As 6 melhores dicas para o sucesso com investimentos a longo prazo

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 23/06/2017 | Atualizado em 27/12/2022

A grande maioria dos brasileiros vive um dilema diário ao analisar suas finanças pessoais. Por um lado pensamos nas despesas mais imediatas. Por outro lado, pensamos nos planos mais ambiciosos. Para isso, muitos aplicam o dinheiro que tem para ter rendimento interessantes. Mas como ter sucesso com investimentos a longo prazo?

É difícil esconder a frustração ao contrastarmos esses dois planos sem termos a menor perspectiva de construir uma ponte entre ambos, não é mesmo? A verdade é que existem dois caminhos diferentes para alcançarmos uma situação financeiramente confortável que nos permita realizar nossos projetos de vida.

O primeiro caminho é o trabalho. Um profissional dedicado, que gosta do que faz e sempre procura dar continuidade nos estudos e se manter atualizado muito provavelmente deve progredir dentro da carreira, alcançando cargos mais altos e com uma remuneração cada vez maior. Sabendo gerir bem esses recursos, certamente ele conseguirá viabilizar seus projetos.

O outro caminho são os chamados investimentos financeiros. Trata-se de uma modalidade de investimento em que o investidor disponibiliza recursos financeiros sob a promessa de ser recompensado com juros. É como se o seu dinheiro trabalhasse por você enquanto você se dedica a outras tarefas.

O melhor de tudo é que um caminho não exclui o outro, já que ambos vão na mesma direção. É isso mesmo, trabalhar e investir não são atividades incompatíveis. Muito pelo contrário! São atividades complementares que podem ser exercidas em conjunto.

O grande problema é que a cultura do investimento, já plenamente estabelecida em outros países, ainda está engatinhando no Brasil. Há muita controvérsia a respeito do porquê de o brasileiro não ter o hábito de investir. Nós pensamos que isso se deve, em grande parte à falta de informações disponíveis acerca do tema e também da veiculação de alguns mitos relacionados aos investimentos financeiros.

Por isso, dedicamos esse material a tratar exclusivamente do assunto. Aqui você vai encontrar dicas valiosíssimas para ter sucesso com investimentos a longo prazo.

Confira as dicas para ter sucesso com investimentos a longo prazo

1. Como começar a investir?

Talvez o momento mais difícil para quem quer começar a investir seja justamente o início. Em geral, nosso futuro investidor tem uma poupança formada por uma pequena herança, pela venda de um bem, por um décimo terceiro e a alimenta com 5% ou 10% da remuneração do seu trabalho todo mês. Mas e aí, qual é o próximo passo?

Antes de qualquer outra coisa é preciso investir um pouco em autoconhecimento. Temos que delinear de forma clara nossos objetivos para sabermos se queremos um investimento a curto, médio ou longo prazo. Essa é, por sinal, uma das maiores dúvidas de investidores iniciantes. Temos também que buscar estabelecer um perfil para não corrermos um risco maior do que o desejado.

De fato, não é um tema de pouca importância. Uma decisão tomada aqui terá grande impacto em onde os recursos serão alocados e que tipo de recompensa podemos esperar deles. Isso significa que esta decisão é muito importante para determinar quando e em que termos os projetos serão realizados, sem falar na qualidade de vida e na possibilidade de passar mais tempo com a família.

Vale lembrar que essas são respostas bastante pessoais que só o investidor pode dar. Portanto, não adianta de absolutamente nada estudar sobre investimentos e considerar a perspectiva dos maiores gênios da área se isso não estiver muito claro na cabeça antes de começarmos a investir.

2. O tripé do mercado financeiro

Um conceito muito importante que deve ser apresentado ao investidor iniciante é o tripé formado por liquidez, rentabilidade e segurança. Esses são, basicamente, os três elementos que diferenciam todas as modalidades de investimento.

A liquidez do investimento é o prazo no qual a aplicação poderá ser resgatado. É ela, então, que determinará se o investimento será de longo, médio ou curto prazo. Se o objetivo do investimento é levantar fundos para custear a faculdade de um filho que já conta com 15 anos de idade, por exemplo, não podemos pensar em um investimento de 10 anos, não é mesmo?

A rentabilidade, por sua vez, é o retorno gerado pelo investimento, por vezes expresso em valores percentuais com base no montante inicial. Assim, se determinado investimento tem uma rentabilidade de 10% ao ano e o valor do investimento foi de mil reais, teremos 100 reais de retorno.

A segurança, como o próprio nome já sugere, diz respeito à probabilidade de a rentabilidade real do investimento ser diferente daquela que imaginamos no início. Alguns investimentos são tão arriscados que o investidor pode chegar a perder todo o dinheiro investido.

