Começa hoje a segunda fase de vacinação contra o vírus HPV (sigla em inglês de Papilomavírus Humano) em todo o Brasil para meninas entre 11 e 13 anos. A vacinação acontece nas escolas públicas e privadas, além dos postos de saúde, numa campanha que, de acordo com o Ministério da Saúde, é para a prevenção ao câncer do colo do útero, o terceiro que mais atinge as mulheres. A primeira dose foi distribuída em março e atingiu 87,3% do público esperado. A partir do ano que vem, a vacina estará disponível também para meninas de 9 e 10 anos.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) 70% das mulheres terão contato com o HPV durante a vida. Existem mais de cem tipos do vírus e 16 deles podem causar câncer. A vacina protege contra quatro tipos (6, 11 ,16 e 18). Além disso, o HPV é o responsável pela doença sexualmente transmissível de maior incidência, o Condiloma Acuminado, e o principal causador do câncer de colo de útero (tipos 16 e 18).
A vacina pode ser aplicada em qualquer idade, mas a eficiência da imunização é maior quando a vida sexual ainda não foi iniciada. A vacinação só se completa após a aplicação das três doses – a segunda dose seis meses após a primeira e a terceira, cinco anos depois.
Avanço das políticas de prevenção contra o HPV
Para o enfermeiro especializado em Saúde Pública e mestrando em Saúde Coletiva do Hospital da Mulher Heloneida Stuart e no Hospital Geral de Nova Iguaçu, Alex do Nascimento da Conceição, este é um verdadeiro avanço nas políticas de saúde pública no país. “A vacina contra o HPV é usada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países. Fora da rede pública o valor da vacina é variável e nem todos podem ter acesso”.
Ele explica ainda que, apesar do grande benefício da prevenção, os resultados reais só aparecerão no médio prazo. “Até que as meninas que estão sendo vacinadas este ano atinjam a idade média da ocorrência do câncer do colo do útero, não haverá como mensurar se houve queda ou não no índice de surgimento da doença provocada pelo vírus. Mesmo assim este é um avanço imenso no que diz respeito à prevenção e políticas de saúde coletiva”, finaliza.
Durante cinco anos o Ministério da Saúde irá comprar 36 milhões de doses da vacina em um investimento de R$ 1,1 bilhão. Este é o tempo necessário para que os laboratórios brasileiros consigam desenvolver a vacina. Graças a uma parceria entre os institutos Butantan e a Merck o governo pagará o valor mais baixo já pago no mercado – R$ 30 a dose.
Proteção além da prevenção
Uma pesquisa realizada pela seguradora Mongeral Aegon mostra que a busca por proteção financeira em caso de doenças graves, como o câncer, enfarto, mal de Alzheimer e AVC aumentou 50% em 2013. O estudo também aponta que 70% das pessoas que contratam este tipo de serviço são mulheres.
A maior busca por este tipo de serviço pode estar associada ao aumento na incidência dessas doenças. De acordo com a OMS, até o ano de 2030 acredita-se que 17 milhões de pessoas morram por câncer e 75 milhões vivam, anualmente, com a doença, No Brasil, só nos anos de 2012 e 2013, foram diagnosticados 515 mil novos casos da doença. Ter um serviço de proteção financeira nesses casos garante uma estabilidade para o início do tratamento.
O que um seguro pode oferecer nesses casos?
Há vários tipos de proteção financeira em caso de doenças. Há seguros específicos para saúde e seguros de vida que dão cobertura em caso de doenças graves ou necessidade de transplante. Segundo Leonardo Lourenço, superintendente de Marketing da Mongeral Aegon, o seguro de vida já começa a ser visto como uma parte importante do planejamento financeiro do brasileiro.
Para Lourenço, o desafio é sempre encontrar soluções que caibam no bolso das pessoas e atendam às suas necessidades. É por isso que a proteção financeira em caso de diagnósticos de doenças graves também faz parte do que é oferecido em alguns pacotes de seguro de vida. A proteção para doenças graves é paga ao cliente no momento do diagnóstico e ele pode utilizar o dinheiro para custear o tratamento, por exemplo”, finaliza.