Você sabia que, segundo o IBGE, apenas 1% dos aposentados de todo o país são completamente independentes? Manter seu padrão de vida na velhice e não depender dos filhos já são bons motivos para você planejar a sua aposentadoria. Pensando nisso, selecionamos dicas para planejar a aposentadoria.
Lembre-se de que o amanhã começa hoje e que, ao planejar a aposentadoria desde agora, você poderá aproveitar o que seus próximos anos lhe reservam de melhor.
Para atingir seus objetivos na aposentadoria, sejam eles quais forem, planejamento e economia são a chave para o sucesso. Confira agora o que ter em mente ao começar a se planejar!
Por que planejar a aposentadoria cedo?
Segundo pesquisa recente divulgada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 66% dos aposentados recebem apenas 1 salário mínimo do INSS. Você ganha hoje só R$ 998? Se a resposta é negativa, imagine então, de um dia para o outro, ter que descer seu padrão de vida em 10, 15 vezes.
Pior do que isso: imagine perder esse poder financeiro (e, portanto, qualidade de vida) no momento em que você mais vai precisar de recursos?
O valor de um plano de saúde para idosos raramente é menor do que R$ 1.500. O custo com medicamentos controlados na terceira idade costuma ultrapassar os R$ 300.
Isso sem falar nas despesas com alimentação, atividade física, fisioterapia etc. Veja, estamos falando das necessidades básicas. Mas ter qualidade de vida depois dos 65 anos é muito mais do que isso. Por esse motivo, é fundamental planejar aposentadoria.
O problema é que, de cada 10 brasileiros, 6 não fazem nenhum planejamento para a velhice. E com a iminente reforma da previdência, será muito difícil receber o benefício integral (já limitado ao teto, que hoje está em R$ 5.839).
Ou seja, quem você é no presente precisa parar de boicotar quem você será no futuro. O brasileiro costuma tratar as duas fases como duas pessoas diferentes. O resultado são idosos carentes, sem recursos para custeio sequer da saúde.
Além disso, quem se compromete a planejar aposentadoria cedo gasta menos por mês, um pequeno gesto de empatia com você mesmo no presente, que vai produzir uma grande diferença no futuro.
Quer compreender as principais razões para planejar uma aposentadoria antecipadamente e investir em um plano de previdência privada, por exemplo? Veja a seguir:
• custo mensal irrisório (já que há muitas décadas de contribuição possível);
• retorno sobre o investimento acima da caderneta de poupança;
• benefício futuro capaz de manter seu padrão de vida atual;
• independência do INSS (que pode, inclusive, entrar em colapso nos próximos anos, mesmo com a reforma previdenciária);
• aposentadoria no momento que você planejou.
Quando é ideal planejar aposentadoria? O que deve ser feito?
O que é planejar aposentadoria cedo para você? Você precisa saber o que procura para encontrar o que precisa. É a partir dessa primeira resposta que você terá consciência do momento correto para fazer seu planejamento para a terceira idade.
Vamos ajudar a esclarecer isso. Planejar sua aposentadoria é ir além do INSS. Para quem tem um grande volume de recursos, é possível diversificar sua carteira, aplicando em renda fixa, ações, fundos de investimento etc.
Mas o que não pode ser esquecido, independentemente de ter muito ou pouco capital, é de aplicar em previdência privada — já que se trata de um investimento feito especificamente para gerar frutos quando você parar de trabalhar, com custo baixo e incentivos tributários únicos.
Existem planos sólidos de previdência privada no mercado, com inúmeras vantagens em relação à previdência pública. Algumas delas:
• instituições centenárias oferecendo esse produto;
• regulamentação (dos planos abertos) pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
• aportes na periodicidade e no valor que o investidor desejar;
• possibilidade de resgate do valor aplicado em caso de desistência;
• remuneração acima da caderneta de poupança;
• opção de recebimento do benefício de uma única vez ou por benefício mensal;
• existência de dois tipos de planos (PGBL e VGBL);
• existência de uma tabela de tributação (regressiva) criada exclusivamente para o investidor de previdência privada, e cuja alíquota pode chegar a apenas 10% (a menor tributação entre os investimentos do mercado);
• possibilidade de portabilidade interna (entre planos da mesma instituição) ou externa (de uma instituição para outra), desde que sejam planos de mesmo tipo (PGBL para PGBL ou VGBL para VGBL).
Vamos usar um simulador de previdência privada para entender o que você pode estar desperdiçando ao ignorar seu próprio futuro. Consideremos que você tenha atualmente 35 anos, seja profissional liberal e tenha tomado consciência da necessidade — urgente — de se organizar para a velhice.