Imagine, por exemplo, ser um acionista da Companhia das Índias Ocidentais no Século XVII: financiar a construção de um navio e o treinamento de tripulação para que viajem para o outro lado de um mundo ainda desconhecido em mares infestados de piratas em busca de especiarias exóticas. A probabilidade era grande de não encontrarem nada.

Outros investimentos são bastante seguros, o que pode ser constatado pelo seu histórico e também por garantias, que muitas vezes são oferecidas pelo próprio governo como uma forma de incentivar determinadas modalidades de investimento, como veremos mais adiante.

É importante compreender que esses elementos se mesclam de acordo com cada tipo de investimento. Não existe nenhum investimento que tenha uma rentabilidade extremamente alta no curtíssimo prazo de forma absolutamente segura.

Ao menos na teoria, quanto mais arriscado o investimento, maior será a rentabilidade. Quanto menor a liquidez (isto é: maior o prazo para resgatar), maior será a rentabilidade. Assim, temos que buscar um equilíbrio harmônico entre esses valores, de modo a nos trazer conforto em nossas escolhas.

2.1 Segurança

O quanto um investidor está disposto a arriscar geralmente determina o chamado “perfil do investidor”. Frequentemente também se utiliza os termos “agressivo” e “conservador” para designar, respectivamente, o que busca uma rentabilidade maior ao custo de uma segurança menor e o que busca uma segurança maior ao custo de uma rentabilidade menor.

As instituições financeiras fazem esse tipo de análise o tempo todo para poderem oferecer de forma mais eficiente produtos adequados ao perfil de cada cliente. Como já tivemos a oportunidade de mencionar, trata-se de uma escolha bastante pessoal. No entanto, recomenda-se que o investidor iniciante não aposte valores expressivos em investimentos muito arriscados.

2.2 Liquidez

A liquidez do investimento tem muito a ver com os objetivos de cada um. É óbvio que o objetivo de todo investimento é gerar uma renda extra, permitindo uma folga maior no orçamento. Entretanto, este é um modo superficial de se abordar a questão.

Temos que ir além disso, uma vez que ninguém investe apenas para ter determinado número em sua conta bancária. O que nos leva a investir é o que esses números podem fazer pela gente: passar mais tempo com a família, garantir o futuro dos filhos, ter segurança financeira, trocar de carro etc.

Assim, é preciso que nossos objetivos estejam alinhados com o tempo necessário para recuperar cada investimento, isto é: com a liquidez da modalidade escolhida. A dica aqui é procurar manter os pés no chão e fazer um cálculo realista sobre quanto tempo levará para concretizarmos cada projeto e quanto dinheiro podemos dedicar a cada um deles.

Muitas pessoas se deixam influenciar pela animação no momento do planejamento e acabam calculando mal o tempo. Temos que considerar que nem todo o dinheiro que excede nossas necessidades mais básicas pode ser alocado para investimentos de longo prazo. Temos que ter em mente que alguns gastos emergenciais ou urgentes podem surgir ou que, talvez, tenhamos que realizar também alguns investimentos de curto ou médio prazo.

2.3 Rentabilidade

Ao contrário do que pode parecer, a rentabilidade do investimento não é o fator mais importante a ser considerado na hora de decidir onde colocar nosso dinheiro. Como acabamos de ver, tudo depende de equilíbrio delicado de valores diferentes. No entanto, a rentabilidade é um verdadeiro diferencial e, por isso temos sempre que ficar de olho e pesquisar os melhores valores.

É possível, por exemplo, que encontremos um investimento mais rentável que ofereça condições semelhantes em termos de segurança e liquidez. Nesse caso, é hora de promover uma mudança na direção dos investimento e até mesmo realocar alguns recursos.

3. Por que investir a longo prazo?

Antes de adentrarmos mais profundamente no assunto, temos que entender exatamente o que é um investimento a longo prazo. Por definição, podemos considerar como investimento de longo prazo aquele em que o tempo mínimo de cada aplicação é de ao menos cinco anos.

Portanto, quando alguém compra ações de uma empresa, por exemplo, com a intenção de vendê-las logo em seguida, na primeira oportunidade em que esses papeis estejam em alta, não estamos falando de um investimento de longo prazo.

Existem muitos motivos que levam investidores experientes e especialistas no assunto a recomendarem os investimentos de longo prazo. A lista de benefícios é extensa e, por isso, vamos nos limitar a expor apenas alguns. Em primeiro lugar é possível pensarmos que os investimentos de longo prazo costumam ter uma rentabilidade maior. Trata-se do sonho de qualquer investidor, não é mesmo: receber um retorno maior por cada real investido?

