Alugar um apartamento pode ser um desafio para ambas as partes. O locador, de seu lado, busca se prevenir de uma possível inadimplência por parte do locatário. Esse, por sua vez, tem que oferecer garantias de que arcará com os valores do aluguel — devendo recorrer, por exemplo, a um fiador. É aí que entra o seguro fiança.
Afinal, muitas vezes, quem pretende alugar um apartamento, casa ou sala comercial não dispõe de um fiador para chamar de seu. Nesse caso, é possível contar com o seguro fiança.
Essa é uma modalidade que substitui o fiador e o depósito caução. Assim, protege o locador de uma possível inadimplência e oferece para quem quer alugar uma alternativa às formas tradicionais de garantia imobiliária.
Entenda como o seguro fiança funciona, neste post!
O que é seguro fiança e para que ele serve?
Antes de tudo, é importante entender o que é seguro fiança e para que ele serve. Em linhas gerais, essa é uma modalidade de seguro imobiliário que dispensa o fiador ou o depósito caução em contratos de locação de imóveis.
Uma das modalidades de garantia prevista na Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991), o seguro fiança tem como principal finalidade proteger o locador de possível inadimplência por parte do locatário.
Ou seja, se a pessoa que alugou a casa, o apartamento ou a sala comercial deixar de pagar o aluguel, o seguro fiança cobrirá esse valor.
De acordo com o artigo 37 da Lei do Inquilinato, são quatro os tipos de garantias que o locatário pode exigir do locador, sendo que um mesmo contrato de locação pode pedir apenas uma das modalidades de garantia. São elas:
- caução;
- fiança;
- seguro fiança;
- cessão fiduciária de cotas de fundo de investimento.
O seguro fiança conquista cada vez mais adeptos por alguns motivos. Do lado de quem quer alugar um imóvel, não há a necessidade de passar pelo constrangimento de pedir para amigos ou parentes serem fiadores — ou, ainda, ter que fazer um depósito caução, comprometendo a sua saúde financeira.
Do lado do locador, o seguro fiança se revela uma modalidade segura, prática e que garante proteção financeira em caso de atraso no pagamento do aluguel. Basta comprovar que o locatário está inadimplente e acionar a seguradora para receber o aluguel atrasado.
Como funciona o seguro fiança?
A contratação do seguro fiança é feita pelo possível inquilino. Em geral, a garantia é uma exigência do locador ou da imobiliária para o aluguel do imóvel.
A cobertura básica é para aluguel e multa por atraso. O valor pode variar de acordo com a seguradora. Pode ser de até 30 vezes o valor do aluguel.
Há, ainda, coberturas adicionais, como:
- condomínio e IPTU;
- danos ao imóvel;
- pinturas internas e externas;
- multa por rescisão contratual;
- água, luz e gás canalizado.
A validade do seguro fiança também varia. Mas, em geral, deve ser igual ao prazo do contrato de locação. O pagamento costuma ser facilitado e pode ser feito pelo inquilino no débito ou cartão de crédito.
O custo do seguro fiança varia de acordo com a seguradora. No entanto, entre os fatores que são analisados estão o local, o tipo de uso do imóvel e o comprometimento da renda com o aluguel.
Em geral, a análise do inquilino é rápida e prática, o que facilita a contratação. Porém, como em todo contrato de seguro, é essencial avaliar com atenção todas as cláusulas antes de assinar.
Quais são os seus benefícios?
O seguro fiança traz alguns benefícios tanto para o proprietário quanto para o inquilino. Entre as vantagens estão a segurança do recebimento do aluguel, a possibilidade de inserir coberturas adicionais e o fato de dispensar fiador.
Saiba mais sobre elas, a seguir!
Garantia de recebimento do aluguel
O seguro fiança oferece mais segurança para o locador. Ao optar por esse tipo de garantia, o proprietário tem a certeza de que receberá o valor dos aluguéis mesmo em caso de inadimplência do inquilino.
Possibilidade de optar por coberturas adicionais
Outra vantagem de optar pelo seguro fiança como garantia é a possibilidade de inserir coberturas adicionais. Ou seja, além da segurança no recebimento do aluguel, o proprietário pode contar com proteção em relação a danos ao imóvel e, até mesmo, multa por rescisão ou falta de pagamento do condomínio ou conta de luz.
Dispensa fiador
Para os inquilinos, o seguro fiança também apresenta algumas vantagens. Uma das principais é dispensar a figura do fiador. Afinal, não são poucas as pessoas que querem evitar o desgaste de ter que pedir para alguém fiar um imóvel.
Quem mora em outro estado, por exemplo, pode ter ainda mais dificuldades nesse sentido. Isso porque, em geral, os proprietários e imobiliárias exigem que o fiador tenha um ou mais imóveis na cidade em que o inquilino quer alugar.
Pagamento facilitado
Outro benefício de optar pelo seguro fiança é a possibilidade de pagar o valor parcelado. Em geral, a quantia total pode ser dividida no cartão de crédito. Isso facilita a vida de quem não quer se descapitalizar. A despesa pode ser paga durante a vigência do contrato de locação.
Quando optar pelo seguro fiança?
Optar pelo seguro fiança é uma alternativa para proprietários que querem ter a segurança de receber seu aluguel em dia, mesmo em caso de inadimplência.
No caso de inquilinos, escolher essa modalidade é uma alternativa caso não tenham uma pessoa fiadora. Ou, então, não queiram se descapitalizar com depósito caução.
É muito importante avaliar o que está incluso na contratação do seguro fiança. Em alguns casos, pode valer a pena complementá-lo com uma assistência residencial, para ter uma proteção ainda mais completa.
Como vimos, o seguro fiança é uma modalidade exclusiva para locação de imóveis. É uma alternativa ao tradicional fiador, que apresenta vantagens tanto para proprietário quanto para inquilino.
Além da facilidade de contratação, ele oferece segurança para o locador, que recebe seu aluguel mesmo em caso de inadimplência. O inquilino, por sua vez, consegue oferecer uma garantia mesmo que não tenha fiador ou não disponha da quantia para depósito caução.
No entanto, é sempre importante considerar essa despesa na planilha de gastos antes de alugar o imóvel, para não prejudicar o planejamento financeiro.
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