Tabela progressiva e regressiva: entenda as diferenças!
Publicado em: 06/10/20257 minsÚltima modificação em: 07/10/2025

Educação Financeira

Tabela progressiva e regressiva: entenda as diferenças!

Entenda como funcionam os modelos de tabela progressiva e tabela regressiva — confira exemplos e escolha o ideal para seu planejamento financeiro.

Saber como funcionam impostos pode parecer algo complicado, mas entender modelos como a tabela progressiva e a tabela regressiva é fundamental para quem busca manter um planejamento pessoal eficaz e mais controle sobre o próprio dinheiro.

Se você se pergunta qual a melhor tabela do IR ou como calcular corretamente o imposto sobre a previdência, convidamos você a ficar com a gente neste guia para esclarecer as principais diferenças e aplicações entre elas.

O que é tabela progressiva?

A tabela progressiva é um sistema de cobrança em que o percentual de imposto aplicado varia conforme a faixa de renda — isso significa que quem ganha mais paga uma porcentagem maior de imposto. O objetivo é promover justiça fiscal, distribuindo a carga tributária de forma proporcional.

No Brasil, a tabela progressiva aparece principalmente no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Quem está na faixa mais baixa pode até ser isento, enquanto rendas mais altas enfrentam alíquotas crescentes.

Já para quem tem rendimentos elevados, a alíquota é mais alta, colaborando para a redistribuição — conceito alinhado à ideia de risco social, em que políticas fiscais procuram equilibrar desigualdades por meio da arrecadação.

A tabela de IR progressiva é bastante utilizada também em aposentadorias e benefícios pagos pelo INSS. O cálculo acompanha as mudanças na renda, protegendo quem ganha menos.

Como funciona o cálculo com tabela progressiva?

Na prática, o cálculo do imposto na tabela progressiva é feito por faixas de rendimento. Cada faixa tem uma porcentagem tributária específica, então o imposto não é aplicado sobre o valor total da renda, mas sim sobre partes dela, de acordo com cada faixa. Assim como apresentado no exemplo:

  • Até R$ 2.112,00: isento;
  • De R$ 2.112,01 até R$ 2.826,65: 7,5%;
  • De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%;
  • De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%;
  • Acima de R$ 4.664,68: 27,5%.

Se uma pessoa ganha R$ 5.000,00, ela pagará diferentes percentuais para cada parte do salário. Apenas o valor que excede cada limite entra na faixa seguinte, o que faz com que o imposto efetivo seja inferior à alíquota máxima.

Esse método garante que a tributação seja feita de maneira justa e proporcional. Por isso, muita gente busca entender em detalhes a tabela de IR e como ela impacta o planejamento financeiro com ferramentas como um simulador de IR — recurso útil para comparar valores, faixas e percentuais de imposto.

O que é tabela regressiva?

Ao contrário da progressiva, a tabela regressiva reduz a alíquota conforme o tempo de investimento aumenta. Ela é muito utilizada na tributação da previdência privada, especialmente para quem faz planos de longo prazo.

Na tabela regressiva, o foco é recompensar quem mantém o dinheiro investido por mais tempo. Quanto mais tempo o recurso ficar aplicado, menor será o imposto incidente sobre o resgate.

Essa lógica incentiva o planejamento de longo prazo, ideal para quem pensa em aposentadoria ou grandes projetos futuros. Quem opta pela alíquota regressiva, geralmente, tem como objetivo pagar menos imposto sobre previdência ao final do período.

Onde se aplica o cálculo com a tabela regressiva?

A tabela regressiva aparece principalmente em produtos de previdência privada e em fundos de investimento de longo prazo. Ao contratar um plano PGBL ou VGBL, por exemplo, você pode escolher entre as tabelas progressiva e regressiva. Essa decisão é feita no momento da contratação e não pode ser alterada depois.

Quem pensa em manter o investimento por muitos anos tende a preferir a alíquota regressiva. Isso significa que a cada ano que passa, a porcentagem de imposto diminui, tornando o resgate mais vantajoso quando feito após dez anos.

