Como ter uma reserva financeira?

logo mag seguros Por MAG Seguros
ícone de relógio indicando o tempo de leitura​ 6 min de Leitura
ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 21/09/2017 | Atualizado em 27/12/2022

Ter uma reserva financeira é fundamental para se proteger contra as imprevisibilidades da vida. E se você ficasse desempregado amanhã, teria recursos para manter a você e à sua família por alguns meses? Mas como ter uma reserva financeira?

O problema é que pouca gente consegue fazer esse colchão de liquidez. Quer um exemplo estatístico? Quase 60% das mulheres não se preparam para a aposentadoria; entre os homens, esse percentual sobe para 63,2%, segundo a última pesquisa sobre o tema, feita em julho de 2017 pela Paraná Pesquisas.

Questões como desemprego, recessão, baixos salários, além da falta de cultura de poupança, são alguns fatores que explicam por que o brasileiro tem tanta dificuldade de poupar. Seria o seu caso?

Então hoje é uma boa oportunidade para driblar os obstáculos e aprender a construir uma reserva financeira sólida, que te imunize contra os furacões das crises econômicas e/ou te mantenha preparado para aproveitar grandes oportunidades!

seguro ideal

Como ter uma reserva financeira de emergência?

Um bom investidor administra suas finanças pessoais como um bom governo gerencia seu orçamento. E a definição de Economia nos ajuda a entender como fazer essa gestão: Economia, para os especialistas, é a “arte de administrar recursos escassos”. Ou seja, envolve saber priorizar gastos e renunciar. Você renuncia às suas despesas supérfluas?

Entenda, o dinheiro é curto e não dará para realizar tudo o que você quer, no exato momento em que você sentir vontade. Isso quer dizer que se você quiser ter uma reserva financeira, vai ter que aprender a dizer não para muitos “pequenos mimos” a que você se permite saborear no cotidiano.

Dessa forma, um passo a passo básico para você conseguir segurar algum dinheiro no final do mês e montar sua poupança é:

1- Coloque seu orçamento em uma planilha

Você sistematiza mensalmente seus gastos em uma planilha de orçamento pessoal? Pois se a resposta é “não”, saiba que este é uma etapa imprescindível para você crescer financeiramente. Sem gerenciar suas receitas/despesas, será impossível ter sobra de dinheiro no final do mês. E você estará, assim, fadado a ver seus recursos escaparem de suas mãos antes do dia 20…não é a estagnação que você almeja para seu futuro, certo?

Pois bem. Então coloque TODAS as suas receitas e despesas em sua planilha. Nada pode ser esquecido ou desprezado. Nem o cafezinho do fim de tarde. Nem aquele chocolate que, vez por outra, você leva ao filhão. Muito menos os gastos do sábado no barzinho com os amigos. Gastou, computou.

Há economistas que dizem que o simples ato de sistematizar suas finanças já permite que você reduza entre 5% e 15% das despesas. Isso porque você conseguirá ver alguns absurdos financeiros, que passam despercebidos quando sua gestão é baseada no improviso.

2- O que é imprescindível, útil e supérfluo?

Já falamos sobre isso em outro post, mas simplesmente não dá para falar em construir uma reserva financeira se você não sabe categorizar suas despesas.

Dessa forma, segmente seus gastos em cada uma dessas 3 categorias. Procure listar com especial atenção tudo o que é supérfluo (evitável) em sua vida.

3- Renuncie

Que tal cortar a maior parte do que for supérfluo? Existe um conceito em Economia chamado trade-off, que é usado para lidar com situações humanas conflitantes, em que temos que abrir mão de algo para ganhar outra coisa. Você estará renunciando a algumas baladas, por exemplo, em troca de crescimento patrimonial. Vai valer a pena.

4- Renegocie despesas

Seguro do carro, plano de saúde, TV a cabo, conta de celular, plano da academia: estes são apenas alguns exemplos de custos passíveis de negociação. Busque descontos, repactuação.

5- Compras, só à vista

Enriquecer é remodelar seus hábitos de vida. Tente encontrar alguém bem-sucedido que se deixa vencer pelo canto da sereia da compra parcelada ou cheque especial. Não encontrará.

Isso porque quando você compra a prazo, você empobrece. Deixa de pagar mais barato pelo desconto à vista e ainda paga juros evitáveis.

6- Fixe uma meta

Ela variará de acordo com sua capacidade financeira. Mas se fosse acima de 30% de seus rendimentos líquidos, seria perfeito.

Qual a reserva financeira ideal?

Ok, você já aprendeu a poupar. Mas não sabe quanto deve ter uma reserva ideal. Algumas pistas:

    • se você é servidor público, sua estabilidade lhe permite manter reservas por apenas 3 meses. Ou seja, se seus gastos mensais são de 4 mil, precisa ter ao menos R$ 12 mil investido.
    • se você é funcionário da iniciativa privada ou profissional liberal, pelo menos 6 meses de reserva de emergência.

Onde aplicar sua reserva?

Nem pense em falar em caderneta de poupança. Com rentabilidade líquida que, há dois anos, chegou a ser negativa (rendeu menos do que a inflação), o ideal é fugir da poupança e buscar opções com o mesmo grau de risco e maior potencial de rendimento. Seria o caso, por exemplo de um CDB atrelado à Selic ou uma LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio), já que ambas são protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (o mesmo fundo que protege a poupança).

Outra opção é o Tesouro Selic. O investimento tem liquidez diária, mas é importante deixar o dinheiro lá por pelo menos um mês para não ter prejuízo.

Por que é tão importante ter uma reserva financeira?

Falamos no início do artigo sobre doenças e desemprego. Mas as incertezas da vida vão muito além disso. Quantas vezes seu carro não apresentou problemas e você ficou irado(a) por saber que isso iria impactar suas finanças, de forma inesperada?

Há também coisas menores, mas que necessitam de recursos em caixa: visitas repentinas de amigos a sua casa; cursos que precisam ser realizados; viagens inesperadas de negócios; oportunidades interessantes de quitação de dívidas. Definitivamente, dinheiro faz dinheiro.

O brasileiro tem dificuldade para juntar recursos e isso se dá muito mais pela cultura do carpe diem tupiniquim do que pelo baixo padrão de rendimentos. E o problema já começa na infância/ adolescência.

Segundo levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 53% dos brasileiros na faixa dos 15 anos não têm conhecimentos básicos sobre como lidar com dinheiro no dia a dia.

Passamos a vida toda sem termos orientações sobre educação financeira. Fica mesmo difícil aprender do nada, justamente quando não podemos errar. Esse artigo, como outros que temos nesta seção, se destinam justamente a ajudá-lo a desenvolver as habilidades necessárias para gerenciar melhor sua vida econômica. Mas é preciso disciplina, muito estudo e paciência.

Lembrou daquele amigo que precisa dessa informação? Então compartilhe nas suas redes sociais e marque essa pessoa.