Poupança ou conta corrente: o que é melhor?

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 27/01/2023 | Atualizado em 27/01/2023

Responda rápido: poupança ou conta corrente? Você deve ter respondido:

“A poupança, lógico, porque a caderneta rende e a conta corrente, não!

Será? Este artigo vai te mostrar que a resposta para essa pergunta não é tão óbvia assim, uma vez que, a depender de seus objetivos e estratégias, a conta corrente pode até ser mais interessante.

Além disso, há várias outras opções no mercado, muitas vezes mais alinhadas a sua necessidade. Não acredita? Então, fique conosco nos próximos minutos e aprofunde seus conhecimentos em finanças pessoais.

Conta corrente ou poupança? Qual a diferença entre as duas?

Mulher branca pesquisando no laptop sobre poupança ou conta corrente

A diferença fundamental entre as duas é que a primeira é usada para movimentação de dinheiro e realização de compras, enquanto a segunda é tão somente um instrumento de acúmulo de recursos, além de ser considerada uma aplicação financeira.

Como as duas se complementam e dificilmente algum brasileiro vai necessitar apenas de uma delas, a maioria das instituições financeiras atualmente já oferece as duas modalidades no momento da abertura da conta bancária.

Quais são os tipos de contas disponíveis?

Na hora de abrir uma conta no banco, o consumidor terá acesso a uma série de alternativas, cada uma delas trazendo características específicas que atendem a determinadas necessidades. Embora a maioria se assemelhe a uma conta corrente, aquilo que será oferecido ao cliente varia.

Por isso, é importante conhecer o que diferencia cada uma das opções para ter certeza de que a escolhida atenda a tudo o que você precisa no seu dia a dia. Diante disso, explicamos nos tópicos a seguir as características de cada alternativa.

Conta-salário

Como o próprio nome indica, tem como objetivo receber o pagamento de vencimentos de diversas naturezas, incluindo salários e benefícios previdenciários. A abertura desse tipo de conta normalmente é intermediada pelo empregador. Não são cobradas tarifas, mas depósitos de origem que não aquela proveniente do empregador são restritos.

Conta digital

Geralmente, há uma pequena confusão quando se fala de conta digital. Na prática, ela se refere a qualquer tipo de conta que seja aberta e movimentada pela internet. Hoje em dia, praticamente todas as instituições financeiras disponibilizam essa comodidade.

De qualquer forma, as contas digitais são o produto principal das chamadas “fintechs”, empresas de tecnologia que oferecem soluções financeiras. Além da facilidade do processo 100% digital, essas contas normalmente não têm cobrança de tarifas em relação aos serviços básicos (transferências e compras no débito, por exemplo).

Conta de pagamento

Dentro das contas digitais, é comum que algumas delas sejam contas de pagamentos. Em poucas palavras, elas são versões simplificadas das contas correntes, permitindo a maior parte das operações financeiras do dia a dia (transferências, saques, cheques etc.) com tarifas mais baratas e suporte digital.

Conta universitária

Na prática, elas são contas correntes voltadas para o público matriculado em cursos de nível superior. A partir disso, são oferecidos descontos nas tarifas e outros benefícios, como programas de benefícios próprios.

Como funcionam as contas correntes com aplicação automática?

Além dessas diferentes opções de contas, muitas instituições financeiras mantêm alternativas que preveem a aplicação automática dos recursos depositados, garantindo ao titular da conta algum retorno financeiro.

Contudo, tal recurso deve estar previsto em contrato. Na hora de abrir esse tipo de conta, é preciso ficar atento ao investimento que será feito, bem como a quais serão as tarifas cobradas.

O que a conta corrente leva para sua rotina?

Para ter uma conta corrente, é preciso assinar um contrato com o banco, ser maior de 18 anos e apresentar comprovante de residência.

Ela oferece uma diversidade de funcionalidades, mas, em virtude disso, será descontada mensalmente uma taxa de administração na proporção dos serviços que você adquiriu. É o chamado “pacote de serviços”. Os principais recursos oferecidos com a abertura de uma conta corrente são:

  • cartão de débito: todas as compras são descontadas diretamente da conta corrente, pois não é possível vincular o cartão de débito à conta poupança;
  • cartão de crédito: o limite definido será proporcional aos seus rendimentos mensais comprovados ou à sua movimentação bancária mensal;
  • TED e DOC: tratam-se de dois mecanismos para realizar uma transferência entre dois bancos distintos com diferenças no valor das transações permitidas;
  • PIX: nova funcionalidade de pagamentos e transferência recentemente implementada pelo Banco Central, permite transações gratuitas 24 horas por dia, 7 dias por semana, entre contas de diferentes instituições financeiras;
  • cheques: quase não são mais usados. Mas, sem uma conta corrente, você não poderá ter um talão;
  • financiamentos: nenhum banco vai emprestar dinheiro a você sem ter qualquer relação contigo. E essa relação se dá, a princípio, por meio da abertura da conta corrente, em que o banco para avalia sua movimentação financeira mensal.