Há também outro aspecto aplicável aos investimentos pessoais que não pode ser desconsiderado: existe uma tendência de que precisemos de mais recursos no futuro do que agora. Para comprovarmos esta tese, basta pensarmos que os gastos aumentam bastante na terceira idade, sobretudo com médicos, remédios, tratamentos etc. Além disso, os filhos crescem e precisam cada vez mais do apoio dos pais para realizarem seus próprios projetos de vida.

4. As 6 melhores dicas para ter sucesso com investimentos a longo prazo

4.1 Plante hoje para colher amanhã

Implantar uma cultura de investimento dentro da família é uma tarefa que exige planejamento e comprometimento. Especialmente quando estamos falando dos investimentos no longo prazo, isto é: aqueles que não conseguimos evidenciar os benefícios imediatamente.

A grande dica aqui é procurar fazer um uso racional do orçamento da família, evitando os gastos impulsivos, impensados e as frivolidades. Temos que submeter todos os gastos a um processo que visa separar nossas prioridades como saúde e educação de gastos relacionados prazeres mais passageiros.

4.2 Diversifique seus investimentos

Não há brasileiro com mais de 30 anos de idade que não se lembre do confisco da poupança realizado durante o governo Collor. Muitas famílias ficaram absolutamente desamparadas por terem perdido todos os recursos que conseguiram acumular ao longo dos anos. Trata-se de um episódio doloroso de nossa história, mas que nos serve de lição quando o assunto é diversificação na carteira de investimentos.

Assim, por mais seguro que seja considerado determinado investimento, nunca é bom apostarmos todas as fichas neles. Isso é especialmente válido para os investimentos a longo prazo, devido à grande imprevisibilidade política e econômica.

4.3 Reavalie constantemente seus investimentos

Investir a longo prazo não significa comprometer recursos e esquecer que o investimento existe durante 20 anos. A economia é muito dinâmica e novas oportunidades surgem a cada momento: uma aplicação adequada a determinado momento pode não ser mais tão adequada assim depois de cinco ou dez anos. Um investimento a longo prazo monitorado de perto e com a realização de alguns ajustes pontuais ao longo dos anos pode, por exemplo, criar um patrimônio capaz de proporcionar ao investidor uma aposentadoria sólida.

4.4 Saiba driblar os impostos

Se a falta de liquidez é uma desvantagem nos investimentos de longo prazo, os benefícios tributários são uma grande vantagem! O problema é que estamos falando de uma vantagem “invisível” que pode passar desapercebida pelo investidor. Acontece muito de o investidor focar sua atenção apenas na rentabilidade e se esquecer dos impostos. Como resultado, acaba obtendo um benefício menor do que se tivesse escolhido uma aplicação com rentabilidade menor e alíquotas de impostos menores.

A maioria dos investimentos possui uma tabela de imposto de renda regressiva. Isso significa dizer que quanto mais tempo deixamos o dinheiro investido, menor será a mordida do leão. Um investimento imobilizado durante dois anos, por exemplo, pode chegar a reduzir a alíquota do imposto de renda em até 10%.

4.5 Avalie a rentabilidade ao longo do tempo

A rentabilidade merece uma atenção especial quando estamos falando de investimentos a longo prazo. Esse cenário se intensifica ainda mais quanto maior for o prazo do investimento, na medida em que um período de 10, 15 ou 20 anos gera, naturalmente, um risco inerente à imprevisibilidade do mercado durante uma quantidade tão grande de tempo.

Desse modo, indexar o investimento à taxa de juros pode não ser uma boa ideia, na medida em que se encaramos um longo período de prosperidade econômica no país a tendência é que a taxa de juros se estabilize em valores mais baixos. É melhor, portanto, optar pela segurança trazida pela indexação de acordo com a inflação, por se tratar de uma garantia de que manteremos, no mínimo, o poder de compra dos recursos investidos.

4.6 Escolha os melhores investimentos para você

O tesouro direto é um investimento bastante amigável para iniciantes. Isso acontece em razão da circunstância de ter um dos menores valores de investimento mínimo do mercado: apenas trinta reais. Além disso, todas as operações podem ser realizadas pela internet depois de um cadastro simples. O risco é bem baixo e frequentemente é apontado como a melhor alternativa à poupança.

Os fundos de investimento também costumam ser bastante populares, já que são desenhados para manter determinado grau de segurança, misturando vários produtos em um só. O montante é administrado por um gestor de investimentos que mantêm as aplicações dentro de padrões previamente especificados.

