O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Para 2016, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estimou que seriam diagnosticados 61.200 novos casos. Este mês é conhecido como o de conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata, por isso é chamado de Novembro Azul (saiba mais sobre a campanha).
A importância da campanha Novembro Azul é reforçar que o câncer de próstata tem cura, se diagnosticado precocemente. Por isso, não perca tempo e conheça os exames mais comuns para detectar alterações na glândula:
PSA – Exame de sangue
Avalia o hormônio PSA, cujo resultado normal são valores menores do que 4 ng/ml. Vale destacar que os valores aumentam de acordo com a idade e, deve-se levar em consideração também que o valor de referência pode variar de cada laboratório. Não é necessário fazer nenhum preparo para a realização do exame.
Toque retal
O tamanho da próstata também pode ser detectado por meio do toque retal, que sobre alteração de tamanho e consistência quando a glândula está inflamada. O exame é muito rápido, demorando cerca de 1 minuto e causa apenas um leve desconforto. Também não é necessário nenhum preparo anterior para a realização do exame. Contudo, alguns médicos optam por indicar algum tipo de laxante para limpeza do intestino, a fim de facilitar a realização do exame.
Ultrassonografia
A ultrassonografia ou ecografia da próstata é feita para avaliar o tamanho da glândula e identificar alterações na sua estrutura. E também não exige nenhum preparo prévio.
Fluxometria
O exame consiste na avaliação da força do jato e a quantidade de urina em cada micção, pois quando ocorrem alterações na próstata, o jato fica mais lento e fraco. A fluxometria – que é realizada com o paciente urinando em um aparelho que fará o registro -, requer que o indivíduo esteja com a bexiga cheia e com muita vontade de urinar. É recomendado beber, pelo menos, 1 litro de água antes do exame.
Exame de urina de laboratório
O urologista pode indicar um exame de urina, sendo necessário coletar uma pequena quantidade de urina para avaliar a presença de sangue ou de micro-organismo que podem estar presentes em casos de infecção urinária, por exemplo. A coleta deve ser feita com a primeira urina da manhã, colocando-a em um recipiente plástico fornecido pelo laboratório. Importante destacar que a amostra deve ser levada ao laboratório em cerca de 30 a 60 minutos após a micção.
Biópsia
O exame é solicitado quando há necessidade de confirmar diagnósticos de alterações na próstata, como câncer ou tumores benignos, ocorrendo a retirada de um pedacinho desta glândula para análise de laboratório. Para a biópsia da próstata, geralmente é necessário tomar um antibiótico receitado pelo médico, durante cerca de três dias, tomar laxante para limpeza do intestino, além de um jejum de seis horas.
Vale ressaltar que estes exames devem ser realizados anualmente, a partir dos 50 anos de idade. No entanto, se houver histórico familiar de câncer de próstata, a prevenção deve começar antes, por volta dos 45 anos. Mas se o paciente já teve câncer de próstata ou diagnóstico de hiperplasia benigna prostática, o exame deve ser feito anualmente, independentemente da idade. Procure sempre uma avaliação com um médico da sua confiança.
Segundo o INCA, “pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de três a 10 vezes comparado à população em geral, podendo refletir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias”.
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