Supondo que, nessas condições, você invista em um plano com rentabilidade anual média de 6%, aportando mensalmente cerca de R$ 600. Nesse contexto, até os 65 anos, você acumularia R$ 587.553,88, o que garantiria uma renda complementar de R$ 3.596,76 em sua aposentadoria. Duvida? Faça você mesmo a simulação para planejar aposentadoria no link acima!
Perceba que a vantagem de fazer uma previdência privada é diretamente proporcional ao tempo de aporte de recursos: quanto antes começar, maior tempo de acumulação e, portanto, renda mais elevada. Se você tem por volta de 35 ou 40 anos, é um excelente momento para iniciar, já que alcançaria mais de 20 anos de acumulação.
Como se organizar com 7 dicas para planejar a aposentadoria?
1. Tenha um objetivo claro
Ninguém consegue se manter fiel a um propósito de longo prazo se as raízes não forem sólidas o bastante. Isso se aplica quando o assunto é planejar aposentadoria.
Vários amigos e colegas de trabalho ao seu redor vão se aposentar provavelmente com 1 salário mínimo; outros sequer cumprirão os requisitos para receber o benefício do INSS, considerando teor do projeto de lei em andamento.
Regras mais rígidas e a falta de planejamento do brasileiro são dois elementos socialmente explosivos para o futuro: o país está na iminência de formar uma legião de idosos abaixo da linha da pobreza. Você precisa ter essa visão clara para fortalecer seu entendimento da necessidade de sair desse círculo vicioso.
2. Faça um bom planejamento financeiro
O início dessa transformação passa por um gesto simples: sistematize em uma planilha (ou aplicativo de finanças pessoais) todas as suas receitas e despesas. Nem o café depois do almoço pode ser desprezado.
Em seguida, agrupe as despesas segundo sua importância, eliminando débitos supérfluos e renegociando contas flexíveis (como pacote de dados móveis, TV a cabo e academia).
Esse esforço gerencial vai produzir uma margem financeira que deverá ser revertida para a rubrica “aposentadoria”. É aqui que você começa a redesenhar seu futuro.
3. Considere outros investimentos
O ideal é buscar diversificação de investimentos, o que reduz riscos e aumenta sua margem média de rentabilidade. Com isso, você pode até destinar determinado percentual de seus recursos a aplicações mais arrojadas, como fundo de ações. O baixo risco, o propósito específico e o retorno elevado, entretanto, justificam a priorização da previdência privada.
4. Garanta o básico
Ao planejar a aposentadoria, evite pensar primeiro nas despesas extras e nos luxos. Priorize o básico. É importante garantir primeiramente água, comida, moradia e transporte. À primeira vista, até parece pouco. Mas colocando no papel, você verá que a despesa com itens de primeira necessidade é bem maior do que você esperava.
5. Considere a inflação
A cada ano que passa a inflação muda e, consequentemente, os preços também. Garanta uma margem no seu orçamento para cobrir esse aumento. O que acontece com a economia é sempre imprevisível.
6. Pense na longevidade
Saber que houve um aumento da expectativa de vida é ótimo, mas isso também pode significar que você ficará aposentado por muito tempo. Será que você terá como manter seu padrão de vida durante esse período?
Faça a conta: você trabalha por uma média de 30 a 35 anos, ficando aposentado por quase 20 anos (no caso de alcance da expectativa de vida média do brasileiro, de 72,7 anos). Então você deveria estar guardando todo o dinheiro que recebe, não é?
7. Comece a se programar
Se você ainda não começou a planejar sua aposentadoria, é hora de parar e começar a traçar objetivos diários. Quanto mais cedo você começar, mais rápido atingirá seu alvo final. Tente criar metas financeiras para cada 5 anos, além de reajustes periódicos em seu planejamento.
Quais são as principais recomendações para se organizar antes do investimento?
Conforme largamente abordado acima, antes mesmo de mergulhar no universo dos investimentos para aposentadoria, é preciso reorganizar suas finanças — o que quer dizer que você pode dar o primeiro passo ainda hoje.
Em seguida, você deve separar uma parcela de seu salário para esse objetivo, preferencialmente, com gatilho de ajuste automático (sempre que você tiver um incremento em sua renda).
O próximo passo é calcular seus possíveis gastos durante a “melhor idade”, sempre considerando uma estimativa de inflação. Você pode se basear na série histórica do IPCA.
Feito isso, será necessário simular seu rendimento (de acordo com o valor e a periodicidade de seus aportes, além do tempo de acumulação). Por fim, escolha o plano e a tabela de tributação. Caso tenha dúvida nesses dois temas, vá aos nossos artigos já publicados sobre o assunto (PGBL ou VGBL? e tabela progressiva × tabela regressiva).
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