E aí, poupança ou conta corrente? Ainda fica com a poupança sem hesitar? Como você viu, a maioria dos serviços oferecidos pelos bancos — a partir da conta corrente — é fundamental na vida de qualquer cidadão.

Em uma era em que muitos países já preveem até o fim da circulação de papel-moeda, é difícil imaginar alguém que consiga viver sem um cartão de débito. Você sabia que as transações em dinheiro vivo representam apenas 5% da atividade econômica do planeta?

Mas e a caderneta de poupança?

mãos de homem branco usando a calculadora e colocando uma moeda em um pote com outras moedas

Bom, a poupança é um outro tipo de conta. Embora ela seja muitas vezes entregue junta à conta corrente (em um pacote básico, na abertura da conta), não é uma obrigação do banco vincular os dois serviços. Há inclusive a possibilidade de abrir apenas a conta poupança em bancos populares, como a Caixa Econômica Federal.

Se a conta corrente lhe permite pagar boletos, fazer compras com cartão e contrair financiamentos, a caderneta de poupança tem uma função singela: serve como canal de formação de reserva de emergência ao cliente.

Como dissemos, não é possível pagar uma compra no cartão descontando o dinheiro da caderneta. Por outro lado, a poupança não sofre a cobrança de quaisquer taxas. Dessa forma, esse instrumento é útil apenas como local de aplicação de recursos.

O rendimento da poupança é bastante baixo em comparação a outros investimentos de igual nível de risco, como Tesouro Direto, CDBs e previdência privada. A fórmula de incidência dos juros da caderneta se dá do seguinte modo:

  • quando a taxa SELIC está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR);
  • já quando a SELIC está em patamar igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta renderá anualmente apenas 70% da SELIC + TR.

Um exemplo: se a Selic (cujo patamar é definido em reuniões no Banco Central a cada 45 dias) estiver em 8%, seu valor depositado em poupança renderá apenas 5,6% ao ano mais TR. Trazendo para patamares mensais, ficaríamos com 0,46% + TR. Desanimador, não?

Qual escolher?

Você percebeu que ter uma conta corrente é fundamental, principalmente para as movimentações do dia a dia. Até para resgatar seus investimentos fora dos bancos (em corretoras de valores ou seguradoras), você precisará indicar uma conta corrente. Então, não há como abrir mão dela.

Já a poupança é interessante como fonte de pequena reserva de emergência, desde que ela não seja usada como centro de suas aplicações financeiras. Até porque você já deve ter percebido que a caderneta foi feita para render nada ou quase nada. Se você estava na dúvida entre poupança ou conta corrente, o ideal é ter as duas, mas direcionar suas economias para um investimento de verdade.

Aplicações como CDBs e Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio (LCI/LCA), títulos do Tesouro Direto e, sobretudo, fundos de previdência privada também oferecem baixo risco, com o diferencial de serem muito mais rentáveis do que a caderneta. Confira o que cada opção de investimento oferece a seguir.

CDB

Os Certificados de Depósito Bancário são uma forma de investimento bastante comum que estão disponíveis em todos os bancos. Nessa aplicação, o investidor “empresta” seu dinheiro ao banco e, em troca, recebe uma remuneração.

Títulos do Tesouro Direto

Outra forma bastante popular de investimento, os títulos do Tesouro Direto financiam a dívida pública. Dessa forma, a aplicação funciona como uma forma de empréstimo ao governo, tendo os valores remunerados conforme estabelecido pelo título comprado.

LCI/LCA

As letras de crédito são títulos que captam recursos que serão utilizados para investir no mercado imobiliário e no agronegócio. Em troca, o investidor recebe uma remuneração por isso.

Previdência Privada

Os planos de previdência privada são um investimento com aportes financeiros periódicos para ter uma fonte de renda, ou um montante no futuro.

Quem opta pela modalidade PGBL pode deduzir o valor investido no ano na Declaração Anual de Ajuste de IRPF, desde que o montante não ultrapasse o limite de 12% de sua renda bruta tributável (e que a declaração seja feita no formulário completo).

Além disso, a rentabilidade da previdência privada chega a ser até o triplo da poupança a depender dos gestores e das aplicações feitas no fundo. Outro ponto é que ela também não entra no inventário, sendo transmitida aos seus herdeiros (em caso de fatalidade) com extrema rapidez.

Existem muitos caminhos mais interessantes do que a poupança, o que mostra que é possível utilizá-la, mas sem ter nela o foco de sua acumulação de capital. Afinal, quantas pessoas você conhece que ficaram ricas investindo em poupança?

Por fim, é importante destacar que nenhuma aplicação tem risco zero e isso vale para a caderneta de poupança também. A segurança dela se dá pela proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura ressarcimento aos correntistas em caso de falência do banco desde que o valor depositado seja até de R$ 250 mil por CPF e por instituição.

Agora eu pergunto: se você tiver R$ 500 mil em poupança, e o banco falir? Provavelmente, você já sabe a resposta.

Descobriu que a poupança não é a galinha dos ovos de ouro que muitos brasileiros imaginam? Então, se organize e se planeje para escolher melhores formas de investimento e com isso ter um futuro mais tranquilo!

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