Primeiro salário: o que fazer com esse dinheiro?
Publicado em: 09/07/20187 minsÚltima modificação em: 07/10/2022

Educação Financeira

Primeiro salário: o que fazer com esse dinheiro?

O primeiro salário acabou de cair na conta e você não sabe como administrá-lo? Não se preocupe: o simples fato […]

O primeiro salário acabou de cair na conta e você não sabe como administrá-lo? Não se preocupe: o simples fato de você ainda não ter torrado tudo e estar na internet buscando informações sobre o assunto já é um ponto positivo!

Aqui, vamos falar um pouco sobre como gastar o primeiro salário com sabedoria. Vamos explicar algumas ideias básicas ligadas ao planejamento financeiro pessoal, além de ressaltar a importância da prudência nos gastos e também dos investimentos para o futuro. Acompanhe!

Comemore a conquista do primeiro salário

primeiro salário

O primeiro salário é uma ocasião muito especial na vida. Por isso, pede uma comemoração à altura, não acha? Afinal de contas, além de ser o resultado de seu esforço e iniciativa, o primeiro salário é também um símbolo de liberdade financeira.

Então, não se preocupe se você se exceder um pouquinho, e não conseguir cumprir todas as metas que estabelecer depois de terminar de ler nossas dicas. O importante é que sua experiência com o primeiro salário seja fonte de aprendizado para a gestão financeira dali para frente.

E foi pensando justamente nisso que resolvemos separar algumas dicas valiosas para você conseguir gerir não só o primeiro, mas todos os salários que receberá posteriormente. Fique de olho!

Aprenda a se planejar

Como gastar o primeiro salário é um questionamento que faz parte de um tema bem mais amplo: o planejamento financeiro pessoal.

Para esse planejamento, você deve fazer um diagnóstico de todas as suas receitas e também de todas as despesas. O ideal, aliás, é pensar em mais de um salário, levando em consideração a movimentação anual.

Lembre-se, afinal, de que muitos gastos e receitas são anuais, podendo causar distorção na análise geral caso o planejamento seja apenas mensal.

Estamos falando, é claro, de eventos como décimo terceiro salário, participação nos lucros da empresa, bônus, IPVA ou gastos com a volta às aulas, para quem está na faculdade, por exemplo.

Elabore um orçamento desde o primeiro salário

Uma das ferramentas mais importantes dentro do planejamento financeiro pessoal é a elaboração de um orçamento. Nesse sentido, saiba desde já: fazer um orçamento é como olhar para o salário inteiro e ter a capacidade de dividi-lo da melhor forma possível, como se fosse um gráfico de pizza.

Os primeiros itens a serem incluídos no orçamento são os essenciais, aqueles sem os quais você não poderia continuar trabalhando sem prejudicar seu sustento ou sem contrair dívidas.

Dentro dessa categoria você pode incluir transporte, alimentação, vestuário e a ajuda que dá à família para contribuir com as despesas do lar.

Mas atenção: esses itens essenciais (também chamamos de despesas fixas) são importantes, mas não podem ser responsáveis por consumir toda a sua remuneração.

É preciso que haja espaço também para os custos variáveis, que incluem o cinema no fim de semana, o happy hour com os amigos e a conta de internet, por exemplo.

É essencial que você crie seu próprio orçamento, de acordo com suas necessidades e possibilidades. Usar planilhas prontas disponíveis online pode ajudar sim, especialmente no primeiro momento, mas o ideal é que você adapte o modelo para se encaixar em suas demandas pessoais.

Pense bem: o mesmíssimo evento, como comer em um restaurante durante a semana, pode ser considerado um gasto fixo ou variável, a depender da pessoa e também da ocasião. É sempre bom observar, portanto, o que cada despesa e receita significa para você e não para os outros.

O ideal é que as despesas previstas no orçamento correspondam a no máximo 70% ou 80% do valor correspondente às receitas — no caso, seu salário.

O excedente deve ser usado para constituir uma reserva de emergência e fazer investimentos. Se seu fluxo não está nada parecido com isso, você precisará encarar a realidade do corte de gastos, adaptando seu padrão de vida a suas possibilidades financeiras.

Estabeleça metas e objetivos

Você já reparou que sua motivação e seu humor são capazes de alterar a forma como gasta seu dinheiro? Se você está em casa, é mais fácil focar na economia. Já se entra em uma lanchonete de fast-food, basta sentir o cheirinho das guloseimas para enfraquecer sua determinação. Aí acaba gastando mais do que deveria.

Isso acontece simplesmente porque você não tem controle sobre o próprio salário. Já quando estabelece metas e objetivos, fica muito mais fácil agir racionalmente, evitando os gastos impulsivos.

Afinal, assim você sabe exatamente quanto tem para gastar, quanto do seu dinheiro está comprometido com o orçamento e com suas metas financeiras.

Não se esqueça que as metas formam o caminho capaz de levá-lo a seu objetivo final. Imagine que você estabeleceu o objetivo de economizar 3 mil reais para fazer um curso.

Completar esse objetivo pode demorar 6 meses, 1 ano ou até mais, certo? Por isso, é imprescindível dividir esse longo percurso em segmentos menores e mais palpáveis, como economizar 300 reais por mês, por exemplo.

Comece a investir

A verdade é que, por mais que a vida no início da carreira não seja fácil, esse cenário provavelmente não permanecerá assim para sempre. Por isso, é muito importante adquirir o hábito de investir todo mês uma parte do salário, por menor que seja.

É bem interessante dar esse pontapé na juventude, época em que as pessoas se permitem correr um pouco mais de risco, consequentemente encarando a possibilidade de obter rendimentos também maiores.

Se quiser prezar um pouco mais pela segurança nesse sentido, que tal contratar uma previdência privada, um investimento mais de longo prazo e com rendimentos consideráveis?

Essa escolha pode ser bem útil mais para frente, para manter o poder de compra da família depois da aposentadoria ou mesmo para realizar um grande sonho, como abrir o próprio negócio ou viajar pelo mundo.

Por fim, vale ressaltar que o investimento também não precisa ser exclusivamente financeiro. O financiamento de um curso de pós-graduação, por exemplo, também é um investimento! Sem contar que tem a potencialidade de se converter em ganhos no futuro.

Fique longe das dívidas

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A primeira dica para ficar longe das dívidas é aprender a usar o cartão de crédito com moderação e prudência. Anote tudo o que comprar, evite comprar parcelado e sempre pague o total da fatura.

No entanto, caso as dívidas apareçam, é preciso dar atenção especial a elas, fazendo com que o pagamento de um débito tenha prioridade na elaboração do orçamento e de todo o seu planejamento financeiro.

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Dizemos isso porque o não pagamento dos compromissos pode gerar consequências graves para sua saúde financeira. A primeira dessas consequências é a incidência de multas e juros, que, como sabemos, são bem altos no Brasil.

Além disso, o não pagamento de dívidas pode fazer com que seu nome vá parar nos cadastros de proteção ao crédito. Por sua vez, essa inclusão é capaz de gerar uma série de dificuldades na vida. Então entenda: as dívidas são destino prioritário do primeiro salário.

Agora que você já sabe praticamente tudo sobre como gastar o primeiro salário com inteligência, que tal aproveitar para dar uma olhadinha em como guardar dinheiro com segurança?

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