Renda fixa ou variável: em qual você deve investir?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 09/01/2019 | Atualizado em 07/10/2022

Atualmente, a internet está cheia de informações sobre investimentos, não é verdade? Especialmente para quem começa a se interessar pelo mercado financeiro, é comum ter acesso a inúmeras ofertas ou conteúdo sobre renda fixa e variável. No entanto, poucas vezes esses termos são devidamente explicados, e o investidor iniciante pode ter dúvidas sobre onde deve aplicar o dinheiro. Entre a renda fixa e variável, qual é a melhor opção?

Entender alguns termos e investimentos é fundamental para poder escolher as melhores opções. Assim, você evita tomar decisões ruins que poderão lhe prejudicar no futuro.

Por isso, neste post vamos responder dúvidas importantes, como as diferenças entre renda fixa e variável, as características de cada investimento e o perfil de investidor para cada uma delas.

Quer entender tudo sobre renda fixa e variável para decidir onde investir? Então, continue a leitura!

Quais são as diferenças entre renda fixa e variável?

Descubra qual é a diferença entre renda fixa e variável

Renda fixa

As aplicações caracterizadas como renda fixa são aquelas que informam qual será a remuneração (ou a forma de cálculo) no momento da aplicação. Por saber exatamente quanto você vai receber no fim do prazo, a renda fixa é bastante recomendada para os investidores conservadores.

Os fluxos e pagamentos desses investimentos são incondicionais. Ou seja, a quantia a ser recebida pelo investidor não depende da saúde financeira ou do desempenho da entidade responsável pelo pagamento. Em outras palavras, as quantias serão pagas mesmo se a instituição sofrer prejuízo ou desvalorização.

Por outro lado, mesmo que a organização tenha resultados acima do esperado ou tenha se valorizado, o investidor não receberá nada além do combinado na contratação.

As opções de renda fixa costumam ser utilizadas para proteger o patrimônio contra a desvalorização provocada pela inflação. Ainda assim, elas permitem obter rendimentos superiores à inflação e à taxa básica da economia (Selic).

Renda variável

Nos investimentos de renda variável, a remuneração não é conhecida pelo investidor no momento da aplicação. Logo, a alternativa é mais aconselhada para as pessoas com perfil mais arrojado e dispostas a arriscar.

Em alguns casos, como no das ações, os rendimentos podem variar muitas vezes em um único dia. Isso acontece porque são influenciados por diversos fatores que, por mais estimados e estudados, não podem ser completamente previstos.

As aplicações de renda variável são consideradas mais arriscadas. Se, por um lado, elas podem resultar em rendimentos bem maiores, por outro, podem representar a perda de dinheiro. No entanto, vale ressaltar que existem maneiras de reduzir os riscos, desde que o investidor tenha conhecimento sobre o assunto.

Esses investimentos costumam ser utilizados por quem quer alcançar altas remunerações, mas também tem condições de arcar com possíveis perdas.

Quais são os investimentos de renda fixa?

De modo geral, são os ativos em que o investidor empresta dinheiro à instituição ao comprar títulos dela. Em troca, quem investe tem o direito de receber o montante de volta em uma data especificada, acrescido de juros.

Títulos públicos

São títulos criados para o Governo financiar a dívida pública e captar recursos para diferentes atividades, como educação, infraestrutura e saúde. O investimento é feito por meio do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos criado pelo Governo Federal e destinado a pessoas físicas. De modo geral, os títulos públicos remuneram o investidor de duas formas:

• com uma taxa prefixada, baseada na Selic;
• com base no IPCA (índice que mede a inflação).

Independentemente da escolha, no momento da compra você sempre conhecerá a remuneração final ou a forma de cálculo do título. Uma das principais vantagens dos títulos públicos é que os investimentos podem ser feitos partir de R$ 30. Além disso, são alternativas muito seguras, pois são garantidas pelo próprio Tesouro Nacional.

Debêntures

Debênture são títulos privados emitidos por empresas com o intuito de levantar recursos no mercado e pagar juros maiores se comparados aos ofertados pelos bancos.

Nessas aplicações, o investidor também é informado da rentabilidade total no ato da contratação. Em geral, os investimentos em debêntures podem ser realizados a partir de R$ 1 mil.

CDB

Bastante conhecidos no Brasil, os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são uma espécie de título privado, porém emitidos exclusivamente pelos bancos. A opção também permite ao investidor conhecer, no momento da aplicação, a remuneração ou forma de cálculo utilizada.

Cada CDB tem características diferentes e, geralmente, são divididos em prefixados (juros fixos ao ano) e pós-fixados (rendimento atrelado ao CDI — Certificado de Depósito Bancário).

E os exemplos de renda variável?

Ações

As ações nada mais são do que “divisões” do capital de uma organização. Elas são classificadas como renda variável, pois os retornos de capital não podem ser previstos no ato da aplicação. Quando o investidor compra uma ação, passa a ser sócio da companhia responsável por emitir o papel.

Derivativos

Sugestivamente, são aplicações que derivam de outro ativo (commodity ou ação), índice (inflação) ou taxa de referência (Selic). Os derivativos são contratos que estabelecem pagamentos a serem realizados no futuro, como, por exemplo, o mercado de petróleo.

Ao investir nessa opção, o investidor “aposta” em uma diminuição do preço do petróleo e pode lucrar com isso. Essa é uma aplicação de renda variável, pois não é possível prever totalmente o que acontecerá.

Fundos de ações

Os fundos de ação são geridos por uma corretora e funcionam como cotas de um condomínio, nas quais diferentes investidores aportam o dinheiro para adquirir parcelas. A gestora é responsável por definir e acompanhar o desempenho das ações que desenham a carteira de investimentos do fundo.

Assim como no caso das ações individuais, esse é um investimento no qual não é possível prever a remuneração.

Qual é o perfil de investidor ideal para cada opção?

Quanto mais risco um investimento apresenta, maior é a rentabilidade que dele pode ser obtida. Esse ponto deve ficar bem claro na comparação entre os dois principais perfis de investidor existentes.

Como citado anteriormente, por ser de baixo risco, as opções de renda fixa são indicadas para investidores com perfil conservador. A ressalva fica por conta de uma rentabilidade limitada.

Já a renda variável é indicada para aqueles mais arrojados, justamente porque costuma oferecer mais riscos — com a possibilidade de obter mais ganhos. O que deve ser notado aqui é que esses ganhos mais significativos não são uma garantia. Ao mesmo tempo em que o investidor pode ganhar, também pode perder dinheiro.

Antes de aplicar nessas alternativas, é recomendado ter uma reserva que o permita se aventurar sem grandes prejuízos.

Como entender o meu perfil de investidor?

De modo geral, os investidores de perfil arrojado são aqueles que já investem há vários anos e possuem um patrimônio considerável acumulado. Essas pessoas podem arriscar mais, pois se perderem uma parte do dinheiro, isso não afetará a condição de vida.

Já os investidores conservadores são todos aqueles que ainda estão construindo patrimônio ou que começaram a investir há pouco. Logo, pode-se afirmar, mais uma vez, que a renda fixa geralmente é a opção adequada para a maioria dos iniciantes. Isso porque, quem começa a investir, normalmente tem a intenção principal de proteger o patrimônio da inflação e garantir o poder de compra.

Se você também dá os primeiros passos no mundo dos investimentos e quer ficar craque no assunto, consulte o Manual do Investidor Iniciante! Você encontrará muitas dicas úteis para aplicar seu dinheiro com sabedoria.

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