Diante das dificuldades da economia nos últimos anos, é natural que empreendedores do mesmo setor busquem unir forças para superar os desafios impostos pelo momento. Mesmo em cenários desafiadores, essa união é de extrema relevância para o progresso de todos, o que faz com que práticas como cooperativismo e associativismo ganhem cada vez mais espaço.
No entanto, ainda que guardem semelhanças, essas duas formas de organização coletiva apresentam algumas diferenças importantes. Por isso, neste conteúdo, vamos explorar o que diferencia o que é feito no associativismo daquilo que acontece no cooperativismo. Boa leitura!
O que é o cooperativismo?
Para conhecer as diferenças entre cooperativismo e associativismo, vamos antes entender a definição de cada um deles, começando pelo primeiro. Dessa forma, a comparação ficará mais fácil de ser compreendida.
Em suma, o cooperativismo é a maneira pela qual pessoas físicas ou jurídicas com interesses em comum se unem para alcançar objetivos aos quais elas não conseguiriam sozinhas.
Segundo os registros mais confiáveis, a origem do cooperativismo na forma como conhecemos atualmente remonta à Inglaterra de meados do século XIX, quando um grupo de cerca de 30 pessoas decidiu montar um armazém.
Para obter melhores condições de negociar, eles decidiram se unir e repartir os custos entre todos, o que se mostrou uma decisão acertada. Anos depois, aquela cooperativa já tinha mais de 3 mil participantes.
A história do cooperativismo no Brasil
No Brasil, o cooperativismo começou a ganhar espaço entre o final do século XIX e o começo do século XX em estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Atualmente, todas as atividades das sociedades cooperativas estão estabelecidas pela Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que indica as diretrizes para a Política Nacional de Cooperativismo. Desde então, elas ganharam ainda mais força, em diferentes segmentos da economia.
Assim, na prática, uma cooperativa de agronegócio, por exemplo, pode reunir produtores para a compra conjunta de insumos para a produção, de máquinas agrícolas ou mesmo para transporte da safra, sempre visando ganhos de produtividade.
Há ainda modelos de cooperativas de crédito, que prestam uma série de serviços financeiros com custos menores daqueles da média do mercado.
Todas as decisões envolvendo os rumos da cooperação são feitas pelos próprios participantes, os quais têm direito a voto nas assembleias. A adesão livre e voluntária e a gestão democrática são alguns dos pilares do cooperativismo. Aproveite e baixe o nosso guia completo sobre cooperativas através da imagem abaixo:
O que é associativismo?
O associativismo baseia sua atuação na consolidação de uma pessoa jurídica que une diferentes pessoas físicas ou jurídicas que visam a procura por soluções e oportunidades em diferentes âmbitos, seja da economia, seja da sociedade, seja da política.
Em outras palavras, as associações permitem a livre organização de pessoas interessadas em resolver um problema em comum ou mesmo alcançar metas estabelecidas em conjunto.
Uma associação de produtores agrícolas, pode, por exemplo, organizar-se para representá-los perante o mercado ou prestar assistência técnica para auxiliar na produção.
Dessa forma, o associativismo se sustenta com base na solidariedade, na livre participação, na cooperação e na união em torno dos objetivos dos associados.
Por outro lado, vale sempre reforçar que os associados devem participar ativamente dos processos do grupo. Ou seja, isso inclui a ocupação de cargos específicos e a manutenção das despesas necessárias para o exercício das tarefas propostas pela associação.
Quais são as diferenças entre cooperativismo e associativismo?
Não é raro que essas variações gerem dúvidas na hora de estruturar essas ações, então, é preciso ter bem claro qual é o escopo de cada uma delas.
Dessa forma, a primeira diferença a ser observada com cuidado reside no fato de que as cooperativas podem ter finalidade econômica e buscar o lucro, enquanto as entidades de caráter associativo, não.
A constituição dos fundos e do patrimônio também muda conforme a categoria de organização.
Nas cooperativas, os participantes são donos desse patrimônio e beneficiários dos eventuais ganhos. Portanto, todo o trabalho é desenvolvido em prol dos próprios cooperados.
Qualquer sobra proveniente da produção ou de relações comerciais pode ser repartido entre esses cooperados, mediante decisão da assembleia.
Já em uma associação, os seus participantes não são necessariamente proprietários do patrimônio que constitui a entidade. Além disso, em muitos casos, os associados não são sequer os beneficiários diretos das ações da associação.
Com isso, eventuais ganhos devem ser destinados à sociedade e pertencem a ela. Caso a associação seja encerrada, todo o patrimônio acumulado deve ser encaminhado para uma entidade de caráter similar, assim como indica a legislação.
Quais benefícios ambas as opções oferecem?
Questões burocráticas e organizacionais à parte, tanto o cooperativismo quanto o associativismo procuram valorizar a união de pessoas que têm um objetivo compartilhando.
Dessa forma, decisões e ações são sempre baseadas na coletividade, visando o bem comum dos membros da cooperativa ou dos assistidos pela associação.
Logo, os participantes dessas organizações colocam sempre o interesse coletivo como prioridade, frente às necessidades individuais.
Tal comportamento certamente facilita a transposição de diferentes desafios, equilibrando a busca por uma sociedade mais justa e igualitária.
Como essas práticas se relacionam com o mercado financeiro?
Cooperativismo e associativismo são essenciais para suprir lacunas em relação aos serviços prestados pelo mercado financeiro, ainda que o segundo modelo implique o desenvolvimento de atividades sem fins lucrativos.
Portanto, tais iniciativas são importantes, visto que permitem a criação de novas oportunidades em diferentes áreas.
Além das já mencionadas cooperativas de crédito, cooperados e associados podem ser unir para aumentar a competitividade do seu segmento de atuação. Por exemplo, agindo para aumentar a produtividade, reduzir custos (negociando de forma conjunta com fornecedores, por exemplo) e defendendo os interesses dos membros perante o poder público ou de outros parceiros de mercado.
Agora que você sabe a diferença entre cooperativismo e associativismo, fica mais fácil explorar todos os benefícios que essas formas de organização oferecem não só para seus participantes, mas para a sociedade como um tudo.
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