ou está pensando em ter filhos. Confira!
Qual é o momento certo para começar a pensar na educação dos filhos?
O melhor a ser feito é inserir o custo com educação dentro do espectro mais abrangente do planejamento familiar. Em outras palavras, o melhor momento para pensar na educação dos filhos é antes mesmo de engravidar.
Assim, você consegue poupar dinheiro todos os meses sem precisar sacrificar demasiadamente o padrão de vida da família. Além disso, como estamos falando de um compromisso de longo prazo, também é possível aplicar o dinheiro em alguma forma de investimento que ofereça baixa liquidez e alta rentabilidade.
Tirar o dinheiro da poupança e colocar em uma previdência privada, por exemplo, é um passo importante para protegê-lo da ação da inflação e também para fazê-lo render com o passar do tempo.
O que fazer se o tempo passou e você não se planejou?
Muitas famílias brasileiras vivem com um orçamento apertado e acabam não conseguindo reservar uma parte de suas receitas para garantir a educação dos filhos no futuro.
Em casos como esse, é muito comum que os pais sejam tomados por um sentimento generalizado de desespero quando o mais velho está prestes a completar 15 ou 16 anos de idade.
Se esse é o seu caso, não se desespere, pois ainda há tempo para planejar! Você pode começar a poupar e mesmo que não consiga alcançar o montante total, certamente já é melhor do que nada. Se você não conseguir poupar nada, ao menos poderá se planejar pesquisando preços e cortando gastos.
O que fazer para organizar os gastos com educação?
1º Converse com outros pais
Uma boa dica para ter uma noção dos custos relacionados à educação antes mesmo de decidir tentar engravidar é conversar com amigos e familiares que já têm filhos em idade escolar ou pré-escolar.
É bastante comum encontrarmos cifras sendo veiculadas em publicações especializadas em educação ou economia, mas a grande verdade é que o Brasil é um país bastante grande e os valores variam muito de acordo com a região.
Por isso, uma boa conversa com outros pais é o melhor termômetro que temos à nossa disposição. Ademais, você pode também se certificar de que está conversando com famílias que têm um padrão de vida parecido com o seu.
2º Faça uma lista detalhada de todos os custos
Tendo feito uma pesquisa de preços e conversado com outros pais, você já está apto a elaborar uma lista com os principais gastos com educação. Essa lista servirá de referência para todo o planejamento financeiro.
É ela que vai determinar quanto temos que economizar todos os meses, que tipo de aplicação deve ser feita com o dinheiro e os prazos. Também é importante atualizar os valores dessa lista de tempos em tempos para que ela não fique desatualizada.
3º Faça uma reserva de emergência
Um erro muito comum cometido no momento de elaborar o planejamento da educação dos filhos é considerar apenas o valor da mensalidade da escola ou da universidade.
É preciso ter em mente que existem muitos outros gastos fixos, como uniforme, material, livros didáticos e de literatura, transporte, merenda e atividades extracurriculares, apenas para citar alguns.
Além disso, também temos que considerar a possibilidade de surgir um gasto inesperado, como acontece quando a criança ou o jovem repete de ano, ou quando as mensalidades são reajustadas acima da inflação, por exemplo. Por isso, é importante ter uma reserva financeira.
Quanto do orçamento familiar devo investir em educação?
Há muita divergência entre os especialistas quando o assunto é a fatia do orçamento que deve ser direcionada para a educação. Uns falam em 15% enquanto outros falam em 20% ou 25%. A verdade é que não existe uma regra exata que seja válida para todo mundo.
No entanto, é importante tentar não direcionar uma fatia muito grande do orçamento somente para a educação dos filhos. Isso acontece porque a escola não é apenas um ambiente em que as crianças aprendem. A escola é também a principal referência na vida social das crianças e adolescentes.
Matricular os filhos em uma escola que esteja muito além das possibilidades da família pode prejudicar o desenvolvimento social do jovem, na medida em que ele encontrará dificuldades em participar de passeios, viagens, festas etc. O ideal é encontrar uma opção mais acessível sem comprometer a qualidade do ensino.
Quais dicas seguir para economizar na educação dos filhos?
Com educação não se brinca e, por isso, não podemos, evidentemente, economizar na qualidade do ensino. Entretanto, existem muitas outras despesas que podem ser alvo de um pente fino do ponto de vista do controle financeiro.
1º Mensalidade
Se você conseguiu se planejar com antecedência e já possui um montante disponível para a educação dos filhos, vale a pena procurar a administração da escola e sondar um desconto para o pagamento à vista da anuidade.
Mas, atenção! Veja se é um desconto que vale a pena! Em outras palavras, veja se a diferença entre o pagamento mensal e o pagamento anual é maior do que o valor que o dinheiro renderia se estivesse aplicado na sua modalidade favorita de investimento.
2º Alimentação
A alimentação na escola é um gasto que costumamos chamar de “invisível”, isto é: de pouquinho em pouquinho acaba levando uma fatia considerável do orçamento familiar. Por isso, sempre que possível, mande alguma coisa de casa. Além de mais barato, também costuma ser mais saudável.
3º Material escolar
A dica aqui é sempre comparar preços e, se possível, comprar o material escolar fora de época, já que é bastante comum que os preços subam durante os meses de janeiro e fevereiro. Uma boa dica para economizar nos livros didáticos é comprar de segunda mão.
Você pode fazer isso em sebos ou então tentar sondar outros pais de crianças mais velhas nas redes sociais ou nos grupos de WhatsApp relacionados à escola. Tome cuidado apenas para não comprar livros muito antigos, já que eles podem estar desatualizados.
4º Transporte escolar
Uma dica para economizar no transporte escolar é procurar implementar a chamada carona solidária, em que um grupo de pais faz rodízio para levar e buscar as crianças na escola.
Trata-se de uma alternativa que pode ajudar a diminuir os gastos com educação e é interessante para os pais que não têm tempo de levar os filhos na escola todos os dias, mas também não estão dispostos a pagar pelo serviço.
E aí, empolgado para colocar a mão na massa e começar a planejar a educação dos filhos? Confira também outros custos na hora de criar um filho!