Seguro de vida barato pode sair caro
Publicado em: 09/06/20178 minsÚltima modificação em: 04/10/2024

Educação Financeira

Seguro de vida barato pode sair caro

Para algumas pessoas, o que não é tangível (e sem necessidade imediata) acaba ficando para depois. É o caso do […]

Para algumas pessoas, o que não é tangível (e sem necessidade imediata) acaba ficando para depois. É o caso do seguro de vida. O problema é que, por mais difícil que seja pensar sobre isso, não temos a menor ideia do que acontecerá conosco no próximo segundo. E devido à importância disso, seguro de vida barato pode mesmo sair caro.

E se acontecer algo, quem vai ajudar no sustento de nossa família (mãe, pais, filhos, esposa)? Não ter seguro ou optar por um seguro de vida barato é o tipo de economia que não vale a pena, já que essa decisão pode prejudicar a trajetória de quem você mais ama.

Se você tende a economizar com bens “intangíveis” e pretende escolher um seguro de vida barato (ou mesmo nem contratá-lo, pois não vê retorno aparente), chegou a hora de entender por que você precisa rever seus conceitos.

Por que seguro de vida barato pode sair caro?

Seguro de vida é tudo igual?

Muitas pessoas contratam um seguro de vida barato porque acreditam que esse produto se resume ao pagamento de indenização aos beneficiários em caso de falecimento do segurado. Um erro grave.

Um seguro de vida, a depender da apólice, vai muito além de indenizar sua família (caso o destino não permita que você esteja ao lado deles em determinado momento). Algumas das coberturas possíveis desse produto:

  • garantia de benefício mensal a você, em caso de invalidez permanente;
  • cobertura de suas despesas médico-hospitalares;
  • ressarcimento de gastos com medicamentos;
  • formação de reserva financeira, em paralelo com a proteção à família (seguro de vida “resgatável”);
  • quitação de dívidas em caso de morte ou desemprego do segurado (seguro prestamista).

Um seguro pode ser, dessa forma, um poderoso instrumento de proteção (e até uma fonte de acumulação de patrimônio), desde que sua decisão não seja tomada com base apenas no prêmio (preço). Saiba mais sobre os passos essenciais para escolher o melhor seguro de vida!

Quais os riscos de não ter planejamento financeiro de longo prazo?

Você é capaz de gastar R$ 1.500,00 para proteger seu carro, mas na hora de escolher um seguro para amparar financeiramente sua família (e você mesmo!), deixa isso para depois ou opta por um seguro de vida barato? Concorda que isso não faz o menor sentido?

Esse raciocínio equivocado está presente em muitos lares no Brasil. Fruto da ausência, nos currículos escolares, de disciplinas que abordem conceitos de educação financeira desde cedo (assunto que, em muitas nações, é política de Estado), a cultura de gastar hoje sem pensar no amanhã explica por que existem no país tantas famílias desamparadas, sobretudo as que possuem casos de fatalidades ocorridas com os provedores da família.

Pior ainda, essa mesma cultura do “carpe diem sem limites” justifica a existência de tantos cidadãos que (impedidos de trabalhar após algum acidente) dependem do auxílio do governo para prover suas necessidades. Se você não pudesse trabalhar amanhã, teria condições de prover seu sustento com suas economias?

A falta de planejamento financeiro do brasileiro se traduz em números. Enquanto nos Estados Unidos, 60% da população possui seguro de vida, no Brasil, esse percentual ainda não chega a 20% (embora as estatísticas recentes mostrem que a procura por seguros de vida começa a crescer exponencialmente no país).

Para que serve um seguro de vida?

seguro de vida, basicamente, objetiva proteger seus dependentes ao longo da vida no caso da ocorrência de alguma fatalidade com você. Ele é indicado para quem precisa garantir a tranquilidade financeira da família, em caso de morte prematura ou invalidez; para quem possui dependentes ou tem participação-chave na família. Mas como vimos acima, as vantagens vão muito além disso.

Quais os benefícios legais do seguro de vida?

Além dos benefícios citados (ligados às coberturas), há algumas peculiaridades legais que tornam o seguro de vida bastante interessante, inclusive para diversificar suas reservas financeiras:

  • Isenção de imposto de renda

Não existe incidência de imposto de renda sobre o capital segurado. Poucos produtos financeiros desfrutam dessa imunidade contra a mordida do Leão.

