Onde investir o FGTS? Descubra as melhores opções

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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 18/04/2017 | Atualizado em 14/10/2022

A liberação do saque das contas inativas do FGTS tem sido o grande assunto desde o início do ano. E não é para menos: a concessão do benefício promete favorecer milhares de trabalhadores, e ajudar o país e retomar o crescimento econômico.

No entanto, os especialistas em finanças pessoais alertam que, neste momento delicado em que estamos vivemos, o trabalhador deve evitar gastar dinheiro com futilidades.

A função do FGTS é servir como uma reserva para não deixar o trabalhador desamparado, por isso, a melhor opção aqui é investir esses recursos. Mas, então, onde investir o FGTS? É o que veremos neste post! Confira:

O que é FGTS?

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço — ou FGTS — é um benefício a que todo trabalhador brasileiro tem direito, desde que, evidentemente, trabalhe de carteira assinada e com contrato de trabalho formal.

Ele foi criado com a intenção de proteger o trabalhador mandado embora sem justa causa, isso é, por motivos alheios à sua vontade. Para isso, todo mês, o empregador é obrigado por lei a recolher um valor correspondente a 8% do salário do trabalhador.

Esse dinheiro, no entanto, não vai diretamente para o bolso do trabalhador, mas fica depositado em uma conta aberta em nome do funcionário na Caixa Econômica Federal.

Quem pode sacar o FGTS?

O FGTS, depositado na Caixa em nome do trabalhador, só pode ser sacado nas situações previstas na lei: quando o trabalhador é demitido sem justa causa ou por culpa recíproca.

Além disso, também pode sacar o dinheiro o trabalhador que se aposenta, que é acometido por doença grave, que perdeu a casa por desastre natural ou, ainda, para quitar dívidas do imóvel em que reside ou quando o contrato de trabalho temporário chega ao fim.

O que são as contas inativas do FGTS?

Além de todas essas situações em que o trabalhador está autorizado a se valer da reserva do FGTS, a Medida Provisória 763/16 ampliou as hipóteses para abranger também todos os trabalhadores que encerraram contrato de trabalho até 31 de dezembro de 2015.

Isso inclui qualquer trabalhador que tenha sido demitido com justa causa, que tenha pedido demissão ou que tenha sido demitido sem justa causa e optado por não retirar o dinheiro naquela oportunidade.

Com isso, o objetivo do Governo foi incentivar os trabalhadores a iniciar investimentos ou pagar suas dívidas com o benefício — injetando, assim, dinheiro na economia. Grosso modo, isso ajuda o país a sair da crise, e o trabalhador, a obter uma renda extra.

Portanto, se você tem uma conta inativa de FGTS (vale dizer: em que o empregador não efetua mais depósitos por não haver mais relação de trabalho), deve ficar atento ao calendário de pagamento e às instruções publicadas pela própria Caixa.

Por que investir o FGTS?

Já que o saque do benefício não é obrigatório em nenhuma dessas situações citadas, a pergunta que não quer calar é a seguinte: deve o trabalhador sacar o FGTS, mesmo que não esteja precisando do dinheiro com urgência?

Em outras palavras, mesmo que o beneficiário não esteja precisando de recursos para honrar dívidas, pagar tratamentos de saúde ou comprar casa própria, vale a pena tirar o dinheiro da conta em que é mantido na Caixa Econômica?

Os especialistas são unânimes em afirmar que sim! Isso porque o dinheiro parado na conta rende de 5% a 6% ao ano — menos de meio por cento ao mês. Logo, com a inflação alta do jeito que está, o trabalhador acaba perdendo dinheiro todo mês.

Além disso, existe uma série de outros investimentos igualmente seguros, mas que rendem percentuais acima dos índices da inflação. Assim, o investidor consegue ser remunerado de verdade ou, no mínimo, evita que o seu patrimônio seja dilapidado pela inflação.

Com isso em mente, separamos aqui alguns dos investimentos mais recomendados para você decidir onde investir o FGTS. Vejamos quais são eles:

1. Tesouro Selic

Investir no tesouro significa, basicamente, emprestar dinheiro para os cofres do Governo Federal, para que ele possa captar recursos para os seus programas — e ser remunerado por isso, é claro. Sua remuneração varia de acordo com a taxa Selic, que, atualmente, está em 13% ao ano.

O tesouro é frequentemente considerado como o título público de menor risco oferecido pelo Governo. Apesar disso, o investidor convive permanentemente com a possibilidade de o país quebrar e não conseguir pagar seus credores, como aconteceu com a Grécia, por exemplo.

2. CDB

Nos certificados de depósitos bancários, mais conhecidos como CDBs, o investidor empresta dinheiro para o banco — também com remuneração — para que ele se capitalize.

Evidentemente, como se trata de um título privado ele não é regido pela Selic, mas sim pelo CDI, que é bastante parecido com a Selic. E como os bancos lucram com a operação, a taxa de retorno acaba sendo uma porcentagem do CDI cheio.

O lado negativo é que o investidor precisa tomar uma difícil decisão no que diz respeito a onde investir o FGTS. Isso porque os bancos mais famosos e consolidados oferecem uma remuneração bem menor, enquanto bancos menos conhecidos chegam a oferecer 90% ou 95% do CDI.

A desvantagem de escolher um banco menor é que há mais chances de ele quebrar do que um banco grande, ou o Brasil, quebrar. Além disso, o investimento também faz incidir imposto de renda, que varia de 22,5% a 15%.

3. Fundo DI

No fundo DI, o investir soma o seu investimento ao de diversos outros investidores resultando em um fundo que é administrado por um gestor designado pelo banco ou corretora em que o dinheiro está aplicado.

E esse também costuma ser apontado como um investimento seguro, já que o gestor está obrigado a aplicar 95% do montante no tesouro ou em CDBs.

Assim como o fundo pode ter um retorno melhor do que a Selic, também pode gerar resultados bem abaixo. E talvez essa seja uma das maiores desvantagens em investir o FGTS em um fundo simples: tudo vai depender da estratégia utilizada pelo gestor do fundo.

4. Previdência privada

O sistema previdenciário brasileiro, gerido pelo INSS, foi pensado para oferecer ao trabalhador garantias mínimas diante da ocorrência de um risco social relevante, como uma doença grave, um acidente ou mesmo a chegada da velhice.

Contudo, vale dizer: mesmo que o trabalhador tenha contribuído a vida inteira para o INSS, isso não significa que ele conseguirá manter o seu padrão de vida no futuro. Então, já pensou em ter que viver com menos justamente na fase da vida em que você mais precisa de recursos?

Diante disso, uma grande vantagem da previdência privada são os incentivos fiscais. O investidor pode, por exemplo, deduzir do imposto de renda até 12% da renda bruta anual, quando é investida em previdência privada.

E é bom lembrar, por fim, que a previdência privada não serve apenas para garantir uma aposentadoria justa no futuro.

Se quiser, o investidor pode aplicar seu dinheiro na previdência como uma forma de protegê-lo da inflação e fazê-lo render para, mais adiante, realizar algum projeto de vida, como abrir um restaurante ou viajar pelo mundo, por exemplo. Faça uma simulação de quanto teria que guardar por mês.

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