Na vida, estamos sempre sujeitos aos mais diversos tipos de imprevistos. Sabemos que eles ocorrem, sim, mas nunca podemos prever exatamente quando ocorrerão.
Por isso, é preciso se preparar para os dias ruins — e uma ótima forma de fazer isso é criar um fundo de emergência.
Esse fundo é um dinheiro que deve ficar guardado e usado apenas em casos extremos. Ele serve para você solucionar uma situação inesperada ou urgente — como uma doença, um acidente ou um período profissional difícil — sem precisar se endividar.
Quer saber como criar esse fundo, onde aplicar esses recursos e quando utilizá-los? Leia nosso artigo e descubra!
Como criar um fundo de emergência?
O fundo de emergência é o objetivo número um de todo bom planejamento financeiro. Ele deve ser perseguido antes de qualquer outra compra, sonho, viagem, pois é ele que garante a tranquilidade na hora de fazer e administrar outros investimentos.
A seguir, veremos como criar esse fundo. Confira!
Faça um orçamento
O primeiro passo para criar seu fundo de emergência é fazer um orçamento. Você precisa anotar seus gastos e saber qual a sua média de despesas no mês, levando em consideração o que é fixo e também o que é variável.
Se você está gastando mais do que ganha, é hora de fazer um ajuste. Veja alguns exemplos do que pode ser eliminado ou, pelo menos, reduzido:
- substitua o plano de celular por algum mais barato;
- cancele o pacote da TV a cabo;
- troque idas a restaurantes e cinemas por programas em casa.
Também é importante definir limites de gastos como forma de manter um controle financeiro adequado.
Poupe um pouco da sua renda mensalmente
Depois de fazer esses ajustes, é hora de poupar. Você deve definir uma quantia entre 10% e 20% dos seus ganhos mensais. Se isso é muito para você, comece com menos e vá aumentando a quantia gradativamente: 1% no primeiro mês, 2% no segundo, e assim por diante, até chegar na faixa recomendada.
O ideal é encarar essa aplicação mensal no fundo de emergência como se fosse uma despesa real que você não pode deixar de pagar, como a mensalidade do plano de saúde ou uma conta de luz.
Aplique em um investimento de alta liquidez e baixo risco
Você deve estar se perguntando onde investir esse dinheiro, certo?
O ideal é que ele fique em uma aplicação de alta liquidez e baixo risco. Traduzindo: sua reserva de emergência deve estar em um produto fácil de usar, de onde você consiga sacar a qualquer momento e em que seja praticamente impossível perder dinheiro.
A poupança pode ser utilizada no começo da formação de sua reserva, por ser um investimento bastante conhecido e simples de usar.
Depois de uma certa quantia, no entanto, é mais interessante passar a colocar seu dinheiro em um fundo de renda fixa ou em um CDB com liquidez diária, pois são investimentos que oferecem rendimentos maiores, já que acompanham diretamente as taxas de juros do país.
Defina uma quantia adequada
Quanto investir? Isso depende da sua situação financeira e profissional.
A recomendação mais comum é que o dinheiro reservado para emergências seja capaz de cobrir seis meses das suas despesas mensais, tanto as essenciais quanto as supérfluas, para garantir, em caso de desemprego, um tempo confortável até obter outra renda.
Mesmo assim, é bom observar alguns casos específicos. Se você é empresário, profissional liberal ou freelancer, por exemplo, sua situação financeira é mais imprevisível do que quem tem carteira assinada. Por isso, nesses casos, uma reserva de emergência ideal deve ser suficiente para bancar seus gastos por até um ano.
Quem é funcionário público e conta com estabilidade no emprego, por outro lado, pode se dar ao luxo de montar uma reserva menor, de apenas três ou quatro meses. É, também, o caso de quem possui outras fontes de renda além do próprio trabalho, como imóveis alugados ou pensões.
Quando e como usar o fundo de emergência?
Uma vez formado o fundo de emergência, você precisa saber administrá-lo corretamente. Veja como!
Use apenas em emergências
A reserva de emergências é — adivinhe só! — para emergências. Pode parecer um tanto óbvio falar isso, mas a tentação para gastar aquele dinheirinho guardado atinge muita gente.
O ideal é que isso não aconteça: deixe a reserva de emergência para ser usada apenas em situações de necessidade, das quais não há como escapar. Você não pode ficar com um vazamento no encanamento da sua casa, por exemplo, ou deixar de tomar remédios caso fique doente.
Para não ficarmos só nos exemplos negativos, pense em uma visita que vá sem avisar e fique uma semana na sua casa. Essa é uma situação em que a reserva pode ser usada. Afinal, não pega bem expulsar seus parentes só para não estourar o orçamento, não é mesmo?
Use (com cuidado) em caso de desemprego ou perda da renda
Caso seja um imprevisto mais longo como desemprego, queda nas vendas do seu negócio, falência da empresa, controle seus gastos, corte despesas supérfluas e estabeleça um limite de retirada mensal. Assim, você consegue passar por essa fase difícil sem sustos.
Não use para compras
Por outro lado, trocar de carro a cada dois anos, comprar um celular novo, fazer uma viagem e muitos outros itens não emergenciais e até mesmo desnecessários não devem ser bancados com o dinheiro da reserva.
Você pode até fazer investimentos separados para objetivos assim, mas nada de usar o fundo de emergência, ok?
Pague à vista e evite dívidas
Chegou o dia ruim e a emergência se impôs na sua vida? Resolva a situação e siga em frente. Não caia na tentação de parcelar no cartão para depois pagar. É melhor usar o dinheiro guardado e ficar sem pendências. Em alguns casos, você pode até conseguir descontos pagando à vista.
Reponha depois de usar
Precisou usar uma parte do fundo de emergência? Tudo bem, acontece. Agora, é hora de formá-lo novamente.
Nos próximos meses, volte a fazer aplicações. Se necessário, corte gastos novamente e cancele aplicações que estavam programadas para outros investimentos até reestabelecer a quantia ideal da sua reserva.
Assim, você estará novamente pronto para encarar o próximo imprevisto.
Criar um fundo de emergência pode parecer difícil em um primeiro momento, mas é uma decisão que faz muita diferença na sua vida, pois garante tranquilidade e evita que você entre no vermelho.
Quer saber mais detalhes sobre esse assunto? Baixe nosso e-book!