Seguros de vida no Brasil: dados mostram que o brasileiro não se previne

logo mag seguros Por MAG Seguros
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ícone de calendário indicando a data da publicação​ Criado em 27/07/2018 | Atualizado em 07/10/2022

Um estudo feito pela Universidade de Oxford em 2017 revelou que menos 20% dos brasileiros têm algum tipo de seguro de vida contratado. Em uma lista de 11 nações pesquisadas, esse número coloca o país entre os piores. É isso mesmo: o mercado de seguro de vida no Brasil ainda tem muito espaço para crescer.

Isso acontece principalmente porque investimentos a longo prazo são uma realidade recente para os brasileiros. Na verdade, a cultura do imediatismo ainda é muito forte por aqui. A boa notícia é que esse cenário parece estar mudando!

Preparamos este post para explicar como anda o cenário atual dos serviços de seguros de vida e de previdência privada. Quer saber por que cada vez mais brasileiros têm investido nesses planos? Então acompanhe!

Seguro de vida no Brasil: o cenário

seguro de vida no brasil

A pesquisa da Universidade de Oxford constatou que 19% da população brasileira tem algum tipo de seguro de vida. Parece ok para você? Então, saiba que a média mundial é de 32%!

Apesar da fração ainda pequena, estudos indicam que o mercado está em ascensão. Tanto que o mesmo estudo afirmou que 56% dos entrevistados pensam em adquirir algum tipo de seguro.

Dados divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) também são promissores, apontando para um volume acumulado referente a prêmios e contribuições em planos previdenciários de 2017 2,6% superior a 2016.

Uma das causas dessa mudança é a recente alteração nas regras do INSS, que levaram o consumidor brasileiro a refletir sobre seu futuro financeiro.

Já em 2018, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), as vendas de seguros registraram uma alta de 3% entre janeiro e abril, o que representa cerca de 67 bilhões de reais. A modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é a ponta de lança do ranking.

O VGBL é a modalidade mais adequada para quem é isento ou declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado — o que se aplica a grande parte da população brasileira.

Apesar de não ser possível deduzir as contribuições do IR, como acontece no caso do Programa Gerador de Benefício Livre (PGBL), no VGBL só os rendimentos são tributados no recebimento do dinheiro.

Os benefícios fiscais aliados à rentabilidade dos fundos de investimento fazem desses planos ótimas opções de longo prazo. E isso explica, claro, sua enorme popularidade nas pesquisas.

Mudanças no comportamento do consumidor

Dentro desse cenário, o comportamento do consumidor de seguros também sofreu modificações. Assim como em todos os mercados, a clientela aqui está mais exigente em relação aos serviços prestados.

Nesse sentido, além de acesso imediato às informações do seguro, redução das etapas para a execução de solicitações e o desejo de contatar as empresas por diversos canais, os usuários de seguro não aceitam mais soluções padronizadas.

Esse movimento exige uma especialização maior por parte das seguradoras e dos corretores que as representam. Já é possível, por exemplo, ver seguradoras oferecendo coberturas avulsas que podem ser combinadas livremente pelo corretor em uma consultoria individual. Isso permite a criação de soluções customizadas para cada cliente, em cada momento da sua vida.

seguro ideal

Alterações também na oferta de serviços

A mudança no comportamento do consumidor de seguro de vida no Brasil culminou na necessidade de ajustes na forma como os planos são oferecidos.

Elementos de acumulação dentro dos seguros, por exemplo, são cada vez mais aceitos em função da percepção de que algum montante retornará ao usuário caso o plano não seja mantido. Na Mongeral Aegon, esse tipo de plano representou 25% das vendas de seguro em 2017.

Entram nesse grupo os seguros dotais, que mesclam seguro de vida com características do plano de previdência, garantindo assim uma reserva financeira futura, além da cobertura em caso de morte. Isso permite que o segurado resgate parcial ou totalmente o valor destinado ao seguro.

Imagine um plano que entrega ao segurado, no final do prazo de cobertura, 100% do que foi pago ou o equivalente ao capital segurado para a cobertura por morte.

Aliado a uma maior disposição do consumidor em investir em soluções de longo prazo, esse discurso tem gerado grande procura por essa modalidade ou por outros seguros com algum tipo de reserva atrelada.

O seguro prestamista, que dá cobertura ao pagamento de dívidas em casos de morte, invalidez ou desemprego involuntário, cresce na mesma proporção da concessão de crédito do país, especialmente em períodos de incerteza.

No fim das contas, a tendência é que a qualidade dos serviços e sua adaptação às necessidades dos clientes sejam características cada vez mais marcantes no mercado de seguro no Brasil.

Influência do desemprego no setor

Com os altos índices de desemprego atuais, surge uma busca maior pelo trabalho autônomo e informal. Sem o amparo de um emprego formal, as pessoas veem a necessidade de se proteger para o caso de uma invalidez e até mesmo da morte. Afinal, não contam mais com os benefícios oferecidos pelo INSS.

Muitos trabalhadores, aliás, têm percebido que existem produtos financeiros privados mais aderentes a seu perfil que o benefício oferecido pelo governo.

Mesmo quando contribuem para o INSS, os usuários sentem o peso do pagamento integral, muitos decidindo complementar com aportes para a previdência privada a fim de garantir um futuro financeiro melhor.

Desafios da educação sobre seguro de vida no Brasil

seguro de vida no brasil

Considerando os últimos cinco anos, percebemos que o mercado segurador de vida e previdência do Brasil cresce a uma taxa média de 12% ao ano. No entanto, o país ainda tem muito a avançar nesse sentido, dado que a representatividade do setor no PIB ainda é baixa.

Mesmo em mercados com muita visibilidade, como no caso do seguro auto, a penetração é pequena. Segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o segmento cresceu 6,7% em 2017.

Apesar disso, apenas 30% dos carros são segurados. Isso significa que mais de 30 milhões de automóveis circulam nas estradas brasileiras sem nenhum tipo de cobertura.

Mesmo com esse cenário, diversas seguradoras estão ampliando seus portfólios de produtos para atender aos diferentes perfis de brasileiros.

A Mongeral Aegon, por exemplo, tem planos de seguro de vida por menos de 20 reais mensais, assim como soluções em seguro com capitais de até 25 milhões de reais. Esse movimento de especialização deve gerar uma penetração maior dos seguros no país.

Mesmo assim, deve existir um processo de conscientização maior em relação ao assunto, seja ele promovido por programas do governo, seja por entidades voltadas a temas de longevidade e educação financeira. Além disso, todas essas iniciativas ainda terão seu alcance ampliado em função da transformação digital em curso.

É empolgante ver o crescimento do setor de seguro de vida no Brasil. Isso reflete a mudança cultural de uma população que está deixando de lado uma visão imediatista para começar a pensar em sua segurança futura e no bem-estar da sua família.

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