Ativo Financeiro: você sabe o que é? Descubra aqui
Publicado em: 07/10/201910 minsÚltima modificação em: 13/06/2023

Educação Financeira

Ativo Financeiro: você sabe o que é? Descubra aqui

Saiba o que é um ativo financeiro e como esse conceito ajuda a investir com mais inteligência.

ativo financeiro

Diante do cenário econômico atual, cada vez mais brasileiros estão despertando para a necessidade de estudar mais sobre educação financeira para construir o próprio patrimônio, garantindo um futuro mais tranquilo para si e seus familiares.

Uma evidência dessa tendência é a quantidade atual de cursos online de finanças e sua demanda de matrículas. Se você também tem essas preocupações, a primeira pergunta que precisa responder é “o que é ativo financeiro?”

Trata-se de tudo aquilo que pode ser comprado para, posteriormente, gerar valor ao investidor. Cada uma das opções do mercado é classificada segundo diversas especificações: prazo (curto, médio e longo), tipo de rentabilidade (renda fixa e variável), volatilidade, liquidez e grau de risco (baixo, moderado e elevado).

Estamos falando de imóveiscommodities, moedas, ouro, joias, ações, contratos futuros, títulos públicos e privados, entre outros investimentos. Mas, para além de saber o que é ativo financeiro, quais são os tipos disponíveis? E o que é um passivo? Como lidar com eles na formação de uma carteira de investimentos? São essas respostas que você terá agora. Confira!

Quais são os tipos de ativos financeiros?

Não basta saber o que é ativo financeiro, é necessário entender quais são suas classificações e o que as opções de cada grupo têm em comum entre si. Com isso, o investidor se torna autônomo para montar uma carteira de investimentos verdadeiramente diversificada, que traga efeitos positivos em seu crescimento financeiro.

Vale lembrar que diversificação não é a aglomeração aleatória de inúmeros ativos, mas sim a conjugação de aplicações de diferentes efeitos. Elas devem ser vinculadas com cuidado a fim de atenuar eventuais resultados negativos individuais, reduzir o risco médio da carteira e, simultaneamente, aumentar sua rentabilidade global. Eis a importância de saber quais são os tipos de ativos financeiros. Vamos a eles?

Ativos de geração de renda

Tecnicamente, qualquer ativo tem finalidade de geração de renda. O ponto é que existem alguns que conseguem acumular juros com maior frequência, tornando-se fonte extra de receitas para o investidor.

Os ativos de geração de renda são, portanto, aplicações que garantem retorno periódico ao investidor, como imóveis em locação, títulos do Tesouro com pagamento de juros semestrais (Tesouro IPCA NTN-B) ou ações que pagam dividendos.

Ativos de crescimento

O ideal é que boa parte de sua carteira de investimentos esteja voltada para o longo prazo. A especulação pode ser interessante, mas o uso desmedido dessa estratégia expõe desnecessariamente o investidor a riscos mais elevados, podendo resultar em prejuízos e — pior do que isso — em seu afastamento definitivo do mercado.

Considerando que muitas pessoas que entram no mercado financeiro querem enriquecer (e não somente conseguir uns trocados para passar o mês), o objetivo supremo de todo investidor de sucesso deve ser o futuro, ainda que o curto prazo pareça turbulento. E é aqui que entram os ativos de crescimento.

Os ativos de crescimento são aplicações que podem sofrer maior volatilidade no curto prazo, mas passam por correções ao longo do tempo que, a partir de um olhar amplo, indicam crescimento contínuo de renda (ainda que de forma mais lenta).

São ideais para investidores que dispõem de um pouco mais de tempo para construir seu patrimônio, que investem para garantir uma aposentadoria tranquila ou para consolidar um futuro seguro aos filhos.

Entram nessa classificação o Tesouro IPCA com juros no vencimento e os planos de previdência privada (estes últimos são ativos fundamentais quando o foco é estabilidade financeira no longo prazo).

Ativos de reserva financeira

Normalmente associados à renda fixa, esses ativos têm em comum a liquidez. Embora o propósito seja aumentar o capital do investidor como qualquer outra aplicação financeira, esse tipo precisa ser de fácil resgate, já que pode ser usado para garantir dinheiro em caso de emergência.

São considerados ativos de reserva financeira os CDBs de liquidez diária, a caderneta de poupança, o Tesouro Selic (cuja baixa volatilidade média facilita a venda antes do vencimento sem prejuízos) e o seguro de vida resgatável.

Qual a diferença entre ativos e passivos financeiros?

Como você viu, ativos financeiros são tudo aquilo que pode ser comprado e gerar valor a um investidor. Porém, do lado deles, temos os chamados passivos financeiros. Como esses termos muitas vezes aparecem juntos, é importante saber diferenciá-los, o que não é difícil.

Enquanto os ativos têm como característica principal sua possibilidade de gerar valor, os passivos geram obrigações, despesas e custos, onerando quem está com eles em mãos.

