Cooperativas de agronegócio são organizações que reúnem pessoas físicas ou jurídicas do trabalho agropecuário com o objetivo de fazer com que seus recursos frutifiquem.
No Brasil, o cooperativismo no campo é tão importante que o Governo Federal afirma oficialmente que “a capacidade das cooperativas em assegurar que pequenos e médios sejam competitivos” é um dos motores do agronegócio nacional.
Qual é a participação das cooperativas na riqueza produzida pelo agronegócio brasileiro? Como esse segmento está distribuído no país? Que vantagens o cooperativismo oferece aos produtores rurais? E como ele favorece os trabalhadores no campo?
Neste artigo, vamos compartilhar com você as respostas para essas perguntas. Continue lendo para entender em profundidade a importância das cooperativas para o agronegócio brasileiro!
O cooperativismo e a importância das cooperativas de agronegócio no Brasil
Você conhece, de fato, o conceito de cooperativismo?
Uma cooperativa é uma organização que reúne pessoas físicas ou jurídicas com o objetivo de fazer com que seus recursos frutifiquem. Em outras palavras, trata-se de uma associação de participação na vida econômica, cujos valores são: ajuda mútua, responsabilidade, igualdade, equidade e solidariedade compartilhadas.
Estima-se que ao menos 13 ramos cooperativos têm atividades de alta relevância hoje no Brasil. São eles:
• agropecuária;
• consumo;
• crédito;
• educação;
• habitação;
• infraestrutura;
• mineração;
• produção;
• saúde;
• trabalho;
• transporte;
• turismo e lazer;
• serviços sociais.
São mais de 7 mil cooperativas atuando legalmente em todo o território nacional. Mas é importante dar alguns passos para trás a fim de compreender como chegamos a esse cenário.
A história do cooperativismo no Brasil é bastante antiga. Em 1971, foi criada a primeira lei relacionada à atividade (5.764/71), e a legislação mais recente é a Lei 12.690/2012, que atualizou a regulamentação do setor nos termos da Constituição de 1988.
Conforme já apontamos, as cooperativas de agronegócio têm uma importância fundamental no Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Vale lembrar que o setor mais forte da economia nacional é a agropecuária. De acordo com dados recentes divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, esse setor movimentou R$ 570,31 bilhões em 2018. A estimativa é que alcance R$ 564,32 bilhões até o fim de 2019.
Veja alguns números que demonstram como as cooperativas de agronegócio movimentam o setor: mais de 940 mil associados; mais de 300 mil trabalhadores envolvidos; 80% dos cooperados produzem em áreas que não passam de 100 hectares (pequenos e médios produtores).
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), as cooperativas de agronegócio são responsáveis por 50% do PIB agrícola brasileiro. Elas são mais de 1,6 mil e estão espalhadas por todo o território nacional.
4 vantagens das cooperativas de agronegócio aos produtores nacionais
Da prestação de assessoria técnica às garantias trabalhistas, confira, a seguir, um detalhamento dos quatro principais benefícios do cooperativismo para o agronegócio brasileiro.
1. Cooperativas de agronegócio prestam assessoria técnica
Além de profissionalizar a experiência comercial, as cooperativas de agronegócio também fornecem equipe técnica para o setor. São, essencialmente, veterinários e agrônomos que prestam assessoria aos produtores.
Todo esse suporte técnico garante constante evolução na produtividade, o que é muito importante tanto para os cooperados quanto para as cooperativas. Em última instância, permite o desenvolvimento de todo o agronegócio nacional.
A assessoria técnica costuma ser ainda mais relevante para os produtores que estão iniciando suas atividades produtivas. Ela compartilha o acúmulo de conhecimento já obtido no setor e prepara os cooperados para se desenvolverem no mercado nacional e internacional.
2. Entregam serviços especializados aos produtores
Outro ponto que merece destaque é a questão da prestação de serviços variados aos produtores do agronegócio. Cooperativas bem-estruturadas facilitam o beneficiamento de matérias-primas: do processamento do café à pasteurização de leite, passando pela embalagem dos produtos, entre outras atividades.
Ademais, cooperativas de agronegócio são lugares de referência. Elas facilitam a contratação de mão de obra especializada, além de serem fontes de informação técnica e comercialização de produtos.
A maioria das cooperativas de agronegócio trabalha na aceleração do escoamento da produção. Além disso, dispõe de lojas próprias para atender tanto aos cooperados quanto à comunidade local.
Muitas também centralizam os esforços do comércio exterior, permitindo que pequenos e médios produtores distribuam suas mercadorias para o mercado internacional.
3. Garantem os direitos trabalhistas aos profissionais
Por serem devidamente regulamentadas, as cooperativas de agronegócio garantem os direitos trabalhistas aos empregados. Isso beneficia os proprietários rurais, que cumprem com a legislação e conseguem certificações nacionais e internacionais.
Essa é uma grande vantagem, se pensarmos que a informalidade no campo pode trazer vários problemas aos trabalhadores — especialmente no momento de requerer a aposentadoria.
Com tudo devidamente registrado, garante-se aos trabalhadores a remuneração condizente com suas atividades, o recolhimento de valores referentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 13º salário, além de assistência educacional e médica.
4. Beneficiam os cooperados para além dos ganhos financeiros
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também destaca e valoriza alguns benefícios oferecidos diretamente aos cooperados:
• inclusão de produtores de todos os portes (principalmente formalizando a agricultura familiar);
• relação horizontal na coordenação da cadeia produtiva, o que diminui os impactos negativos das relações de poder nos negócios do campo;
• geração e distribuição equitativa de renda;
• acesso facilitado a tecnologias avançadas, a fim de potencializar a produtividade, melhorar a gestão e reduzir esforços dos trabalhadores;
• acesso a mercados de difícil penetração por pequenos proprietários (especialmente o comércio exterior);
• ganhos de valor monetário e simbólico (senso de associação, status empresarial, valorização das marcas etc.) na produção.
Em resumo, o cooperativismo serve para que o país alcance a economia solidária, dispondo de meios legais e práticos para favorecer a produção colaborativa com compartilhamento de lucros e garantia de direitos aos cooperados.
E, como você viu, as cooperativas de agronegócio são essenciais para que a produção no campo brasileiro se mantenha entre as mais destacadas do mundo.
Elas potencializam a produtividade, regulamentam o trabalho no campo, facilitam a comercialização de produtos, dão assessoria técnica, entre outras vantagens.
Que tal, nós conseguimos mostrar a você como as cooperativas de agronegócio são importantes no Brasil? Esperamos que sim! Para receber outros conteúdos sobre o assunto diretamente no seu e-mail, assine agora a nossa newsletter!