6 hábitos que devem ser abandonados para sair das dívidas

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 02/05/2017 | Atualizado em 22/12/2022

Quando o assunto é sair da inadimplência, os números, no atual cenário da economia, não são nada animadores:

  • O desemprego bateu novo recorde entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, alcançando a assustadora marca de 13,5 milhões de pessoas (13,2% da População Economicamente Ativa);
  • Em janeiro deste ano, 55,6% das famílias brasileiras estavam presas a algum tipo de dívida;
  • Em 2016, 58,3 milhões de brasileiros fecharam o ano com o nome sujo (39% da população adulta).

Diante de dados como esses, sair das dívidas parece ser uma tarefa complexa, mas não é!

Acredite, a maior parte dos casos de endividamento crônico não ocorre porque os endividados ganham pouco, muito menos por culpa de fatores macroeconômicos — inflação alta e descontrole na taxa de juros —, mas sim pela ausência da cultura de controle de gastos e de uma vida financeira organizada, focada no crescimento patrimonial.

O que se deve ter em mente é que a crise nacional, ao contrário do que se imagina, não é a causadora da crise pessoal da maioria dos endividados; ela apenas destaca as imperfeições na administração das finanças pessoais de muitos brasileiros.

Está endividado e quer mudar essa situação? Então continue lendo o post e confira 6 hábitos que você precisa abandonar para sair das dívidas!

1. Não organizar suas receitas e despesas

O brasileiro não costuma organizar seus gastos e ganhos em planilhas ou softwares de planejamento financeiro: 3 em cada 10 brasileiros não sabem quanto seu parceiro ganha. Pior que isso, segundo um levantamento feito no final de 2016 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 33,9% da população sabe pouco, ou nada, sobre quanto ganha e gasta.

Você entraria em um avião cujo piloto não utilizasse nenhum instrumento de voo? Certamente não, e a razão para seu receio é que, sem referenciais, é impossível chegar a algum lugar. Isso justifica a necessidade de controlar os gastos formalmente, por meio de instrumentos já citados acima.

Coloque em uma plataforma todas as suas receitas e despesas mensais, assim será possível acompanhar as variações ao longo dos meses. Separe seus débitos em 3 categorias: essenciais, úteis e dispensáveis. Destes, quais podem ser extintos, ainda que por um curto tempo, de modo a usar a reserva para renegociar dívidas?

Especialistas asseguram que a simples organização dos gastos costuma resultar na redução de 20% a 30% das despesas!

2. Gastar mais do que ganha

Para sair das dívidas, é imprescindível gastar menos do que se ganha. Parece óbvio, certo? Mas lembre-se que vivemos em uma sociedade de consumo. Um levantamento da Kantar Worldpanel, de 2015, já previa indícios de que algo estava errado na saúde financeira do brasileiro: à época, início da crise econômica, 49% das famílias gastavam mais do que ganhavam.

Não importa o valor de suas dívidas: é comum no mercado financeiro a terceirização de crédito — processo em que bancos “vendem” seus recebíveis a empresas especializadas em recuperação de crédito. Estas, por sua vez, buscam incansavelmente contatar os inadimplentes para formalizar um acordo de quitação do débito.

Muitas vezes, esses acordos costumam resultar em descontos de até 90% do valor da dívida. O problema é que para tirar proveito desse recurso, você precisa ter um mínimo de dinheiro em caixa.

Entendeu agora a relação entre gastar menos do que se ganha e voltar a ter o nome limpo no mercado?

3. Parcelar as compras quando não é necessário

A cultura de comprar agora e pagar depois está muito presente no nosso dia a dia. Trata-se de uma verdadeira tragédia para muitas famílias, causada, sobretudo, pela ausência de educação financeira nos currículos escolares. O resultado: pelo menos 89% dos brasileiros dizem estar com dificuldades para se livrar das dívidas.

Parcelar compras, sem necessidade, é uma das piores coisas que você pode fazer em sua vida financeira. Muitos usam desculpas para justificar a falta do hábito de poupar, como “eu não tenho dinheiro para comprar à vista”.

Isso não faz o menor sentido, já que ao contrair uma dívida, a pessoa se compromete a pagar mensalmente uma determinada quantia a uma instituição financeira, a juros altíssimos, o que acaba aumentando o valor devido.

Se ao invés disso, essa mesma pessoa simplesmente juntasse a quantia das parcelas mensais, poderia realizar sua compra à vista, e ainda aproveitaria para pechinchar — prática comum nessa modalidade de compra.

Se você deseja realmente sair das dívidas, comece a evitar parcelamentos desnecessários.

4. Não tentar negociar os valores a serem pagos

Uma pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelou que 31% das famílias brasileiras se consideravam tão endividadas no início deste ano quanto no mesmo período do ano anterior. Isso mostra que provavelmente esses brasileiros da pesquisa não cogitaram renegociar suas dívidas.

Conforme falamos mais acima, em alguns casos, o simples contato com a empresa de cobrança garante descontos de até 90% no valor inicial de suas dívidas (segundo dados da Serasa Experian). Vale lembrar que os descontos costumam ser mais robustos em dívidas antigas, bem como para clientes com um bom relacionamento com a empresa credora.

Priorize as dívidas mais altas e elabore uma proposta de pagamento antes mesmo de entrar em contato com seus credores. Desfazer-se de algum bem para pagar débitos à vista pode ser interessante, até porque sair das dívidas “liberta” sua vida financeira para que você possa se recompor no futuro.

5. Contrair uma dívida para pagar a outra

Essa estratégia só vale a pena se você trocar uma dívida com juros mais altos por outra com taxas mais atrativas. Seria o caso de uma pessoa que contrata um crédito pessoal a 12% ao mês para eliminar uma dívida no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, em que os juros costumam alcançar quase 500% ao ano.

6. Não ter um fundo de emergência para casos extremos

Uma pesquisa divulgada este ano pelo SPC Brasil mostrou que 62% dos brasileiros não têm o hábito de guardar dinheiro, muito menos possuem algum tipo de reserva de emergência. Somente 7% da população guarda algum percentual de seu salário mensalmente.

Esses dados estão muito próximos de um outro estudo, do Banco Mundial, que mostrou que 44% dos brasileiros consideram impossível levantar cerca de R$ 2.500 em casos de extrema necessidade.

Como livrar-se da inadimplência sem ter um fundo de emergência? Ajuste suas contas para que todas as suas despesas sejam contempladas por, no máximo, 80% de sua renda mensal. No mínimo 20% deve ser reservado a um investimento de longo prazo, como um plano de previdência privada, ou em uma solução que te proteja financeiramente contra um imprevisto como um seguro de vida.

Viu só como sair das dívidas não é uma tarefa assim tão difícil? Basta ter em mente que certos hábitos precisam ser mudados e, principalmente, mantidos. Afinal, você não quer se livrar das dívidas hoje e cair nelas novamente daqui a um mês, não é mesmo?

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