Essa regra também serve para alguns fundos de investimento focados em objetivos de longo prazo. O segredo está em alinhar a estratégia ao seu planejamento financeiro — especialmente quando se trata da previdência privada no Imposto de Renda, que permite adotar regimes diferentes e traz impactos diretos no valor a pagar ou restituir.

A escolha pela tabela regressiva é muito comum entre quem busca independência financeira. Nesse sistema, a previdência privada se divide em três possíveis cenários para sacar o dinheiro:

  • Resgate após 2 anos: alíquota de 35%;
  • Resgate após 5 anos: alíquota de 25%;
  • Resgate após 10 anos: alíquota de 10%.

Essa dinâmica mostra o impacto direto da escolha da tabela. Nesse caso, o compromisso com o tempo faz toda a diferença, pois quem espera mais paga menos imposto, aumentando o valor líquido recebido.

Quais são as diferenças entre os dois modelos?

A diferença entre as tabelas progressiva e regressiva está na lógica de cálculo e na base de incidência do imposto. A progressiva costuma ser melhor para quem tem renda menor ou pretende acessar os recursos antes de dez anos. Já a regressiva favorece quem investe com foco no longo prazo e pode aguardar para fazer o resgate.

Enquanto o modelo de tabela progressiva incide sobre a renda, permitindo deduções e isenções, a regressiva atua sobre o tempo de investimento e não costuma permitir descontos.

A escolha certa pode influenciar todo o seu planejamento tributário pessoal, especialmente se você tiver despesas dedutíveis do Imposto de Renda que possam reduzir a base de cálculo e aumentar a restituição.

Como escolher entre progressiva e regressiva na previdência privada?

A decisão depende do seu perfil e dos objetivos financeiros. Se você pensa em usar o dinheiro em menos de dez anos, ou acredita que sua renda na aposentadoria será baixa, a tabela progressiva pode ser mais vantajosa.

Para quem quer investir pensando no longo prazo, a tabela regressiva costuma oferecer melhores benefícios fiscais no momento do resgate. Uma dica é usar simuladores de previdência para comparar cenários, além de buscar orientação de um especialista para entender qual modelo faz sentido para seus planos de vida.

Existe possibilidade de mudar de regime de tributação?

Depende. A legislação permite que o investidor migre do regime progressivo para o regressivo, porém essa mudança é irreversível. Entretanto, não é permitido o contrário, mudar do regressivo para o progressivo. Caso você siga com a migração entre regimes, vale ressaltar que o processo não gera custos ou impostos no momento da troca.

Ao optar pela tabela regressiva, o tempo de acumulação para efeito de tributação começa a contar a partir do primeiro dia de vigência da mudança, com alíquota inicial de 35% de Imposto de Renda. O período anterior no regime progressivo não é considerado, sendo descartado para fins de redução da alíquota regressiva ao longo do tempo.

É importante não confundir essa mudança com portabilidade de plano de previdência. A lei permite também a transferência entre planos, desde que seja PGBL para PGBL ou VGBL para VGBL, sem incidência de taxas ou impostos, mantendo o saldo acumulado protegido e garantindo a continuidade da estratégia de investimento.


Compreender a diferença entre a tabela progressiva e a tabela regressiva é essencial para tomar decisões inteligentes sobre investimentos e previdência. Agora que você entende como as tabelas funcionam, o próximo objetivo é analisar seus investimentos e fazer escolhas mais vantajosas para o seu futuro.

Avalie o seu perfil, o tempo de investimento e os objetivos — uma escolha bem feita pode significar mais tranquilidade no futuro. Se você quer saber mais sobre como declarar o Imposto de Renda de forma fácil, continue navegando e encontre orientações práticas para acertar em cada etapa.

Homem trabalhando no computador sobre imposto de renda

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Caroline Parreiras

Caroline Parreiras

Caroline Parreiras é analista de comunicação institucional da MAG Seguros, onde atua há mais de sete anos. Jornalista com pós-graduação em Marketing, tem mais de uma década de experiência em comunicação, com foco em conteúdo digital e inbound marketing. No blog da MAG, transforma temas técnicos, como seguros, previdência e finanças, em informações simples e úteis para o dia a dia, ajudando o leitor a tomar decisões mais seguras e conscientes.