Pensar no futuro: Veja a opinião do André Carvalhal sobre tecnologia e bem-estar no 11º episódio do Zona Segura - Blog MAG Seguros
Publicado em: 13/12/202310 minsÚltima modificação em: 19/12/2023

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Pensar no futuro: Veja a opinião do André Carvalhal sobre tecnologia e bem-estar no 11º episódio do Zona Segura

“As pessoas não estão mais interessadas em comprar por impulso. Hoje em dia, as marcas precisam ter significado, consistência e […]

pensar no futuro com andré carvalhal, veja o que ele tem a dizer sobre tecnologia e bem-estar

“As pessoas não estão mais interessadas em comprar por impulso. Hoje em dia, as marcas precisam ter significado, consistência e construir uma comunidade engajada.” Isso é pensar no futuro!

E isso se aplica ao mercado de Seguro de Vida

No penúltimo episódio da primeira temporada do Zona Segura, você terá uma análise aprofundada sobre comportamento e sustentabilidade com André Carvalhal, também conhecido como Carvalhando nas redes sociais. 

André, palestrante, autor, consultor e especialista em design para sustentabilidade, concentra-se em tópicos relacionados à abordagem ESG (Environmental, Social and Governance), que em português se traduz como ambiental, social e governança. 

Essa abordagem destaca uma análise cuidadosa das práticas sustentáveis que grandes empresas, como principais impulsionadoras do consumo global de matéria-prima e com influência significativa no mundo, deveriam adotar e incorporar. 

Sempre atento e curioso à conversa, o host e Diretor de Marketing da MAG Seguros, Leonardo Secundo, pergunta ao André se estamos evoluindo em direção a um mundo mais consciente. 

A resposta do especialista é clara: “Eu me considero um otimista/realista.” Veja agora o porquê: 

Como foi desenvolvida essa visão voltada para se “pensar no futuro”? 

O especialista relata que iniciou sua carreira como publicitário, percorrendo diversas agências após a faculdade. Nessa fase, teve uma desilusão com a publicidade, coincidindo com um momento oportuno para a transição de carreira, impulsionada pelo surgimento da internet e a transformação tecnológica intensa que se seguia.

Descrente na forma como a publicidade estava evoluindo naquele período, aproveitou a oportunidade para realizar sua primeira transição de carreira para o mundo da moda. Atuou no marketing de moda, alcançando o cargo de Diretor de Marketing.

Foi nesse momento que André Carvalhal começou a se envolver com o meio acadêmico, lecionando e coordenando cursos de branding e marketing digital. Progressivamente, aproximou-se de temas como sustentabilidade, realizou uma especialização nessa área e, efetivamente, passou a oferecer consultorias voltadas para empresas.

A criação do Carvalhando!

Na pandemia, consolidou-se a faceta de influenciador e comunicador, marcada pelo surgimento do perfil no Instagram: @carvalhando, o qual conta com cerca de 360 mil seguidores na plataforma.

“Foi bastante curioso porque, até a pandemia, eu realizava consultorias para marcas, desenvolvendo estratégias e conteúdo para elas. Com a chegada desse período, decorrente da COVID-19, comecei naturalmente a criar conteúdo para minha rede, abordando temas que estava descobrindo e aprendendo.

Isso se tornou uma maneira de me conectar com o mundo, e a partir desse ponto, minha rede começou a crescer e ganhar notoriedade de forma bastante rápida”, relata André Carvalhal.

Atualmente, coexistem três “Andrés”. Há o André escritor e consultor, o André criador de conteúdo e o André CEO de uma agência, que agora retomou suas atividades em publicidade e propaganda, diferenciando-se na abordagem de vendas.

Qual é o nosso papel a respeito do ESG (melhores práticas sustentáveis)? 

Segundo o consultor, se parássemos para analisar verdadeiramente o mundo e tudo o que está acontecendo, junto com a quantidade de recursos que estão se esgotando, seria necessário iniciar uma conversa sobre decrescimento e sobre as empresas adotarem uma lógica diferente. No entanto, as grandes companhias não estão preparadas para isso, principalmente porque os negócios não conseguiram se organizar até esse ponto.

A estrutura atual do nosso sistema ainda depende fortemente da produção, venda e consumo. Ele acredita que, antes de mudarmos isso, é necessário alterar a mentalidade, tanto das pessoas que compram quanto das pessoas por trás das marcas.

Apesar disso, ele também acredita que há marcas que não se limitam apenas a bens de consumo e podem contribuir para a sociedade enquanto vendem produtos. Ou seja, os produtos podem ser regenerativos e, durante sua produção, estão contribuindo de alguma forma para o planeta. Portanto, essa equação parece bastante complexa ao observar e analisar todos esses pontos.

Sobre “pensar no futuro”, você acredita que estamos caminhando para um mundo mais consciente? 

“Considero-me um otimista/realista”, afirma Carvalhando. Ele se diz otimista porque acredita, mas também tem consciência da realidade e dos desafios que ela apresenta. Na verdade, ele acredita que não há uma única resposta para esse pensamento. Existem pessoas mais conscientes, empresas que estão mudando para uma mentalidade mais positiva, aquelas completamente alienadas e também aquelas que querem aproveitar a tendência.

Ele acredita que todos esses cenários coexistem. Hoje, a sensação que ele tem é como se estivéssemos observando as mesmas forças avançando em paralelo. Há algum tempo, tudo era mais desconectado; as pessoas e empresas não tinham noção do que estavam falando. Por exemplo, o primeiro movimento que o marcou foi a ECO-92, uma das maiores conferências ambientais do planeta.