  • Seguro de vida não faz parte da herança

A indenização paga ao beneficiário, em função da morte do segurado, não é considerada pelo Código Civil como herança. Assim, a liberação do pagamento é rápida, uma vez que não entra no inventário (não há a necessidade de aguardar a tramitação de uma ação judicial).

  • Despesas com funeral

Muitas apólices preveem o pagamento de auxílio ou assistência funeral, o que é particularmente importante às famílias com baixo poder aquisitivo.

  • Proteções financeiras ao segurado, para uso em vida

Conforme comentamos mais acima, seguro de vida não existe apenas para o benefício de terceiros. Existem muitos tipos de apólices, que vão desde a simples indenização por morte do segurado até o oferecimento de dezenas de serviços e indenizações em vida ao contratante.

Exemplos: cobertura de despesas médico-hospitalares e odontológicas, renda mensal em caso de desemprego ou indenização na hipótese de doenças graves.

Quanto devo pagar?

Muitas pessoas acham vantajoso contratar um capital pequeno, com uma contribuição mensal barata. Entretanto, no momento em que elas realmente precisam do valor contratado, este não supre as necessidades de quem realmente depende desse dinheiro.

Será que você pode confiar em um seguro de vida barato? Então quanto pagar por isso? Aí está o ponto: para calcular o capital segurado, é necessário diagnosticar quais despesas a família terá no futuro (e por quantos anos ela receberá o benefício).

Em outras palavras, é importante que o somatório dos valores de cobertura do seguro seja o bastante para pagar despesas mensais, como escola, IPTU, empréstimos, contas domésticas, entre outras, até que os integrantes da sua família possam se reestruturar.

Quando e como contratar?

Segundo Leonardo Lourenço, Superintendente de Marketing da Mongeral Aegon Seguros e Previdência, o melhor é cuidar disso o mais cedo possível: “Quer contratar um seguro de vida? Trate de contratá-lo o quanto antes, mas nunca se esqueça de avaliar as suas necessidades”.

Quanto mais cedo você contratar o seguro, menor será o valor pago mensalmente.

Outra dica importante é fazer simulações levando essas variáveis em consideração, o que lhe permitirá encontrar a solução que, de fato, cubra as necessidades do seu perfil.

Em caso de dúvidas, é sempre bom consultar uma empresa especializada. Seus corretores poderão sanar todos os seus questionamentos, indicar um plano com base no estudo de seu perfil e, assim, ajudá-lo a tomar a decisão mais adequada diante da sua realidade.

Diferentemente da contratação de um seguro auto ou de um plano de saúde, em que a intermediação é quase sempre feita por meio de um corretor independente, você pode adquirir um seguro de vida entrando em contato direto com um representante da seguradora de sua preferência.

Mas atenção: opte sempre por uma empresa com solidez no mercado, com um longo histórico de capital segurado e extenso know-how na proteção da vida. Nada de pensar apenas em seguro de vida barato, ok?

Dúvidas mais comuns

  • A escolha dos beneficiários é livre?

Sim, você pode escolher quem quiser como beneficiário e a substituição dos nomes pode ser feita quantas vezes você quiser.

  • Há limite de idade para assinar uma apólice de seguro de vida?

Quanto maior a idade, maior o risco de sinistralidade (falecimento do segurado). Em função disso, muitas seguradoras impõem restrições a pessoas acima de 65 anos.

De todo modo, quanto menor a idade do segurado, menor o prêmio a ser pago à companhia de seguros. Essa é a razão pela qual você não pode demorar para adquirir um seguro de vida.

  • Quais são os tipos de apólice existentes?

Basicamente, existe o seguro de vida individual e o seguro de vida coletivo. No individual, a apólice será feita de forma personalizada, alinhada às suas necessidades. Na coletiva, entretanto, é a estipulante (empresa, associação profissional, sindicado, etc.) que vai definir as cláusulas do seguro e você apenas ingressará na apólice já existente.

  • Quais são as cláusulas excludentes mais comuns?

Suicídio, prática de atos ilícitos dolosos e Lesão por Esforço Repetitivo (LER) são algumas das situações que costumam ficar de fora da previsão de indenização. Leia atentamente todas as linhas de sua apólice.

Você já percebeu que esse seguro é extremamente útil e que não vale a pena pensar apenas em um seguro de vida barato, certo?

Mas você pode se aprofundar ainda mais no tema e fortalecer sua decisão de contratação. Baixe nosso e-Book “Guia do seguro de vida: entenda como funcionam os diferentes tipos” e aprenda a escolher o produto ideal às suas necessidades!

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