Outra opção são os fundos imobiliários, que também são bastante populares. São bastante parecidos com os fundos de investimento, mas no lugar de produtos financeiros diversificados, estamos falando de imóveis. Essa diversificação ajuda a diluir o risco de desvalorização dos imóveis, tornando o investimento ainda mais seguro.

A previdência privada também é um investimento bastante indicado para iniciantes. Permite com que o investidor obtenha uma boa renda para o futuro, de modo a substituir ou complementar a aposentadoria do INSS. Se mudar de ideia ou precisar do dinheiro antes, pode ter acesso ao montante total.

As letras de crédito imobiliário (LDI) são um empréstimo dado pelo investidor ao banco para que este possa investir na construção de imóveis. Como todo empréstimo, o investimento é recompensado na forma de juros. Iniciantes costumam gostar desse tipo de investimento, pois há um valor fixo a ser recebido no final do prazo contratado. Ou seja, mesmo que o empreendimento não seja bem sucedido o investidor recebe o que foi combinado no início.

5. Os erros que você não pode cometer

Destacamos logo de cara o principal erro cometido pela grande maioria das pessoas: confundir poupança com investimentos. De fato, trata-se de duas operações muito distintas. Poupar significa apenas deixar uma quantidade de recursos de lado para serem utilizados no futuro. O investimento, por outro lado é uma aplicação que além de poupar, faz com que o investidor seja remunerado.

Atualmente, muitos analistas não recomendam, especialmente no Brasil, que os recursos excedentes dentro do orçamento sejam apenas poupados durante longos períodos de tempo. Isso acontece porque quando o dinheiro fica parado, mesmo que esteja depositado em uma conta poupança, existe uma probabilidade muito grande de que seja dilapidado pela inflação, perdendo o seu valor real de compra.

Para evitar que isso aconteça, é sempre bom buscar um investimento seguro para ficar no lugar da tradicional poupança. Assim, além de não perder o valor de compra, o dinheiro ainda trabalha para remunerar o investidor, proporcionando-lhe uma renda extra.

Além deste desentendimento primordial, separamos ainda alguns outros equívocos que é sempre bom evitar no momento de investir a longo prazo. Confira.

5.1 Não desconsidere o risco

Também nos investimentos de longo prazo devemos traçar um perfil de investimento. É equivocado supor que todo investimento de longo prazo tende a ter um risco menor. Investidores mais jovens, por exemplo, podem se sentir atraídos a realizarem investimentos mais arriscados, como acontece, por exemplo, na chamada renda variável. Isso acontece porque caso venham a perder dinheiro, ainda têm tempo para realizar outros investimentos e recuperar esse dinheiro antes de se aposentarem.

5.2 Não desconsidere a liquidez

Sabemos que nos investimentos a longo prazo não poderemos contar com o montante investido por pelo menos cinco anos. Mas o que acontece se, por algum revés, você precisa dispor desse dinheiro que está imobilizado na aplicação financeira? O resultado invariavelmente é o seguinte: o investidor acaba perdendo dinheiro.

É claro que ninguém gosta de pensar no pior, mas às vezes é preciso considerarmos alguns riscos pessoais antes de comprometermos grande parte do nosso patrimônio em um investimento de longo prazo. O quão estável você é no seu emprego? Possui casa própria ou mora de aluguel? Qual é a probabilidade de mudar radicalmente o projeto de vida? É casado em comunhão de bens? Essas são algumas das circunstâncias mais comuns que podem fazer com que você precise mexer no dinheiro dedicado ao investimento antes da hora, mas não deixe de considerar outras.

Por isso, a liquidez (ou a falta dela) não é um fator de todo dispensável pelo investidor. Por mais que não esteja nos nossos planos fazer uso dos recursos investidos, é sempre bom garantir que não teremos perdas catastróficas caso alguma necessidade urgente venha a surgir no futuro.

Em conclusão, chamamos a atenção para do leitor para o fato de que existe uma correlação muito forte entre os investimentos e a educação financeira. Lamentavelmente no Brasil nossos jovens ainda não saem da escola com um instrumental adequado quando o assunto é finanças. As estatísticas mais recentes ligadas à inadimplência, por exemplo, são uma grave consequência disso.

Sendo assim, cabe a cada família buscar a criação de um ambiente fértil para o consumo consciente, a poupança e os investimentos, de modo a usufruir de condições financeiras ideais e inspirar os mais jovens a seguirem esse exemplo. Está na hora de implantarmos uma nova cultura, em que previdência privada, títulos do tesouro e ações façam parte das conversas nos jantares em família. Isso é importante porque estamos falando do bem-estar e da qualidade de vida de todos.