Desde então, mais pessoas têm se envolvido com o tema, e hoje ele sente como se estivéssemos alcançando um equilíbrio. A partir disso, é necessário trabalhar mais para que um dia possamos reverter a situação, aumentando a parcela de pessoas e empresas conscientes.

É um movimento complexo, sem uma resposta única, mas em seu estágio de realista/otimista, ele acredita que, embora a situação seja complicada, temos grandes chances de mudar esse cenário. Ele trabalha nisso em seus livros, consultorias e em suas ações para empresas, visando fortalecer esse lado da força.

Como André enxerga o futuro com o advento da inteligência artificial? 

“A inteligência artificial é, em minha opinião, como qualquer outra tecnologia”, destaca André Carvalhal.

Assim como o metaverso, as redes sociais e os smartphones, ele acredita que todas são ferramentas tecnológicas que surgiram, assim como outras que vieram antes delas, e que têm o poder de alterar permanentemente os rumos da sociedade. E como tudo, dependendo do uso que é feito, pode ser benéfico ou prejudicial.

Atualmente, diversas ferramentas de inteligência artificial estão chegando ao mainstream. Temos desde as ferramentas de voz, algo que me impressiona muito.

As pessoas podem criar música de artistas, até outras que usam isso para aplicar golpes telefônicos ao imitar a voz de alguém. André acredita que a tecnologia está entre nós e disponível para que os seres humanos decidam qual rumo ela irá tomar.

A tecnologia pode, de fato, substituir o trabalho humano?

“Ouvimos muito e fomos profundamente envolvidos pela produção cultural nessa ideia de que a tecnologia e a inteligência artificial vão suprimir a humanidade”, afirma o influenciador. Na realidade, elas não possuem sentimentos. Enquanto a tecnologia não desenvolver emoções específicas, não há razão para que ela queira dominar os seres humanos, pois ela não tem noção do que isso significa.

De acordo com André, a premissa de dominação vem muito do ser humano, não é algo intrínseco à tecnologia, mas ao mesmo tempo, ela pode ser utilizada por seres humanos que desejam exercer domínio sobre outros.

Por exemplo, com o ChatGPT, corretores de Seguro de Vida podem usá-lo para treinar discursos de venda, planejar a comunicação e a forma de apresentar um produto, oferecer dicas de bem-estar e saúde aos clientes. Portanto, essa tecnologia textual pode ser uma ferramenta poderosa se utilizada de maneira positiva, mas também pode ser explorada de forma negativa, como na criação de notícias falsas.

Existe algum receio que o ChatGPT pode substituir o redator nas agências de publicidade? 

“Eu, como escritor, crio conteúdo e utilizo as ferramentas como minhas ajudantes”, afirma André. Ele acredita que algumas pessoas têm receio, mas é mais provável que um redator perca o emprego para outro que domine melhor a ferramenta do que para o próprio ChatGPT. É necessário compreender como o uso da ferramenta pode ser benéfico para quem a utiliza.

Por exemplo, ao pedir para o ChatGPT escrever três artigos diferentes, André os combina com seu próprio ponto de vista. Isso é algo que ele sempre fez com o Google. Se ele vai escrever sobre “Pensar no futuro”, por exemplo, pesquisa o que está sendo discutido no Google sobre o futuro hoje.

Ele agrega todas essas percepções com seu próprio pensamento, organizando o conteúdo, desenvolvendo o conceito, determinando como começa e termina. Isso, a inteligência artificial nunca fará. Seu estilo único, tom de voz e aquilo que o torna único e procurado pelas pessoas são insubstituíveis.

A inteligência artificial, no entanto, tem sido útil para economizar tempo e ganhar agilidade. Na agência, estão utilizando bastante a inteligência artificial para imagens, facilitando a produção de campanhas que envolvem a geração de imagens, o que poderia ser demorado de outra forma. Isso representa uma verdadeira revolução.

Trabalho remoto versus presencial. Qual é o mais sustentável e que proporciona um maior bem-estar? 


André Carvalhando menciona que, desde que deixou uma empresa com um estilo de trabalho mais tradicional, passou a se dedicar ao trabalho em casa, concentrando-se em consultoria para marcas e na escrita. “Para mim, sempre funcionou muito bem, mas não posso pegar apenas a minha experiência pessoal e generalizar”, pondera.

Ele destaca que o trabalho remoto se tornou uma característica da pandemia, onde, de repente, todo mundo teve que ficar em casa trabalhando. Sem considerar ferramentas de comunicação, cultura e rituais. As empresas transferiram todas as operações para dentro de casa, colocando o computador na frente, e ninguém sabia ao certo como lidar com essa nova situação.

A sensação que ele tem é que, após três anos de pandemia, poucas pessoas buscaram evoluir esse modelo de trabalho de maneira saudável. “Enquanto algumas pessoas têm medo de que os funcionários não estejam trabalhando porque estão em casa, conheço pessoas que passaram a trabalhar 14, 15 e até 16 horas por dia”, afirma André.

Segundo ele, existem dois lados e é necessário pensar e organizar. Em sua agência, migraram para o regime de trabalho 100% remoto, com pessoas espalhadas pelo mundo inteiro. No entanto, existem desafios em estabelecer a cultura e fazer o acompanhamento do desenvolvimento de cada pessoa. Em resumo, ele acredita nesse modelo de trabalho, mas destaca a importância de ser implementado de maneira cuidadosa.

Gostou do artigo? Como o tema sobre “pensar no futuro” impactou você? Então, no Zona Segura, o videocast da MAG Seguros fala sobre bem-estar, estilo de vida, tecnologia, parentalidade e finanças. Para ver os episódios com outros especialistas da área, clique abaixo e assista a nossa playlist: 

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