Cecília Meireles escreveu uma vez que liberdade era “palavra, que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!” – e liberdade tem tudo a ver com independência. Com se sentir independente. E se ser livre depender do dinheiro? Dinheiro para começar um negócio, para viajar com a família, para fazer o que quiser? É sobre isso que falamos ao dizer independência financeira? E o que é independência financeira, afinal?
O que é independência financeira para você?
É fácil achar que é só ter dinheiro, mas, para começar, a noção de específica cada pessoa sobre a tal da independência financeira varia infinitamente de uma para outra. Não há uma espécie de Declaração da Independência Financeira escrita em pedra e que diga como todos devem agir perante o conceito.
Tudo depende. Como a pessoa se formou, valores religiosos ou convicções de vivência, como constituir família, sonhos a serem realizados e de consumo… tudo isso mexe com os bolsos de cada um. O processo de Independência Financeira pode envolver comprar uma casa, ou pode ser comprar um carro. Pode ser apenas sair da casa dos pais, ou poder sustentar a família toda. No final das contas, pode ser como cada um atinge os objetivos que traçou para seu dinheiro.
Ter dinheiro é ter independência financeira?
Por falar em dinheiro… para muitos, ele é o elemento que complica o conceito de Independência Financeira: a falta de cascalho no bolso, como dizem, é a corrente que impede seus sonhos (de consumo ou realizações) de saírem do papel. Age como algoz da liberdade e limita até onde vão as férias da família; se é possível adquirir um carro; se vivemos com mais ou com menos.
Deste jeito, não é difícil imaginar como o dinheiro pode estar na contramão da liberdade econômica. Afinal, nunca ganhamos tanto quanto gostaríamos.
Em 2016, uma pesquisa de instituições de proteção ao crédito mostrou que mais de um quarto da população brasileira está endividada – homens, mulheres, diversas idades a partir dos 18. Há ainda a parcela que deve viver no limite da dívida e pagar as contas. E aí está o fator determinante: saber ser coerente com escolhas de estilo de vida e fazer sacrifícios.
Mas nem tudo na vida é dinheiro…
Mesmo que o materialismo e consumismo sejam coisas normalmente vistas com certa negatividade, é difícil deixar o dinheiro de lado por completo. Dinheiro não traz felicidade, mas sem ele a busca fica um pouco mais árdua. Logo, vale a pena pensar sobre como chegar nesse denominador comum que satisfaça seu estilo de vida, vontades e que não tenha que preocupar com dinheiro.
É tudo uma questão de escolher como funciona para você. Pesar o que importa. E nessas escolhas o seu perfil pode ser para poupar ou pode ser gastar para gastar imediatamente – contudo, só será possível declarar a própria independência financeira quando existir alguma fonte de renda e um mínimo de disciplina econômica envolvida. O resto é questão de tempo e lembrar que, dinheiro pode não trazer felicidade, mas ajuda bastante.
Confira no infográfico oito tipos de perfis de independência financeira. E, aí, você se identifica com algum deles?