Em outras palavras, se você tem uma fatura de crédito em mãos, está segurando um passivo. Isso também vale para prestações de financiamento, saldo negativo na conta ou qualquer outra despesa do seu orçamento. Como instrumento de contabilidade, os passivos são divididos em diferentes categorias:

  • circulantes, que são os passivos de curto prazo;
  • diferidos, relativos ao dinheiro investido;
  • permanentes, custos duradouros que não podem ser investidos;
  • realizáveis, que são passivos de longo prazo;
  • passivos a descobertos, que indicam que o volume de passivos é maior que o de ativos, mostrando que as contas não fecham.9

Assim como controlar os ativos à disposição é fundamental, é importante manter os passivos sob controle a fim de não comprometer toda sua saúde financeira. Para isso, faça um diagnóstico dos seus passivos e organize-os, separando aqueles que são fixos dos que são variáveis.

Além disso, se for necessário, privilegie o pagamento daqueles com juros maiores e corte gastos para equacionar a diferença entre ativos e passivos dentro do orçamento. Por fim, fortaleça a presença de ativos de reserva financeira na sua carteira. Eles certamente serão úteis para suprir despesas inesperadas.

Quais são os tipos de ativos existentes?

Os ativos financeiros não são a única opção para compor sua carteira. Há outros ativos com valor considerável e bem tangíveis, como automóveis, ou intangíveis, como sua formação ou experiência.

Outra diferença considerável a respeito de determinados ativos não financeiros é que eles nem sempre geram a possibilidade de uma nova fonte de renda. Pelo contrário, eles resultam em passivos, fazendo com que a conta não feche.

Com um carro, isso fica bem fácil de entender. Imagine que você compra um automóvel novo. Por mais que ele provavelmente tenha um valor alto, a partir do momento em que sai da concessionária, seu preço de mercado começa a cair.

Ou seja, ao revendê-lo, certamente o preço alcançado será menor que aquele pago na aquisição inicial. Além disso, enquanto o carro estiver em sua propriedade, gera uma série de custos, como despesas com combustível, manutenção e impostos.

Viu a diferença? Embora seja um ativo que componha seu patrimônio, nem sempre o carro trará algum retorno e, em algumas circunstâncias, tende a pesar no seu bolso. Isso é, em geral, o que diferencia um ativo financeiro de outros tipos.

Como utilizar um ativo financeiro?

Agora que você já sabe o que é ativo financeiro, seus tipos e características, é necessário saber como utilizá-lo. E a palavra-chave, como você já imagina, é diversificação. Mas como fazer isso? Uma carteira diversificada de sucesso é produto de três fatores devidamente alinhados e respeitados: perfil de risco + oportunidades de mercado + contexto macroeconômico.

Quanto maior a tolerância ao risco, mais arrojado é o perfil do investidor. Além disso, embora não seja uma regra e haja variações de acordo com o momento de vida e os objetivos propostos, de forma geral, você encontra seu perfil de risco com base no seguinte conjunto de características:

  • conservador: pouco conhecimento do mercado, capital pequeno, baixa tolerância ao risco, objetivos de longo prazo, idade mais avançada;
  • moderado: alguma experiência e conhecimento sobre investimentos, capital que permite alguma diversificação, tolerância média a riscos, objetivos de médio/longo prazo e idade que permita correr certo risco com possíveis correções no futuro;
  • arrojado: expertise no mercado financeiro, experiência nas mais diversas modalidades de aplicações, patrimônio elevado, objetivos de curto/médio/longo prazo e idade que permita riscos maiores com tempo adequado para eventuais correções de rumo.

Quanto às oportunidades de mercado, ao conhecer bem o que é ativo financeiro, você terá ao seu dispor um cardápio imenso de investimentos com prazos e gatilhos de retorno diferentes entre si, o que exige racionalidade na hora de harmonizá-los com seu perfil de risco.

Você não vai aplicar 70% do seu capital em ações, tendo apenas R$ 20 mil decorrentes de seguro-desemprego e FGTS. Da mesma forma, seria perda de tempo ter experiência e mais de R$ 500 mil para investir, aplicando tudo na caderneta de poupança. Você precisa entender a medida de sua maturidade financeira.

A análise dessas oportunidades de mercado será confirmada não somente no alinhamento com seu perfil, mas também com base na identificação do que a economia está pedindo.

Uma carteira de investimentos inteligente deve utilizar os ativos financeiros observando prazos de vencimento diferentes, gatilhos de remuneração distintos (como Tesouro Selic, que varia conforme a flutuação dos juros e fundos cambiais, que se elevam no compasso da variação de moedas estrangeiras).

Precisa observar a proporcionalidade correta (renda fixa ou variável) em relação à sua tolerância ao risco. Deve, por fim, proteger parte de seu capital em ativos mais sólidos, de longo prazo e com gestão especializada — como é o caso de um fundo de previdência privada conservador/moderado.

Além disso, contar com um seguro de vida pode te ajudar a não descapitalizar em um momento difícil, como doença grave ou internação hospitalar, por exemplo. Isso sem falar no seguro resgatável, que forma uma reserva financeira para o futuro.

Compreendeu bem o que é ativo financeiro e, principalmente, como utilizá-lo a favor de seu crescimento patrimonial? Tal definição é uma ferramenta importante para a organização do seu orçamento e para definir quais são as melhores opções para o seu dinheiro em diferentes momentos da vida. Com isso, realizar seus sonhos estará um pouco mais perto de se tornar realidade.

Gostou deste post sobre ativos e passivos financeiros? A leitura chegou ao final, mas o aprendizado não! Para continuar adquirindo conhecimento, acompanhe outro conteúdo aqui do blog que traz dicas para você ficar rico.

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